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cada situação e contexto, novas práticas de letramento são utilizadas. Na<br />

esfera acadêmica, as práticas de letramento estão relacionadas a linguagens<br />

específicas, gêneros e formas de construção da autoria. Por isso, pod<strong>em</strong>os<br />

dizer que se trata de um processo de apropriação de práticas de letramento<br />

acadêmico (Street, 1999). Ao lidar com os textos escritos, os estudantes<br />

ingressantes não são pesquisa<strong>do</strong>res e cientistas, por isso se deparam com<br />

texto com grande carga conceitual, necessitan<strong>do</strong> de uma retextualização<br />

por parte <strong>do</strong>s professores universitários.<br />

Por esta razão, Assis & Da Mata (2005) afirmam que a produção<br />

<strong>do</strong>s textos acadêmico-científicos deve ser orientada pelos seus próprios<br />

fundamentos sociocomunicativos, nas práticas discursivas <strong>em</strong> que se<br />

constitu<strong>em</strong>, ou seja, entenden<strong>do</strong> porque e para que se está len<strong>do</strong> ou<br />

escreven<strong>do</strong>, o processo se torna mais significativo. De acor<strong>do</strong> com as<br />

autoras, é necessário que haja uma retextualização <strong>do</strong>s gêneros <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio<br />

acadêmico-científico guiada por um modelo de ensino/aprendizag<strong>em</strong> que<br />

leve <strong>em</strong> conta as condições de produção, recepção e circulação desses<br />

gêneros e também a história de letramento <strong>do</strong>s professores <strong>em</strong> formação.<br />

Afinal, numa concepção sociointeracionista da aprendizag<strong>em</strong>, é importante<br />

que se leve <strong>em</strong> conta também os saberes pré-construí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> alunoprofessor<br />

<strong>em</strong> formação a respeito da linguag<strong>em</strong> (Kleiman, 2005).<br />

Essa retextualização de que falamos é “a produção de um novo texto<br />

a partir de um ou mais textos-base, o que significa que o sujeito trabalha<br />

sobre as estratégias lingüísticas, textuais e discursivas identificadas no textobase<br />

para, então, projetá-las ten<strong>do</strong> <strong>em</strong> vista uma nova situação de interação,<br />

portanto um novo enquadre e um novo quadro de referência” (Matencio<br />

& Silva, 2003: 3). Dessa forma, quan<strong>do</strong> os professores universitários faz<strong>em</strong><br />

suas aulas expositivas a partir de um determina<strong>do</strong> texto, por ex<strong>em</strong>plo, estão<br />

realizan<strong>do</strong> uma retextualização já que produz<strong>em</strong> um novo texto, então<br />

fala<strong>do</strong>, composto pelas ideias <strong>do</strong> autor e pela sua interpretação.<br />

Revista Ao pé da Letra – Volume 11.2 - 2009 l 109

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