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14 - PPGMNE - Universidade Federal do Paraná

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102.2.2 Componente determinísticoSegun<strong>do</strong> Waller e Gotway (1965), <strong>do</strong>is conceitos devem ser estabeleci<strong>do</strong>s antes de semodelar um processo espacial: estacionariedade e isotropia. Matematicamente um processoserá estacionário quan<strong>do</strong> suas propriedades forem invariantes às translações em um espaçomultidimensional, ou seja, a relação entre <strong>do</strong>is eventos em um processo estacionário dependerásomente de suas posições relativas. Será isotrópico quan<strong>do</strong> for invariante às rotações emtorno da origem de um sistema de referência, ou seja, não deverá depender da orientação <strong>do</strong>eixo que liga suas posições no espaço.A ausência de estacionariedade na média ocorre quan<strong>do</strong> existe uma variação naturalprópria da área, que interfere no comportamento <strong>do</strong> processo, como por exemplo: a declividadesistemática de um solo que interfere nas características de fertilidade, umidade e compactação,importantes para se avaliar a variação da produtividade de uma área. Para estudar esse efeito,pesquisa<strong>do</strong>res costumam modelar a média µ como uma função das localizações x, destacan<strong>do</strong>os efeitos de tendência por modelos de regressão polinomial e utilizan<strong>do</strong> o resíduo, para entãoprosseguir com a análise. Modelos assim não são cientificamente explica<strong>do</strong>s pois as correlaçõescom direções definidas não dão informações sobre o processo causa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> efeito.Esse efeito que afeta a média de um processo geoestatístico pode ser modela<strong>do</strong> relativamenteàs suas covariáveis. É o equivalente aos fatores em uma análise estatística tradicional.Muitas pesquisas são feitas em áreas onde existem sub-áreas de características próprias que afetamo processo em estu<strong>do</strong>. Souza, Marques JR e Pereira (2004), por exemplo, desenvolveramum trabalho em Guariba-SP com o objetivo de avaliar a variabilidade espacial <strong>do</strong> pH, cálcio(Ca), magnésio (Mg) e saturação de bases (V%) em Latossolo Vermelho entroférrico sob cultivode cana-de-açúcar. Eles classificaram a curvatura e o perfil das formas <strong>do</strong> terreno no terçoinferior da encosta em <strong>do</strong>is compartimentos, um com menor variação das formas e curvaturas,pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> a forma linear e outro com maior variação, com a presença de formas linear,côncava e convexa. Concluíram que o tipo de relevo, dentre outros resulta<strong>do</strong>s, condiciona umavariabilidade espacial diferenciada para os atributos químicos. Outro trabalho com o uso decovariáveis é apresenta<strong>do</strong> por Carvalho e Queiroz (2002). Eles concluem que o uso da altitudecomo covariável para a precipitação de chuvas no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná define bolsões, além deevitar instabilidade numérica no sistema de equações <strong>do</strong> modelo causada pela redundância deobservações da variável auxiliar. O conceito é semelhante ao delineamento de experimentos emblocos, que retira <strong>do</strong> resíduo uma fonte de variação conhecida. As informações adicionais sãonormalmente tomadas nas mesmas coordenadas <strong>do</strong> processo principal e não são tratadas comoum segun<strong>do</strong> processo, manten<strong>do</strong> assim o aspecto univaria<strong>do</strong> da análise.

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