Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br
Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br
Cultura e opulência do Brasil - Culturatura.com.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Por uns calções de seda, <strong>do</strong>ze oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma camisa de linho, quatro oitavas.<<strong>br</strong> />
Por umas ceroulas de linho, três oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um par de meias de seda, oito oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um par de sapatos de cor<strong>do</strong>vão, cinco oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um chapéu fino de castro, <strong>do</strong>ze oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um ordinário, seis oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma carapuça de seda, quatro ou cinco oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma carapuça de pano forrada de seda, cinco oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma boceta de tartaruga para tabaco, seis oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma boceta de prata de relevo para tabaco, se tem oito oitavas de prata, dão dez ou <strong>do</strong>ze, de ouro,<<strong>br</strong> />
conforme o feitio dela.<<strong>br</strong> />
Por uma espingarda sem prata, dezasseis oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma espingarda bem feita e prateada, cento e vinte oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma pistola ordinária, dez oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma pistola prateada, quarenta oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma faca de ponta <strong>com</strong> cabo curioso, seis oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um canivete, duas oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma tesoura, duas oitavas.<<strong>br</strong> />
E toda a bugiaria que vem de França e de outras partes, vende-se conforme o desejo que mostram ter dela os<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>pra<strong>do</strong>res.<<strong>br</strong> />
Preços <strong>do</strong>s escravos e das cavalgaduras<<strong>br</strong> />
Por um negro bem feito, valente e ladino, trezentas oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um molecão, duzentas e cinqüenta oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um moleque, cento e vinte oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um crioulo bom oficial, quinhentas oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um mulato de partes, ou oficial, quinhentas oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um bom trombeteiro, quinhentas oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma mulata de partes, seiscentas e mais oitavas.<<strong>br</strong> />
Por uma negra ladina cozinheira, trezentas e cinqüenta oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um cavalo sendeiro, cem oitavas.<<strong>br</strong> />
Por um cavalo anda<strong>do</strong>r, duas li<strong>br</strong>as de ouro.<<strong>br</strong> />
E estes preços, tão altos e tão correntes nas minas, foram causa de subirem os preços de todas as cousas, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
se experimenta nos portos das cidades e vilas <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, e de ficarem desforneci<strong>do</strong>s muitos engenhos de<<strong>br</strong> />
açúcar das peças necessárias e de padecerem os mora<strong>do</strong>res grande carestia de mantimentos, por se levarem<<strong>br</strong> />
quase to<strong>do</strong>s aonde vendi<strong>do</strong>s hão de dar maior lucro.<<strong>br</strong> />
VIII<<strong>br</strong> />
De diversos preços <strong>do</strong> ouro vendi<strong>do</strong> no <strong>Brasil</strong> e <strong>do</strong> que importa o que cada ano ordinariamente<<strong>br</strong> />
se tira das minas.<<strong>br</strong> />
VÁRIOS FORAM OS PREÇOS DO OURO no discurso destes anos, não só por razão da perfeição de um,<<strong>br</strong> />
maior que a <strong>do</strong> outro, por ser de mais subi<strong>do</strong>s quilates, mas também a respeito <strong>do</strong>s lugares aonde se vendia,<<strong>br</strong> />
porque mais barato se vende nas minas <strong>do</strong> que na vila de São Paulo e de Santos; e muito mais vale nas<<strong>br</strong> />
cidades <strong>do</strong> Rio de Janeiro e da Bahia, <strong>do</strong> que nas vilas referidas. Também muito mais vale quinta<strong>do</strong> <strong>do</strong> que<<strong>br</strong> />
em pó, porque o que se vende em pó sai <strong>do</strong> fogo <strong>com</strong> bastantes que<strong>br</strong>as, além <strong>do</strong> que vai de diferença por<<strong>br</strong> />
razão <strong>do</strong> que se pagou, ou não se pagou de quintos.<<strong>br</strong> />
Uma arroba de ouro em pó pelo preço da Bahia, a catorze tostões a oitava, importa catorze mil, trezentos e<<strong>br</strong> />
trinta e seis cruza<strong>do</strong>s. Quinta<strong>do</strong>, pelo preço da Bahia, a dezasseis tostões a oitava, importa dezasseis mil,<<strong>br</strong> />
trezentos e oitenta e quatro cruza<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />
Uma arroba de ouro em pó, pelo preço <strong>do</strong> Rio de Janeiro, treze tostões a oitava, importa treze mil, trezentos e