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Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br

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grande erudição, no relativo à América <strong>do</strong> Sul, que duas vezes esteve trabalhan<strong>do</strong> aqui, nada me soube<<strong>br</strong> />

informar; acaba de morrer em Roma, segun<strong>do</strong> me contaram em Santo Inácio e nada me <strong>com</strong>unicou.<<strong>br</strong> />

Tenho mais duas notícias so<strong>br</strong>e Andreoni: uma de que exercia o reitora<strong>do</strong> da Bahia quan<strong>do</strong> morreu<<strong>br</strong> />

Domingos Afonso Sertão, legan<strong>do</strong> à Companhia as fazendas <strong>do</strong> Piauí (R. Trim. Instit. Hist. 20, 32; nota de<<strong>br</strong> />

Alencastre).<<strong>br</strong> />

Outra refere-se à sua atitude na guerra <strong>do</strong>s Mascates em que parece, não se mostrou simpático à gente<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> Recife; se caso o interessar, poderei verificar na Biblioteca Nacional. Tive em tempo a idéia de fazer a<<strong>br</strong> />

biografia de Antonil. – Desisto ante a falta de <strong>do</strong>cumentos. Continuo pega<strong>do</strong> <strong>com</strong> os bacairis e vou<<strong>br</strong> />

regularmente. Para a semana devem tomar o trem de Mato Grosso.<<strong>br</strong> />

Até os fins de outu<strong>br</strong>o. Respeitos à Senhora. Adeus, nova Geração! Bien à vous – C. –<<strong>br</strong> />

Rio 1 de agosto de 1921.”<<strong>br</strong> />

Quanto à edição chinesa so<strong>br</strong>e ela nos deu ainda o nosso mestre os seguintes apontamentos: “Macau,<<strong>br</strong> />

tip. Noronha e Cia., 1898. Publicada por Horácio Poiares e oferecida ao Conselheiro José da Costa Azeve<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

barão <strong>do</strong> Ladário, 18 cm x 13 cm. No prólogo diz o editor” o manuscrito tem a data de 1711. A edição é feita<<strong>br</strong> />

pelo original, conservan<strong>do</strong>-se-lhe a própria ortografia.”<<strong>br</strong> />

Ocorreu provavelmente ao editor reimprimir a o<strong>br</strong>a de Antonil <strong>com</strong>o homenagem à missão <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />

diplomática que sob chefia <strong>do</strong> Barão <strong>do</strong> Ladário visitava o Extremo Oriente, tocan<strong>do</strong> também na velha<<strong>br</strong> />

colônia portuguesa quinhentista. Mais delicada intenção não podia ter havi<strong>do</strong> e o fato da escolha <strong>do</strong> livro de<<strong>br</strong> />

Andreoni revela por parte <strong>do</strong>s ofertantes real prova de avançada cultura.<<strong>br</strong> />

Reimprime-se agora pela quarta vez o livro <strong>do</strong> benemérito Andreoni que o despotismo joanino<<strong>br</strong> />

condenara à destruição. Não há, talvez, em toda a nossa bibliografia o<strong>br</strong>a cuja história seja tão cheia de<<strong>br</strong> />

curiosos incidentes. Cabe-lhe <strong>com</strong> toda a inteireza o famoso dístico <strong>do</strong> gramático latino o habent sua fala<<strong>br</strong> />

libelli. Vingou-se a posteridade da prepotência real desencadeada so<strong>br</strong>e o humilde jesuíta estrangeiro<<strong>br</strong> />

identifica<strong>do</strong> <strong>com</strong> o país onde passara meio século a servir a causa <strong>do</strong> Evangelho e da Civilização. E o seu<<strong>br</strong> />

po<strong>br</strong>e livro hoje exalta<strong>do</strong> à altura <strong>do</strong> grande mérito que o reveste a<strong>do</strong>rna-se agora <strong>com</strong> o histórico de sua<<strong>br</strong> />

atribulada carreira de persegui<strong>do</strong>, de extermina<strong>do</strong>, <strong>com</strong>o de inapagáveis atributos gloriosos, <strong>do</strong> que pela<<strong>br</strong> />

tradição <strong>br</strong>asileira sofreu.<<strong>br</strong> />

S. Paulo, 7 de Setem<strong>br</strong>o de 1921.<<strong>br</strong> />

Affonso de E Taunay.<<strong>br</strong> />

<strong>Cultura</strong> e opulência <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> por suas drogas e minas<<strong>br</strong> />

Com várias notícias curiosas <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> de fazer o açúcar, plantar e beneficiar o tabaco, tirar ouro das<<strong>br</strong> />

minas e desco<strong>br</strong>ir as da prata e <strong>do</strong>s grandes emolumentos que esta conquista da América Meridional dá ao<<strong>br</strong> />

reino de Portugal <strong>com</strong> este e outros gêneros e contratos reais.<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>a de André João Antonil<<strong>br</strong> />

Oferecida:<<strong>br</strong> />

Aos que desejam ver glorifica<strong>do</strong> nos altares ao venerável padre José de Anchieta, sacer<strong>do</strong>te da<<strong>br</strong> />

Companhia de Jesus, missionário apostólico e novo taumaturgo <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.<<strong>br</strong> />

Lisboa<<strong>br</strong> />

Na Oficina Real Deslandesiana, <strong>com</strong> as licenças necessárias, ano de 1711.<<strong>br</strong> />

Aos Senhores de Engenhos e Lavra<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> Tabaco e aos que se ocupam em tirar<<strong>br</strong> />

ouro das Minas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.<<strong>br</strong> />

Deve tanto o <strong>Brasil</strong> ao venerável Padre José de Anchieta, um <strong>do</strong>s primeiros e mais fervorosos<<strong>br</strong> />

missionários desta América Meridional, que à boca cheia chama seu grande apóstolo e novo taumaturgo pela<<strong>br</strong> />

luz evangélica que <strong>com</strong>unicou a tantos milhares de índios e pelos inumeráveis milagres que o<strong>br</strong>ou em vida e

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