análise discursiva do telecurso 2000 - Unisul
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observarmos, na superfície <strong>discursiva</strong>, como acontecem as articulações dessas discursividades<br />
e qual é o efeito de senti<strong>do</strong> pre<strong>do</strong>minante no Telecurso <strong>2000</strong>.<br />
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Também devemos observar quais são as posições-sujeito pre<strong>do</strong>minantes por se<br />
tratar de um outro lugar discursivo, esse, ocupa<strong>do</strong> pelo sujeito telealuno que está na base <strong>do</strong><br />
acontecimento que é o Telecurso <strong>2000</strong>. Esse sujeito se posiciona diante da televisão e não<br />
mais <strong>do</strong> professor. Tem ainda o recurso impresso de apostilas como o encontra<strong>do</strong> na escola,<br />
mas assiste e lê o material em alguma dependência de sua casa, ou de seu trabalho. Nossa<br />
análise pretende compreender as determinações materiais da interpretação desses sujeitos<br />
nessa cena enunciativa. Para essa análise em específico estabelecemos uma relação direta<br />
entre o livro e a escrita; a televisão com a escrita, o oral e a imagem em movimento. Este<br />
última, a imagem, terá atenção especial nessa análise por ser um <strong>do</strong>s diferenciais dessa<br />
modalidade de ensino, o telensino. Pois, a imagem no processo de formulação <strong>do</strong> senti<strong>do</strong><br />
passa por um tratamento diferencia<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> da formulação <strong>do</strong> roteiro como define<br />
Rodrigues.<br />
Um roteiro é uma história contada com imagens, expressas dramaticamente em uma<br />
estrutura definida, com início, meio e fim, não necessariamente nessa ordem. Se, ao<br />
lermos um roteiro, tivermos dificuldades de visualizar a cena, certamente ele tem<br />
problemas. Um bom roteiro não é a única condição para o planejamento eficiente <strong>do</strong><br />
tempo e <strong>do</strong> custo de filmagem, mas contribui para que o filme seja prepara<strong>do</strong> de<br />
mo<strong>do</strong> mais adequa<strong>do</strong>. (p.50, 2002)<br />
Faz-se necessária essa diferenciação entre a aula preparada pelo professor ou<br />
conteudista e o roteiro prepara<strong>do</strong> para ser filma<strong>do</strong> ou grava<strong>do</strong>, porque entendemos que<br />
existem determinações diferentes, enquanto o primeiro se preocupa com o conteú<strong>do</strong><br />
científico/pedagógico o outro está mais volta<strong>do</strong> a visualização desse conteú<strong>do</strong> e com os<br />
mecanismos necessários a registrá-lo. Então, para estabelecermos um aproximação entre<br />
escrita e imagem recorremos a semântica enunciativa que emprega o termo “cena<br />
enunciativa” como aquela pertencente a um certo acontecimento enunciativo, que a nosso ver<br />
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