análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul
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disponível: em casa, na casa de um amigo, no sindicato, na igreja, no clube e até no trabalho,<br />
sem necessitar da presença <strong>do</strong> Orienta<strong>do</strong>r de Aprendizagem durante a veiculação <strong>do</strong>s<br />
programas” (ANEXO 2).<br />
Reforçan<strong>do</strong> o atravessamento <strong>do</strong> DM, está evidente o efeito de que o<br />
“consumi<strong>do</strong>r” <strong>do</strong> Telecurso <strong>2000</strong> ficará satisfeito em ser auto-suficiente, sem necessitar da<br />
presença de ninguém durante seus estu<strong>do</strong>s. Será esse telespecta<strong>do</strong>r “virtual” que vamos<br />
analisar nesse estu<strong>do</strong>, um sujeito que assiste à televisão em casa ou no trabalho e onde<br />
também estuda os fascículos.<br />
De acor<strong>do</strong> com as análises anteriores, estaremos ao longo <strong>do</strong> trabalho articulan<strong>do</strong><br />
os processos discursivos verbal e não verbal, o que é possível segun<strong>do</strong> Pêcheux (1975). Um<br />
processo discursivo completa o outro, mobilizan<strong>do</strong> dizeres que formam uma memória própria<br />
a esse acontecimento específico que é o Telecurso <strong>2000</strong>. Por isso, enfatizamos especialmente<br />
os termos cenatexto e telealuno, que marcam a produção impressa e a audiovisual, como<br />
veremos na continuação de nossa análise. Assim, o que analisamos nas três primeiras<br />
seqüências, se repetirá ao longo <strong>do</strong> trabalho, com a articulação <strong>do</strong>s discursos da mídia e <strong>do</strong><br />
pedagógico, tanto na teleaula como nos fascículos, mas que terá maior ou menor<br />
pre<strong>do</strong>minância de determina<strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s.<br />
Sen<strong>do</strong> o processo não verbal constitutivo da cena enunciativa e ao mesmo tempo<br />
característico <strong>do</strong> discurso da mídia audiovisual é ele que faz a articulação entre a não-ficção<br />
(o que se vê) com a ficção (como se fosse). Um acontecimento de mídia que faz o<br />
telespecta<strong>do</strong>r “participar” com intimidade e a mesmo tempo a distância, como descreveu<br />
Barbosa. Esse para<strong>do</strong>xo se deve, segun<strong>do</strong> Orlandi, porque a televisão apresenta duas<br />
características:<br />
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