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1990 - Sociedade Brasileira de Psicologia

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(Skinner,1984b,p.658).é verda<strong>de</strong>queadistinçâo que persiste é umndisthxâo apenas<br />

<strong>de</strong>fronteims,mnscabe assinalarque estaéumndistinçâo quefazmuita diferençapam<br />

llmnciênciaempfrica.Ela,portanto,nâoéirrelev- te,como Skinnerparece sugerir.<br />

Ao falar<strong>de</strong> privacida<strong>de</strong>,Skinner,usualmente,concentm setlsargumentosna<br />

crftica a explicaçöesmenhlistasdo compo> mento humnno.Ao insistirna <strong>de</strong>terminaçâo<br />

nmbiental,contudo,ele acaba nâo repon<strong>de</strong>ndo a questöes importmntessobre uma<br />

copcepçâo behaviorista (la privacida<strong>de</strong>.Cabe esclarecer,enâo,que,ao apontaro<br />

dualismo que persiste naabordagem skinneriana,o que eu pretendo nâo é<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ro<br />

m entalismo ou criticarocahterempfrico <strong>de</strong>llmaciênciado comportamentoymasm os% r<br />

a incompatibilida<strong>de</strong> entre as afirmaçöes<strong>de</strong> Skinnere seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ciência.Fxsta<br />

incompatibilida<strong>de</strong> aparece,inclusive,<strong>de</strong> forma clam,quando Skinner admite que certas<br />

instâncias<strong>de</strong>comportamentoptiḅlico m <strong>de</strong>m Gtarfo cionaH enterelacionadasaeventos<br />

admitidoscomo privados(como ocorecom oautolcontrole,aproduçâo <strong>de</strong> regmsou a<br />

resoluçâo<strong>de</strong> problemas).<br />

'<br />

.<br />

A m ssibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se lidar,cientificnmente,com a privacida<strong>de</strong> parece-me<br />

problem âtica;sobretudo,sesepenu o privado com oalgo quenâo coinci<strong>de</strong>,nem com a<br />

esthnulaçâo intem apouivelmente <strong>de</strong>tecdvelporinstrumentos,nem com o que os<br />

indivfduosfalam 'sobre sim esmos'.Apesardasdificulda<strong>de</strong>saiexistentes,eupretendo<br />

sugerir,nospa/gmfosqseguintes,queum passoadiantepo<strong>de</strong>serdado se nosvolànnos<br />

pam adiscuuâo dosditos 'relatosprivados'. '<br />

3.RespostasVerbaisa EventosPrivados<br />

Antes<strong>de</strong>retonmràsafirmaçöes<strong>de</strong> Skirmersobrea (imlpossibilida<strong>de</strong><strong>de</strong><br />

instalaçëo <strong>de</strong>um repertörio verbalsob controle<strong>de</strong>eventosprivados,eu 'gostaria<strong>de</strong><br />

introduziralgumnsidéiassobrelinguagem apresentadasporW ittgenstein em seu livro<br />

PhilosophicalInvestigatioM (1988).Algunsautorestporexemplo,Bloor,1987;Day,<br />

1969;Waler,1977)jé apontaram quehé similarida<strong>de</strong>sentreo m lsamento<strong>de</strong>Skinnere<br />

o do 'segundo'W itgelistein.AocitarW ittginstein,contudo,nâo estareipreocupadoem<br />

m apearassimilarida<strong>de</strong>sentreseu penmmento e o<strong>de</strong>Skinner.Também nâo procumrei<br />

discutir aspectos polêrnicos <strong>de</strong> suas consi<strong>de</strong>lw öessobre linguagem.Intere-sO-lhe,<br />

apenas,m ostmr,<strong>de</strong>fom m abreviada,que,a<strong>de</strong>speitodasshnilarida<strong>de</strong>syaanélisefuncional<br />

dalinguagem providaporW ittgenstein permite-ndsiralém dasproposiçöes<strong>de</strong>Skirmer<br />

na quesêo da privacida<strong>de</strong>.<br />

W itge-tein (1988)enten<strong>de</strong> a linguagem comoumn'forma <strong>de</strong>vida.'Por<br />

entendê-lanestestermos,elabom uma cdticaà idéia<strong>de</strong>linguagem como representaçâo<br />

verbaldarealida<strong>de</strong>,oqueimplicaqu'estionarapertinênciadasteoriasreferenciaisdo<br />

significado.ParaWitgenstein (1988),alinguagem nâo precisasèrexplicadaatmvés<strong>de</strong><br />

umnteoria,mnqsim,<strong>de</strong>scritanafornu como é 1=th.<br />

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