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Anais Semana de História 2005 - Campus de Três Lagoas

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que tomam consciência da implicação <strong>de</strong> saber suas respostas e a<br />

freqüência do aparecimento ou <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong>stas nos acontecimentos<br />

<strong>de</strong> fala; bem como a maneira que se dá isso nos discursos; como e<br />

através <strong>de</strong> que meios isto se representa na enunciação. Enfim, o como<br />

os sujeitos da enunciação estão “narrando” ou “representando” o mundo<br />

<strong>de</strong> que falam e o contexto no qual se inscrevem (e interagem), fundando<br />

e (<strong>de</strong>s)mascarando as estratégias discursivas e <strong>de</strong> enunciação.<br />

No caso <strong>de</strong>ste trabalho, na análise dos PCN, busca-se o “como” o<br />

discurso dos PCN está lendo os parâmetros da tradição e da inovação;<br />

o “como” se articulam nesse discurso os discursos prece<strong>de</strong>ntes da<br />

tradição e da mudança.<br />

É preciso esclarecer, contudo, que não se trata aqui <strong>de</strong> virar as<br />

costas à teoria e aos estudos já oferecidos - bem se sabe que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong> partir <strong>de</strong> algum ponto para contrastá-lo a outro ou estendê-lo<br />

na sua própria perspectiva -, mas sim <strong>de</strong> acrescentar-lhes (outras) inquietações.<br />

O que queremos dizer é que os conceitos já elaborados<br />

<strong>de</strong>vem ser revisitados sim (como fortes contribuições que realmente<br />

são), mas acompanhados <strong>de</strong> uma atualizante e constante releitura,<br />

para que se alcancem resultados relevantes e as análises progridam<br />

com a contribuição <strong>de</strong>stes. Estes <strong>de</strong>vem ser tomados ou consi<strong>de</strong>rados<br />

como base, como ponto <strong>de</strong> partida, mas não po<strong>de</strong>mos concordar em<br />

simplesmente reproduzi-los sem refletir sobre sua aplicação hoje; sem<br />

acompanhar as mudanças e as transformações que o tempo reclama.<br />

Não mais. O diálogo com o anterior tem <strong>de</strong> ser feito ou realizado criticamente;<br />

caso contrário, não passa <strong>de</strong> mera repetição e não nos permite<br />

novos olhares.<br />

Dizemos isso porque a nação e a cultura são sujeitos do discurso;<br />

os estudos estão acontecendo e seriam sem significação se isso<br />

não se percebesse; a Crítica <strong>de</strong>ve sua origem a esses diálogos e as<br />

<strong>de</strong>scobertas também se <strong>de</strong>vem à crítica. Cabe questionar: <strong>de</strong> qual<br />

discurso partiremos para compreen<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong> cultural sobre a qual<br />

se inscrevem os discursos e a partir da qual se projetam outros De<br />

que nos valeremos para apreen<strong>de</strong>r as justificativas ou implicantes na<br />

estruturação e formação discursiva<br />

Naturalmente, será então na instância discursiva que se encontrará<br />

a configuração ou o <strong>de</strong>senho (ainda que esboço) <strong>de</strong> toda a formação<br />

do sujeito, <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ologias e intenções, das condições nas<br />

quais são produzidos os enunciados:<br />

138<br />

A linguagem enquanto discurso não constitui um universo<br />

<strong>de</strong> signos que serve apenas como instrumento<br />

<strong>de</strong> comunicação ou suporte <strong>de</strong> pensamento; a lingua-

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