Anais Semana de História 2005 - Campus de Três Lagoas

A autora nos dá apontamentos bastante interessantes sobre a
iconografia produzida principalmente a partir de 1905 nos alertando sobre
a originalidade, a autoria, a localização das fontes, mas principalmente
da sua interpretação, ao que versam os temas
[...] desde imagens da natureza pura, selvas, vistas
urbanas, retratos de indígenas ao cotidiano dos
comissionários. As paisagens trazem imagens de
grandes e pequenas cachoeiras, rios, riachos, matas,
morros, cavernas, como também vilarejos, casas, sítios,
cidades. A ênfase das imagens se dava nos recursos
energéticos a serem explorados para a indústria,
nas vias de comunicação possíveis de serem
construídas para o comércio (MOI, 2004, s.p.).
Amplo, no concernente a referências, e considerável para o nosso
trabalho de pesquisa é o relatório de Celso Lago Paiva, responsável
pela edição virtual do Centro de Memória Universidade Estadual de
Campinas (CMU – Unicamp). Na sua página virtual encontramos os
livros que foram consultados por ele no Sistema de Bibliotecas da
Unicamp (SBU), de onde extraiu referências relacionadas a Itapura
como, por exemplo: a tese de doutoramento, de Maria Aparecida Silva,
datada de 1972, localizada na Universidade de São Paulo, intitulada
Itapura: estabelecimento naval e militar (1858-1870); outra fonte é o
trabalho de Jorge Black Scorrar que, em 1906, publica a Exploração do
rio Tietê (barra do rio Jacaré-Guassu ao rio Paraná). Há ainda artigos
de jornais citados por Paiva, bem como outros livros igualmente importantes
que tivemos acesso como: Relatos monçoeiros, de Afonso de E.
Taunay; Pioneiros e fazendeiros de São Paulo, de Pierre Mombeig; e,
Diário da navegação, de Teotônio José Juzarte. Além disso, o parecer
que ele propõe acerca dos bens patrimoniais tombados e destruídos no
Brasil inclui o da sede da colônia militar de Itapura, cujas alíneas ele
mesmo discorre:
Quando conheci o prédio em 1967 pouco restava de
seu madeiramento interno (sobrados, forros, portas,
janelas, escadaria), e muitos trechos das paredes
auto-portantes estavam destruídos por vandalismo (por
pessoas que buscavam “tesouros” nelas encerrados,
segundo lendas locais). O piso de terra sob o sobrado
inferior e o solo no entorno foram escavados. Em 1969
toda a fachada direita já havia desmoronado [apud
HIGA, 1969]. (PAIVA, 2000, s.p., grifos do autor)
Paiva realmente constata a construção histórica destruída por
várias vezes, mesmo após ter passado por algumas obras parciais de
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