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análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul

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(Sr, 40 anos) – E torcer para o meu timão! Timão... ê ô...<br />

Nesse trecho encontramos textualidades locutadas e escritas que são empregadas<br />

pela enuncia<strong>do</strong>ra para articular o discurso de mídia. Em telas onde são aplica<strong>do</strong>s caracteres<br />

como: Língua relações humanas, Língua ensinar e aprender, Língua para torcer e gritar, a<br />

enuncia<strong>do</strong>ra expõe o “conteú<strong>do</strong>” de sua pergunta que na seqüência é respondida por quatro<br />

personagens. A locutora apresenta, então, em suas entrevistas, personagens da cidade que são<br />

introduzi<strong>do</strong>s na narrativa depois de uma tela com o dizer: língua informação de cada dia;<br />

comentam a importância da linguagem para suas profissões e para suas vidas. O primeiro<br />

sujeito é um camelô, um vende<strong>do</strong>r de rua, que entra sem caracter de identificação, bem como<br />

os <strong>do</strong>is últimos entrevista<strong>do</strong>s, torce<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Corinthians, um time de futebol de São Paulo,<br />

receben<strong>do</strong> identificação apenas o instrutor de marcenaria, José Gonçalves Farias. Nessa cena<br />

enunciativa, Chris Couto, a enuncia<strong>do</strong>ra, ocupa uma posição própria da mídia que busca nas<br />

ruas, opiniões de pessoas que estão in<strong>do</strong> ao trabalho, à escola, circulan<strong>do</strong> pelo espaço urbano,<br />

sobre o assunto trata<strong>do</strong> naquele dia pelo programa de televisão. Mas percebemos um<br />

estranhamento no tratamento da<strong>do</strong> ao instrutor, não só pela forma de apresentação em forma<br />

escrita, bem como em seu posicionamento em sua cena enunciativa, que é um ambiente<br />

fecha<strong>do</strong>, com uma iluminação própria, denotan<strong>do</strong> assim que o personagem estava prepara<strong>do</strong><br />

para dizer, ou falar. Essas mesmas características não são percebidas nas entrevistas feitas<br />

com o vende<strong>do</strong>r de rua e os torce<strong>do</strong>res. Esses últimos personagens estavam em “outro lugar”<br />

que não aquele solicita<strong>do</strong> pela enuncia<strong>do</strong>ra, porque estavam venden<strong>do</strong> ou torcen<strong>do</strong>, em outra<br />

cena enunciativa. Já o instrutor estava em uma sala vazia, sem alunos, com toda atenção<br />

voltada ao interlocutor. Esse tratamento “diferencia<strong>do</strong>” da<strong>do</strong> ao sujeito <strong>do</strong> discurso<br />

pedagógico marca bem a articulação entre o discurso da mídia e o pedagógico. Enquanto a<br />

enuncia<strong>do</strong>ra ocupa a cena enunciativa própria da mídia, será o instrutor em uma cena<br />

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