análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul
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A Vinheta marca bem que a posição <strong>do</strong> enuncia<strong>do</strong>r <strong>do</strong> discurso da mídia é a Rede<br />
Globo. O plim-plim tem filiação direta com a Globo. A locutora com os dizeres <strong>do</strong> exemplo<br />
acima, assume a posição de personagem de mídia, porque está em uma cena enunciativa<br />
própria da mídia e também se vale <strong>do</strong>s instrumentos ou ferramentas próprios das condições de<br />
produção da mídia, como o microfone. Assim o enuncia<strong>do</strong> terá certas características próprias<br />
desse lugar, mostran<strong>do</strong> coerência, como define Gregolin:<br />
A coerência visível em cada texto particular é efeito da construção <strong>discursiva</strong>: o<br />
sujeito pode interpretar apenas alguns fios que se destacam das teias de senti<strong>do</strong>s que<br />
invadem o campo real social. O efeito de coerência e unidade <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> é<br />
construí<strong>do</strong> por agenciamentos discursivos <strong>do</strong>s enuncia<strong>do</strong>res que controlam,<br />
delimitam, classificam, ordenam e distribuem os acontecimentos discursivos em<br />
dispersão e permitem que o texto possa “estar em relação com um <strong>do</strong>mínio de<br />
objetos, prescrever uma posição definida a qualquer sujeito possível, estar situa<strong>do</strong><br />
em outras performances verbais, estar <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, enfim, de uma materialidade<br />
repetível. (FOUCAULT,1986 apud GREGOLIN, 2003, p 97)<br />
Cris Couto, a locutora, na continuidade <strong>do</strong> roteiro da teleaula, realiza uma<br />
enquete, um “fala povo”, próprio <strong>do</strong> DM. Nessa seqüência os personagens falam sobre a<br />
importância das placas de orientação na cidade reforçan<strong>do</strong> a pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> DM no dizer.<br />
O DM aparece ainda na Cenatexto, com o dizer:<br />
(ANEXOS 1 e 3)<br />
“De vez em quan<strong>do</strong> mensagens não-verbais combinam elementos diferentes.<br />
Quem não está condiciona<strong>do</strong> aos conheci<strong>do</strong>s sinais – sonoros e visuais – das nossas televisões<br />
que nos lembram que se trata de um intervalo comercial?”<br />
Esse dizer nos remete à vinheta da Globo que aparece na teleaula e em nossa<br />
memória, mas a presença de dizeres como “condiciona<strong>do</strong>”, “lembram que se trata”, são<br />
expressões próprias <strong>do</strong> DP, e mobilizam dizeres que representam a Escola da repetição, da<br />
inculcação, própria <strong>do</strong> discurso autoritário. Desta forma o DP na sua forma autoritária<br />
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