análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul
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as pessoas usam normalmente. Normalmente as pessoas falam para se comunicar. Eu de um<br />
certo mo<strong>do</strong> falo, mas falo pelos olhos. Assim como um músico faz com música e um bailarino<br />
fala com seu gesto. A gente continua dizen<strong>do</strong> coisas, mas são coisas especificamente visuais.<br />
Então, é fácil de você perceber que esse amarelo, por exemplo, desse azul em energia, esse<br />
roxo em um desenho de outra natureza que está aqui (riscos em negro), agora isso é um mo<strong>do</strong><br />
de comunicação, embora não seja feito de palavras.<br />
A enunciação reforça o não verbal da vinheta anterior, e mais uma vez a<br />
metalinguagem marca o acontecimento, que neste caso está evidencia<strong>do</strong> na enunciação. A<br />
articulação entre o verbal, e o não verbal, fica bem marcada quan<strong>do</strong> há uma mudança de<br />
discursividades entre a seqüência 12, da dramatização <strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s, a seqüência 13, a da<br />
vinheta, e a seqüência 14, <strong>do</strong> depoimento <strong>do</strong> artista. Esse entrelaçamento aparecerá na<br />
sequência 14 quan<strong>do</strong> o verbal e o não verbal são articula<strong>do</strong>s explicitamente, tanto no dizer<br />
quanto na cena enunciativa. O enuncia<strong>do</strong>r, artista plástico, define os conceitos de verbal e de<br />
não verbal se valen<strong>do</strong> de sua arte, ou pintura, para exemplificar o dizer. Faz uma relação<br />
direta entre a linguagem falada, por exemplo, com a imagem e com o movimento, uma<br />
peculiaridade das linguagens artísticas (NECKEL, 2004).<br />
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