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tradicionais de descrição <strong>do</strong> fenômeno linguístico, tanto na perspectiva<br />

estruturalista, quanto na ótica da gramática gerativista, pararam na frase.<br />

O foco de análise deixa de ser a frase e passa a ser o texto, já que este se<br />

define antes por seu papel sociointerativo <strong>do</strong> que por sua estruturação<br />

léxica e gramatical.<br />

Bakhtin (2003) 3 , ao sist<strong>em</strong>atizar a noção de gêneros textuais, definiuos<br />

como sen<strong>do</strong> formas textuais orais ou escritas relativamente estáveis,<br />

histórica e socialmente situadas. Como diz Marcuschi (2003), os gêneros<br />

são textos da vida cotidiana com padrões sociocomunicativos característicos<br />

defini<strong>do</strong>s por sua composição, objetivos enunciativos e estilo, realiza<strong>do</strong>s<br />

por forças históricas, sociais, institucionais e tecnológicas. Os gêneros<br />

constitu<strong>em</strong> uma listag<strong>em</strong> aberta, são entidades <strong>em</strong>píricas <strong>em</strong> situações<br />

comunicativas e se expressam <strong>em</strong> designações como: cartas (pessoal,<br />

comercial), romance, bilhete, propagandas, e-mails, bulas de r<strong>em</strong>édio,<br />

receitas culinárias, dentre outros.<br />

Para Marcuschi (2004), os estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s gêneros textuais é uma fértil<br />

área interdisciplinar com atenção especial para o funcionamento da língua<br />

e para as atividades culturais e sociais, desde que não os concebamos como<br />

modelos estanques n<strong>em</strong> como estruturas rígidas, mas como formas culturais<br />

e cognitivas de ação social corporificada de mo<strong>do</strong> particular na linguag<strong>em</strong>,<br />

ven<strong>do</strong>-os como entidades dinâmicas poderosas, que, na produção textual,<br />

nos condicionam a escolhas que não pod<strong>em</strong> ser totalmente livres n<strong>em</strong><br />

aleatórias, seja sob o ponto de vista lexical, grau de formalidade ou natureza<br />

<strong>do</strong>s t<strong>em</strong>as. Os gêneros textuais limitam nossa ação na escrita, sen<strong>do</strong><br />

identifica<strong>do</strong>s como nossa “linguag<strong>em</strong> estandar”, o que por um la<strong>do</strong> impõe<br />

restrições e padronizações, mas, por outro la<strong>do</strong>, é um convite a escolhas,<br />

estilos, criatividade e variação.<br />

3. Para um aprofundamento sobre os gêneros <strong>do</strong> discurso (textuais), conferir (Bakhtin, 2003).<br />

88 l Revista Ao pé da Letra – Volume 11.2 - 2009

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