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Anais Semana de História 2005 - Campus de Três Lagoas

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Essas estratégias dirão respeito à a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> todos os<br />

operantes do discurso, dos fatores intra e extra discursivos que ressaltam<br />

na enunciação: o que é dito <strong>de</strong>ve ser dito <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada maneira,<br />

para <strong>de</strong>terminada pessoa (ou público), em <strong>de</strong>terminado momento (época,<br />

momento histórico), num <strong>de</strong>terminado contexto (condição social e<br />

cultural). O “aconselhamento” <strong>de</strong>sses atuantes ten<strong>de</strong> ao êxito, ao sucesso<br />

discursivo, que, em AD, chamamos enunciação feliz, ou seja,<br />

bem sucedida.<br />

O sujeito, enfim, não é simplesmente aquele que fala, mas um<br />

locutor subjetivo que enuncia posições e lugares; é aquele que realiza a<br />

língua. É o sujeito um ser marcado espacial e temporalmente; é, portanto,<br />

essencialmente histórico; é representação histórica <strong>de</strong> falas e<br />

ações, é acontecimento e registro social.<br />

3. QUANTO ÀS IMAGENS<br />

Partindo da premissa segundo a qual “os indivíduos são ‘interpelados’<br />

em sujeitos-falantes (em sujeitos <strong>de</strong> seu discurso) pelas formações<br />

discursivas que representam ‘na linguagem’ as formações i<strong>de</strong>ológicas<br />

que lhes são correspon<strong>de</strong>ntes” (PÊCHEUX, 1995, p. 161), tratamos<br />

aqui das representações que se estabelecem nas elaborações<br />

discursivas (e i<strong>de</strong>ológicas), junto às condições <strong>de</strong> produção dos discursos,<br />

que resultam na conceituação <strong>de</strong> imagem e significam (permitem<br />

significações) na constituição dos sujeitos. Dessa maneira, po<strong>de</strong>-se<br />

dizer que os discursos oferecem um campo no qual as “aparições”<br />

i<strong>de</strong>ológicas funcionam como representantes daquilo que faz que o sujeito<br />

se torne quem é (ou quem pensa ser) e elabore as mesmas (ou<br />

outras) impressões daqueles (meio e sujeitos) com os quais se relaciona<br />

(ou preten<strong>de</strong> relacionar-se).<br />

Parece claro dizer que nem sempre esses processos <strong>de</strong> elaborações<br />

“espontâneas” se fazem livres, ou seja, que muitas das vezes<br />

as representações referidas, silenciosamente, or<strong>de</strong>nam as formações<br />

que antece<strong>de</strong>m os acontecimentos discursivos, realizando a existência<br />

dos sujeitos-falantes, uma vez que esses sujeitos são interpelados<br />

como tais, em suas formações discursivas, por formações i<strong>de</strong>ológicas<br />

que lhes correspon<strong>de</strong>m (a sujeitos e discursos). Posto isso, faz-se<br />

importante pensar que as ocorrências <strong>de</strong> imagem nos discursos dizem<br />

respeito ao entendimento dos sujeitos a respeito <strong>de</strong> si, do outro, do<br />

meio, do mundo, da relação <strong>de</strong>stes e da sua relação com estes. As<br />

imagens, no discurso, implicam as significações do que as condições<br />

<strong>de</strong> produção (todas) e as formações i<strong>de</strong>ológicas permitem (ou or<strong>de</strong>-<br />

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