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Quan<strong>do</strong> discutimos sobre as atitudes <strong>do</strong>s professores diante das<br />

dificuldades <strong>do</strong>s alunos, falaram sobre a falta de apoio de alguns professores,<br />

sobre momentos <strong>em</strong> que eles se sent<strong>em</strong> desampara<strong>do</strong>s e discrimina<strong>do</strong>s e<br />

que chegam até a desanimar e a pensar <strong>em</strong> desistir <strong>do</strong> curso. Essa sensação<br />

surge s<strong>em</strong>pre quan<strong>do</strong> os professores não buscam adaptar as especificidades<br />

<strong>do</strong> universo acadêmico ao cotidiano que os alunos traz<strong>em</strong> consigo. Porém,<br />

falaram também sobre as atitudes positivas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes, que encorajam e<br />

compreend<strong>em</strong> os alunos, preparan<strong>do</strong>-os para que, aos poucos, <strong>do</strong>min<strong>em</strong><br />

os gêneros acadêmicos.<br />

Joaquim: t<strong>em</strong> disciplinas que faz<strong>em</strong> com que a gente viaje mesmo com sonho de não<br />

desanimar e n<strong>em</strong> desistir... entendeu? /então há algum interesse <strong>em</strong> alguns professores<br />

que faz<strong>em</strong> isso.. um ou <strong>do</strong>is né/ no caso que nos incentiva a cada dia a ser mais crítico..<br />

a nos sentir melhor.. a buscar mais informações<br />

Helena: mas sabe o que que é/ é o que a gente já discutiu aqui/ é a maneira.. a liberdade<br />

de expressão que você t<strong>em</strong>/ você sabe que se você fizer assim tanto <strong>em</strong> uma quanto<br />

<strong>em</strong> outra o professor vai falar “então, espera aí.. o que você não entendeu?/ vamos lá/<br />

vamos colocar tu<strong>do</strong> de novo”/ n<strong>em</strong> que ele volte de uma maneira mais rápida...mas ele<br />

vai voltar desde o início/ vai falar “isso segue isso.. que segue isso... que segue isso”/ por<br />

isso a sua facilidade com os textos..<br />

Diante da entrevista coletiva com os três alunos, fica evidente o<br />

quanto é necessário que se conheça o público com que se está trabalhan<strong>do</strong><br />

e que, sobretu<strong>do</strong> respeite estes alunos, pois como eles disseram, quan<strong>do</strong><br />

eles se sent<strong>em</strong> livres para falar o que pensam e para pedir ajuda s<strong>em</strong> ser<strong>em</strong><br />

discrimina<strong>do</strong>s, consegu<strong>em</strong> resolver melhor os seus probl<strong>em</strong>as. E, além<br />

disso, somente dan<strong>do</strong> voz a eles é que será possível avaliar quais os caminhos<br />

que poderão ser escolhi<strong>do</strong>s para que melhores resulta<strong>do</strong>s sejam alcança<strong>do</strong>s.<br />

A questão da afetividade e das formas como os textos são discuti<strong>do</strong>s <strong>em</strong><br />

sala de aula voltam a ser questões centrais das representações <strong>do</strong>s alunos<br />

sobre a leitura <strong>em</strong> um curso superior noturno que se volta para a formação<br />

de futuros professores.<br />

Revista Ao pé da Letra – Volume 11.2 - 2009 l 121

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