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Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br

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toscano y portugues em nuestro idioma castellano”.<<strong>br</strong> />

A o<strong>br</strong>a <strong>do</strong>s sábios Padres os irmãos Agostinho e Aloísio de Backer, refundiu-a Sommervogel na sua<<strong>br</strong> />

Bibliothèque de la Compagnie de Jésus, publicada de 1890 a 1900 em 9 volumes.<<strong>br</strong> />

A inserção, por Studart, no tomo 36 da Revista Trimensal <strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong> Ceará, a que tão<<strong>br</strong> />

magnificamente opulentou e constantemente opulenta <strong>com</strong> a revelação de <strong>do</strong>cumentos valiosos para a nossa<<strong>br</strong> />

história, a inserção, dizíamos, <strong>do</strong>s “Trechos de cartas <strong>do</strong> Jesuíta Padre João Antônio Andreoni escritos nas<<strong>br</strong> />

cartas anuas de 1714-16-21 neste volume da excelente Revista cearense vem trazer-nos a dúvida de que a<<strong>br</strong> />

data citada por Sommervogel <strong>com</strong>o a <strong>do</strong> falecimento de Antonil é inexata. E realmente, à pág. 81, se lê que<<strong>br</strong> />

exatamente no dia por Sommervogel indica<strong>do</strong> <strong>com</strong>o o <strong>do</strong> falecimento de Andreoni assinara ele a carta anua de<<strong>br</strong> />

1716 “P. Andreoni, que escreveu estas cousas a 13 de março de 1716”. Enfim podia dar-se ainda o caso de<<strong>br</strong> />

que houvesse faleci<strong>do</strong> extamente neste dia, mas segun<strong>do</strong> o depoimento <strong>do</strong> Padre J. B. van Meurs, jesuíta<<strong>br</strong> />

holandês, a Studart, seu amigo, ainda foi Andreoni quem, na anua de 1721, noticiou a 24 de março: “Neste<<strong>br</strong> />

ano (1721) os nossos Padres que cuidam <strong>do</strong>s índios residentes na serra <strong>do</strong> Ibiapaba conduziram das florestas<<strong>br</strong> />

para os aldeamentos um grande número de selvagens (quase 5.000) e se esforçaram por reuni-los aos demais<<strong>br</strong> />

habitantes da povoação”.<<strong>br</strong> />

Interessante seria a transcrição integral destes escritos de Antonil de que Studart só deu os pequenos<<strong>br</strong> />

extratos relativos às missões cearenses. A 15 de junho de 1714 relatava o Reitor da Bahia a luta que se dera na<<strong>br</strong> />

prefeitura <strong>do</strong> Cará entre os selvagens que por toda parte faziam incursões e os índios, de um la<strong>do</strong>, e os<<strong>br</strong> />

portugueses e <strong>br</strong>asileiros de outro”, luta que exigia constantes sacrifícios <strong>do</strong>s padres da povoação de Ibiapaba<<strong>br</strong> />

e lhes fizera correr grandes perigos. Dá numerosos pormenores da luta entre os índios selvagens e os<<strong>br</strong> />

catecúmenos conforta<strong>do</strong>s pelos missionários. A 24 de dezem<strong>br</strong>o seguinte anunciava Andreoni os resulta<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

da visita <strong>do</strong> Padre Antônio Guedes à missões de Ibiapaba relatan<strong>do</strong> igualmente fatos curiosos e pitorescos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o o que se dera no Ceará <strong>com</strong> a notícia, aliás falsa, da descoberta <strong>do</strong> ouro <strong>do</strong> Jaguaribe, auguran<strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />

para os índios seria “nova calamidade, <strong>com</strong>o o fora para as povoações situadas no Rio de Janeiro”.<<strong>br</strong> />

Depois da identificação de Capistrano a presente edição é a terceira tiragem da <strong>Cultura</strong>. A primeira<<strong>br</strong> />

fez-se em Minas Gerais.<<strong>br</strong> />

Em 1899, estan<strong>do</strong> à testa <strong>do</strong> Arquivo Público Mineiro João Pedro Xavier da Veiga, o conheci<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

erudito, autor das Efemérides mineiras, teve a excelente idéia de inserir nas páginas da Revista <strong>do</strong> Arquivo<<strong>br</strong> />

Público Mineiro, que <strong>com</strong> o melhor critério redigiu, a transcrição de velhas o<strong>br</strong>as desconhecidas <strong>do</strong> público<<strong>br</strong> />

pela raridade que haviam atingi<strong>do</strong>. E assim o fez <strong>com</strong> a <strong>Cultura</strong> e opulência <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, o Áureo trono<<strong>br</strong> />

episcopal, o Triunfo eucarístico, etc.<<strong>br</strong> />

A <strong>Cultura</strong> publicou-a no tomo IV da valiosa publicação (págs 397-557), por extenso. E explican<strong>do</strong> os<<strong>br</strong> />

motivos que o tinham leva<strong>do</strong> a assim fazer lem<strong>br</strong>ava que a edição de 1839 (sic), já também desde muito<<strong>br</strong> />

esgotada, ser tornara tão rara quase quanto a de 1711.<<strong>br</strong> />

“Esta circunstância e o interesse e o valor da o<strong>br</strong>a, especialmente para o Esta<strong>do</strong> de Minas, e ten<strong>do</strong> ela<<strong>br</strong> />

si<strong>do</strong> o “primeiro trabalho escrito so<strong>br</strong>e cousas de Minas Gerais que se publicou, tornam a o<strong>br</strong>a de Antonil<<strong>br</strong> />

singularmente curiosa e importante para nós, que a consideramos verdadeira preciosidade bibliográfica<<strong>br</strong> />

mineira. Por tu<strong>do</strong> isso reproduzimo-la integralmente da referida segunda edição”,expôs o autor das<<strong>br</strong> />

Efemérides num rápi<strong>do</strong> preâmbulo bem pouco correspondente à importância <strong>do</strong> livro precioso.<<strong>br</strong> />

Para fazer a impressão pediu o exemplar pertencente a Afonso Arinos, que a pedi<strong>do</strong> seu “cavalheira e<<strong>br</strong> />

patrioticamente o ofertou ao Arquivo Público Mineiro, entre cujos cimélios o livro hoje figura”.<<strong>br</strong> />

Pouco depois, de outro ofertante ilustre, Orville Derby, recebia o Arquivo Mineiro um exemplar da<<strong>br</strong> />

<strong>Cultura</strong>.<<strong>br</strong> />

Grande <strong>com</strong>odidade trouxe a reimpressão da o<strong>br</strong>a de Antonil, levada a cabo pela Revista mineira. A<<strong>br</strong> />

ela se reportaram Basílio de Magalhães na Expansão geográfica <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> até fins <strong>do</strong> século XVII e Calógeras<<strong>br</strong> />

nas Minas <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, <strong>com</strong>o já dissemos, relatan<strong>do</strong> então que <strong>do</strong> precioso trata<strong>do</strong> de Andreoni há uma edição<<strong>br</strong> />

feita em Macau.<<strong>br</strong> />

Insistiu Capistrano em pesquisar a existência <strong>do</strong> De rebus <strong>Brasil</strong>iae, infrutiferamente porém, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

uma carta sua, aqui transcrita, o esclarece:<<strong>br</strong> />

“Affonso amigo,<<strong>br</strong> />

Incluo o extrato de Sommervogel; não achei a mão Backer; o último bibliógrafo naturalmente dispensa<<strong>br</strong> />

o primeiro.<<strong>br</strong> />

Dos livros de Andreoni só conhecia diretamente a Sinagoga de que dá o título português, <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

número de páginas; <strong>do</strong>s outros fala por informação, a primeira descrição da <strong>Cultura</strong> e opulência deve ser a de<<strong>br</strong> />

José Carlos Rodrigues.<<strong>br</strong> />

Nos livros de Andreoni enumera-se um De rebus <strong>Brasil</strong>ae. Que virá a ser? Pablo Hernandez, jesuíta de

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