25.10.2014 Views

análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul

análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul

análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

65<br />

Comecemos pelas vinhetas com os dizeres da abertura. Primeiro, aparece a<br />

logomarca <strong>do</strong> programa, em movimento, Telecurso <strong>2000</strong>, acompanhada de trilha musical.<br />

Esse dizer aparecerá no início de to<strong>do</strong>s os programas da série Telecurso <strong>2000</strong>. Após a vinheta,<br />

entram em movimento, sobre um fun<strong>do</strong> gráfico, os caracteres na tela, sem locução: “Em<br />

outras palavras...Quem tem me<strong>do</strong> de dicionário? Conte uma história. Fala cidadão!”.<br />

Na terceira seqüência, aparecem na tela, planos de pessoas, de placas, de gestos<br />

que são sobrepostos por páginas de livros e vão se fundin<strong>do</strong>, plano a plano, até a última cena<br />

(RODRIGUES, 2002), que é a de um guarda de trânsito. Este último é “congela<strong>do</strong>” na tela e<br />

sobre essa imagem, que fica desfocada, é aplica<strong>do</strong> o título: “Situações de comunicação – a<br />

língua”.<br />

A narrativa começa a ser desenvolvida em computação gráfica para apresentar os<br />

dizeres escritos que aparecem na primeira e na segunda seqüências. Já na terceira seqüência é<br />

feita uma transição entre a computação gráfica (representada pelas páginas <strong>do</strong>s livros) e<br />

imagens <strong>do</strong> cotidiano, apresentan<strong>do</strong> pessoas no dia-a-dia. A linguagem não verbal, nesse caso,<br />

é responsável pela construção da cena enunciativa que territorializa os sujeitos em um certo<br />

cotidiano. Esse cotidiano, assim representa<strong>do</strong>, é próprio <strong>do</strong> discurso da mídia, mas com uma<br />

forte marca <strong>do</strong> discurso pedagógico, “presentifica<strong>do</strong>” pela escrita nas páginas <strong>do</strong>s livros<br />

sobrepostas às imagens <strong>do</strong> dia-a-dia. Produz-se desta forma, a partir dessa construção, a<br />

possibilidade de identificação <strong>do</strong> sujeito leitor/interlocutor com essas imagens, sem muitas<br />

dificuldades, pelo fato de estas estarem presentes na programação diária de telejornais,<br />

programas de entretenimento, novelas, como tantos outros, bem como com o identificação<br />

com as páginas <strong>do</strong>s livros, da escrita. Isso possibilita associações com outras cenas já vistas, e<br />

a reformulação desse dizer pelo sujeito; em última instância determina a interpretação:<br />

interpretação possível a partir de uma memória/esquecimento, pertencente ao nível<br />

65

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!