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análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul

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ótulos, mas o que os sujeitos envolvi<strong>do</strong>s no processo de ensino-aprendizagem possuem em<br />

comum no território simbólico.<br />

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O senti<strong>do</strong> é assim uma relação determinada <strong>do</strong> sujeito - afeta<strong>do</strong> pela língua - com a<br />

história. É o gesto de interpretação que realiza essa relação <strong>do</strong> sujeito com a língua,<br />

com a história, com os senti<strong>do</strong>s. Esta é a marca da subjetivação e, ao mesmo tempo,<br />

o traço da relação da língua com a exterioridade: não há discurso sem sujeito. E não<br />

há sujeito sem ideologia. Ideologia e inconsciente estão materialmente liga<strong>do</strong>s pela<br />

língua. (ORLANDI, 1995, p 47)<br />

As identificações entre os sujeitos se dão através <strong>do</strong> discurso. Os sujeitos se<br />

constituem nas formações <strong>discursiva</strong>s, que amparam o discurso e territorializam o dizer , “a<br />

formação <strong>discursiva</strong> é o lugar da constituição <strong>do</strong> senti<strong>do</strong>” (PÊCHEUX, 1988, p.162). O dizer<br />

para fazer senti<strong>do</strong> necessita ser relaciona<strong>do</strong> a uma determinada memória e a certas condições<br />

de produção. A memória o relaciona com a já-dito, o dito em outros lugares, e as condições de<br />

produção articulam o senti<strong>do</strong> com uma determinada realidade no momento da formulação.<br />

O fato de que há um já-dito que sustenta a possibilidade mesma <strong>do</strong> dizer, é<br />

fundamental para se compreender o funcionamento <strong>do</strong> discurso, a sua relação com<br />

os sujeitos e com a ideologia.. Disso se deduz que há uma relação entre o já-dito e o<br />

que se está dizen<strong>do</strong> que é a que existe entre o interdiscurso e o intradiscurso ou, em<br />

outras palavras, entre a constituição <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> e sua formulação (ORLANDI, 1995,<br />

p.32).<br />

Desta forma, a tecnologia, dentro de certas condições, nos permite desenvolver<br />

pesquisas mais rápidas, descortinar informações distantes, mas não possibilita por ela mesma,<br />

a interpretação dessas informações. Por estar nesta posição teórica de que se vale da teoria da<br />

análise <strong>do</strong> discurso, e consideran<strong>do</strong> a existência permanente da heterogeneidade, uma outra<br />

questão que podemos formular é a seguinte: além <strong>do</strong>s elementos pre<strong>do</strong>minantes <strong>do</strong> DP, quais<br />

outros elementos sustentam uma interpretação a distância?<br />

Queremos focar nossa visão neste universo, e tentar responder essas<br />

questões em relação aos enuncia<strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s por uma certa mídia, a televisão.<br />

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