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Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br

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alegre e capaz de se fazer nele morada estável, se não fosse tão longe <strong>do</strong> mar.<<strong>br</strong> />

Desta estalagem vão em seis ou oito dias às plantas de Garcia Rodrigues.<<strong>br</strong> />

E daqui, em <strong>do</strong>us dias, chegam à serra de Itatiaia.<<strong>br</strong> />

Desta serra seguem-se <strong>do</strong>us caminhos: um, que vai dar nas minas gerais <strong>do</strong> ribeirão de Nossa Senhora <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Carmo e <strong>do</strong> Ouro Preto, e outro, que vai dar nas minas <strong>do</strong> rio das Velhas, cada um deles de seis dias de<<strong>br</strong> />

viagem. E desta serra também <strong>com</strong>eçam as roçarias de milho e feijão, a perder de vista, <strong>do</strong>nde se provêem os<<strong>br</strong> />

que assistem e lavram nas minas.<<strong>br</strong> />

XI<<strong>br</strong> />

Roteiro <strong>do</strong> caminho velho da cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro para as minas gerais <strong>do</strong>s Cataguás e <strong>do</strong> rio das<<strong>br</strong> />

Velhas.<<strong>br</strong> />

EM MENOS DE TRINTA DIAS, marchan<strong>do</strong> de sol a sol, podem chegar os que partem da cidade <strong>do</strong> Rio de<<strong>br</strong> />

Janeiro às minas gerais, porém raras vezes sucede poderem seguir esta marcha, por ser o caminho mais áspero<<strong>br</strong> />

que o <strong>do</strong>s paulistas. E, por relação de quem an<strong>do</strong>u por ele em <strong>com</strong>panhia <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r Artur de Sá, é o<<strong>br</strong> />

seguinte. Partin<strong>do</strong> aos 23 de agosto da cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro foram a Parati. De Parati a Taubaté. De<<strong>br</strong> />

Taubaté a Pindamonhangaba. De Pindamonhangaba a Guaratinguetá. De Guaratinguetá às roças de Garcia<<strong>br</strong> />

Rodrigues.Destas roças ao Ribeirão. E <strong>do</strong> Ribeirão, <strong>com</strong> oito dias mais de sol a sol, chegaram ao rio das<<strong>br</strong> />

Velhas aos 29 de novem<strong>br</strong>o, haven<strong>do</strong> para<strong>do</strong> no caminho oito dias em Parati, dezoito em Taubaté, <strong>do</strong>us em<<strong>br</strong> />

Guaratinguetá, <strong>do</strong>us nas roças de Garcia Rodrigues e vinte e seis no Ribeirão, que por to<strong>do</strong>s são cinqüenta e<<strong>br</strong> />

seis dias. E, tiran<strong>do</strong> estes de noventa e nove, que se contam desde 23 de agosto até 29 de novem<strong>br</strong>o, vieram a<<strong>br</strong> />

gastar neste caminho não mais que quarenta e três dias.<<strong>br</strong> />

XII<<strong>br</strong> />

Roteiro <strong>do</strong> caminho novo da cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro para as minas.<<strong>br</strong> />

PARTINDO DA CIDADE <strong>do</strong> Rio de Janeiro por terra <strong>com</strong> gente carregada, e marchan<strong>do</strong> à paulista, a<<strong>br</strong> />

primeira jornada se vai a Irajá; a segunda ao engenho <strong>do</strong> alcaide-mor, Tomé Correia; a terceira ao porto <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Nó<strong>br</strong>ega no rio Iguaçu, onde há passagem de canoas e saveiros; a quarta ao sítio que chamam de Manuel <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

Couto.<<strong>br</strong> />

E quem vai por mar e embarcação ligeira, em um dia se põe no porto da freguesia de Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar;<<strong>br</strong> />

e em outro, em canoa, subin<strong>do</strong> pelo rio de Morobaí acima, ou in<strong>do</strong> por terra, chega pelo meio-dia ao referi<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

sítio <strong>do</strong> Couto.<<strong>br</strong> />

Deste se vai à cachoeira <strong>do</strong> pé da serra e se pousa em ranchos. E daí se sobe à serra, que são duas boas léguas;<<strong>br</strong> />

e descen<strong>do</strong> o cume, se arrancha nos pousos que chamam Frios. No dito cume faz um tabuleiro direito em que<<strong>br</strong> />

se pode formar um grande batalhão; e em dia claro, é sítio bem formoso, e se desco<strong>br</strong>e dele o Rio de Janeiro,<<strong>br</strong> />

e inteiramente to<strong>do</strong> o seu recôncavo.<<strong>br</strong> />

Dos pousos Frios se vai à primeira roça <strong>do</strong> capitão Marcos da Costa; e dela, em duas jornadas, à segunda roça,<<strong>br</strong> />

que chamam <strong>do</strong> Alferes.<<strong>br</strong> />

Da roça <strong>do</strong> Alferes, numa jornada se vai ao Pau Grande, roça que agora principia, e daí se vai pousar no mato<<strong>br</strong> />

ao pé de um morro que chamam Cabaru.<<strong>br</strong> />

Deste morro se vai ao famoso rio Paraíba, cuja passagem é em canoas. Da parte de aquém, está uma venda de<<strong>br</strong> />

Garcia Rodrigues e há bastantes ranchos para os passageiros; e da parte dalém, está a casa <strong>do</strong> dito Garcia<<strong>br</strong> />

Rodrigues, <strong>com</strong> larguíssimas roçarias.<<strong>br</strong> />

Daqui se passa ao rio Paraibuna, em duas jornadas, a primeira no mato, e a segunda no porto, onde há roçaria<<strong>br</strong> />

e venda importante e ranchos para os passageiros de uma e outra parte. É este rio pouco menos caudaloso que<<strong>br</strong> />

o Paraíba; passa-se em canoa.

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