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Anais Semana de História 2005 - Campus de Três Lagoas

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gumas fortes limitações a exemplo da linguagem<br />

escolástica que lhes da forma, dos filtros antepostos<br />

pelos juizes inquisidores, e da própria situação constrangedora<br />

que envolvia os <strong>de</strong>poimentos, seja os dos<br />

que <strong>de</strong>latavam por exigência das autorida<strong>de</strong>s, seja<br />

dos que confessavam seus <strong>de</strong>svios por temerem castigos<br />

do seu e da terra. (VAINFAS, 1997, p.228)<br />

Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>sses documentos explorados e ainda por explorar<br />

encontra-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Lisboa. Segundo<br />

Laura <strong>de</strong> Mello e Souza (<strong>2005</strong>), o arquivo tem sido cada vez mais<br />

freqüentado por historiadores brasileiros que estudam o período Colonial.<br />

E ela nos fala que um dos conjuntos ou fundos mais consultados é<br />

o referente a inquisição, on<strong>de</strong> se encontram processos e <strong>de</strong>núncias<br />

feitos contra colonos brasileiros, ficando fascinada com as possibilida<strong>de</strong>s<br />

que apresentam para a historia social e cultural.<br />

O estudo sobre as moralida<strong>de</strong>s coloniais está cada vez mais<br />

recebendo atenção dos historiadores que procuram enten<strong>de</strong>r a socieda<strong>de</strong><br />

colonial em um todo. Mas esse novo objeto da historia que po<strong>de</strong><br />

ser compreendido tanto no campo da sexualida<strong>de</strong> como do imaginário,<br />

vem sendo abordado a pouco tempo, e requer ainda estudos que possibilitem<br />

o seu maior entendimento. Po<strong>de</strong>mos dizer que o pioneiro que<br />

iniciou esses estudos foi Gilberto Freyre que, em 1933, antecipou toda<br />

uma discussão que só recentemente na década <strong>de</strong> 70 veio a ser <strong>de</strong>batida,<br />

na figura <strong>de</strong> historiadores ligados a Nova História.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Propomos uma pequena abordagem sobre algumas das peculiarida<strong>de</strong>s<br />

e fatos inusitados que estiveram presentes <strong>de</strong>ntro da constituição<br />

da socieda<strong>de</strong> colonial, pois sem esses “fatores”, ficaria difícil um<br />

entendimento sobre a moral da socieda<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>ramos que a gênese<br />

<strong>de</strong> nossa moral está intimamente ligada a essas peculiarida<strong>de</strong>s discutidas<br />

ao longo <strong>de</strong>ste texto. Assim, po<strong>de</strong>mos pensar que a propagação<br />

<strong>de</strong> que o brasileiro é imoral vem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o período colonial.<br />

NOTAS<br />

1<br />

Graduando do 3 o . ano do curso <strong>de</strong> História da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do<br />

Mato Grosso do Sul, no <strong>Campus</strong> I <strong>de</strong> Três <strong>Lagoas</strong>.<br />

2<br />

Longe <strong>de</strong> ser um consenso, o termo concubinato também era chamado<br />

<strong>de</strong> amancebamento ou mancebia no período colonial.<br />

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