26.10.2014 Views

Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br

Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br

Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

pelo magistra<strong>do</strong> a quem pertence ajustá-lo, que possa dar por tanta despesa algum ganho digno de ser<<strong>br</strong> />

estima<strong>do</strong>. Portanto, se se reduzirem os preços das cousas que vêm <strong>do</strong> Reino e <strong>do</strong>s escravos que vêm de<<strong>br</strong> />

Angola e costa de Guiné, a uma moderação <strong>com</strong>petente, poderão também tornar os açúcares ao preço<<strong>br</strong> />

modera<strong>do</strong> de dez e <strong>do</strong>ze tostões, parecen<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s impossível o poderem continuar de uma a outra parte tão<<strong>br</strong> />

demasia<strong>do</strong>s excessos, sem se perder o <strong>Brasil</strong>.<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

Do número das caixas de açúcar que se fazem cada ano ordinariamente no <strong>Brasil</strong>.<<strong>br</strong> />

CONTAM-SE NO TERRITÓRIO DA BAHIA, ao presente, cento e quarenta e seis engenhos de açúcar<<strong>br</strong> />

moentes e correntes, além <strong>do</strong>s que se vão fa<strong>br</strong>ican<strong>do</strong>, uns no Recôncavo, à beira-mar, e outros pela terra<<strong>br</strong> />

dentro, que hoje são de maior rendimento. Os de Pernambuco, posto que menores, chegam a duzentos e<<strong>br</strong> />

quarenta e seis, e os <strong>do</strong> Rio de Janeiro, a cento e trinta e seis.<<strong>br</strong> />

Fazem-se, um ano por outro, nos engenhos da Bahia, catorze mil e quinhentas caixas de açúcar. Destas, vão<<strong>br</strong> />

para o Reino, catorze mil, a saber: oito mil de <strong>br</strong>anco macho, três mil de mascava<strong>do</strong> macho, mil e oitocentas<<strong>br</strong> />

de <strong>br</strong>anco bati<strong>do</strong>, mil e duzentas de mascava<strong>do</strong> bati<strong>do</strong>; e quinhentas de várias castas se gastam na terra.<<strong>br</strong> />

As que se fazem nos engenhos de Pernambuco,um ano por outro, são <strong>do</strong>ze mil e trezentas. Vão <strong>do</strong>ze mil e<<strong>br</strong> />

cem para o Reino, a saber: sete mil de <strong>br</strong>anco macho, duas mil e seiscentas de mascava<strong>do</strong> macho,, mil e<<strong>br</strong> />

quatrocentas de <strong>br</strong>anco bati<strong>do</strong>, mil e cem de mascava<strong>do</strong> bati<strong>do</strong>; e gastam-se na terra duzentas de várias castas.<<strong>br</strong> />

No Rio de Janeiro, fazem-se, um ano por outro, dez mil e duzentas e vinte. As dez mil e cem vão para o<<strong>br</strong> />

Reino, a saber: cinco mil e seiscentas de <strong>br</strong>anco macho, duas mil e quinhentas de mascava<strong>do</strong> macho, mil e<<strong>br</strong> />

duzentas de <strong>br</strong>anco bati<strong>do</strong>, oitocentas de mascava<strong>do</strong> bati<strong>do</strong>; e ficam na terra cento e vinte de várias castas,<<strong>br</strong> />

para o gato dela.<<strong>br</strong> />

E juntas todas estas caixas de açúcar que se fazem um ano por outro no <strong>Brasil</strong>, vêm a ser trinta e sete mil e<<strong>br</strong> />

vinte caixas.<<strong>br</strong> />

XI<<strong>br</strong> />

Que custa uma caixa de açúcar de trinta e cinco arrobas, posta na alfândega de Lisboa e já despachada,<<strong>br</strong> />

e <strong>do</strong> valor de to<strong>do</strong> o açúcar que cada ano se faz no <strong>Brasil</strong>.<<strong>br</strong> />

DO ROL QUE SE SEGUE, constará primeiramente, <strong>com</strong> exata distinção, o custo que faz uma caixa de açúcar<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>anco macho de trinta e cinco arrobas, desde que se levanta em qualquer engenho da Bahia, até se pôr na<<strong>br</strong> />

alfândega de Lisboa, e pela porta dela fora; e logo o que custa uma de mascava<strong>do</strong> macho, uma de <strong>br</strong>anco<<strong>br</strong> />

bati<strong>do</strong> e uma de mascava<strong>do</strong> bati<strong>do</strong>. Em segun<strong>do</strong> lugar, o resumo <strong>do</strong> valor de to<strong>do</strong> o açúcar que cada ano se faz<<strong>br</strong> />

nas safras da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.<<strong>br</strong> />

Custos de uma caixa de açúcar <strong>br</strong>anco macho de trinta e cinco arrobas<<strong>br</strong> />

Pelo caixão no engenho, ao menos 1$200<<strong>br</strong> />

Por se levantar o dito caixão $050<<strong>br</strong> />

Por 86 pregos para o dito caixão $320<<strong>br</strong> />

Por 35 arrobas de açúcar a 1$600 56$000<<strong>br</strong> />

Por carreto à beira-mar 2$000<<strong>br</strong> />

Por carreto <strong>do</strong> porto <strong>do</strong> mar até o trapiche $320<<strong>br</strong> />

Por guindaste no trapiche $080<<strong>br</strong> />

Por entrada no mesmo trapiche $080<<strong>br</strong> />

Por aluguel <strong>do</strong> mês no dito trapiche $020

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!