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Anais Semana de História 2005 - Campus de Três Lagoas

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Como já apontado anteriormente, um gran<strong>de</strong> problema se encontra<br />

na pouca referência que a historiografia faz à Companhia <strong>de</strong><br />

Viação São Paulo – Mato Grosso. Mesmo Oliveira ao relatar algumas<br />

companhias não se refere a nenhuma companhia colonizadora, que<br />

nesse momento já existia na região do sul <strong>de</strong> Mato Grosso, hoje Mato<br />

Grosso do Sul, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a divisão <strong>de</strong> Estado que ocorreu em 11 <strong>de</strong> outubro<br />

<strong>de</strong> 1977.<br />

Marin (2000/2001, p.159) ao tratar o intercâmbio <strong>de</strong> cultura no<br />

sul <strong>de</strong> Mato Grosso do Sul com relação as suas fronteiras, aponta<br />

que, com a Marcha para o Oeste ocorreu um aumento <strong>de</strong><br />

multiplicida<strong>de</strong> cultural na região, <strong>de</strong>vido à formação <strong>de</strong> Colônias Agrícolas<br />

e ao processo <strong>de</strong> colonização ocorrido na região. O autor arrola,<br />

em nota <strong>de</strong> rodapé, empresas <strong>de</strong> colonização privadas, e nesse<br />

apontamento aparece o nome da Companhia <strong>de</strong> Viação São Paulo –<br />

Mato Grosso em meio a outras, mas apenas como ilustração do<br />

assunto <strong>de</strong>scrito pelo autor.<br />

Nas primeiras décadas do século XX, <strong>de</strong>corrente da criação da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, alguns pesquisadores passam a estudar<br />

a região sob a luz da investigação das ciências sociais. Um exemplo<br />

disso foram os trabalhos <strong>de</strong> Sergio Buarque <strong>de</strong> Holanda, voltados para<br />

estudos do Oeste brasileiro, como os clássicos: Monções (1990);<br />

Visão do Paraíso (1994); e Extremo Oeste (1986). Entretanto, são<br />

obras que não dão conta das peculiarida<strong>de</strong>s que essa pesquisa busca<br />

analisar, servindo, todavia como aportes para a contextualização<br />

do objeto.<br />

Alguns trabalhos mais contemporâneos contribuem para dar<br />

suporte teórico, como por exemplo, os trabalhos <strong>de</strong> Ferreira (1996 e<br />

2002), os quais contribuem para pensar o projeto paulista da<br />

mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong> estar no imaginário dos personagens das frentes<br />

<strong>de</strong> colonização do oeste do Estado <strong>de</strong> São Paulo e su<strong>de</strong>ste <strong>de</strong><br />

Mato Grosso do Sul<br />

Na discussão sobre o processo <strong>de</strong> colonização não se po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fora os aspectos extrativistas, agrícolas e agropecuários, como<br />

potencialida<strong>de</strong>s econômicas da região representando um dos fatores<br />

<strong>de</strong> atração para os colonos.<br />

Essas potencialida<strong>de</strong>s que servem <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> atração para os<br />

colonos são questões também a serem analisadas na direção <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r<br />

como as companhias exerciam essa forma <strong>de</strong> atração. De<br />

acordo com Souza (1980, p. 38) “No processo migratório, migram para<br />

as áreas on<strong>de</strong> atuam os fatores <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> todas as<br />

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