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MOSAICO URBANO DO RECIFE - Fundação Joaquim Nabuco

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BRAGA et al., p. 2003). A Prefeitura do Recife constrói o Atlas Municipal do Recife em 2005,a partir do Índice de Desenvolvimento Humano, ao usar indicadores locais de desenvolvimentodesagregados por Região Político-Administrativa (RPA), Microrregiões intra-urbanas e Unidadede Desenvolvimento Humano (UDH), com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre asquestões sociais da cidade do Recife e subsidiar, no plano local, a implementação e/ou oredirecionamento de políticas públicas e de programas sociais (PREFEITURA <strong>DO</strong> <strong>RECIFE</strong>,ATLAS <strong>DO</strong> DESENVOLVIMENTO HUMANO <strong>DO</strong> <strong>RECIFE</strong>, 2005).Esse índice, como foi enfatizado, tem sido usado para estudos comparativos dasdesigualdades territoriais em escalas internacional, nacional – entre as capitais metropolitanas – elocal – entre os municípios do núcleo central da aglomeração metropolitana e os demais, naperiferia. Em escala intramunicipal, com maior detalhamento, comparações entre as 62 Unidadesde Desenvolvimento Humano (UDHs) revelam as desigualdades vivenciadas pelos recifensesnos seus espaços de residência (BITOUN, 2005).Além desse avanço na utilização do IDH como medida de desigualdade intraurbana,registram-se outras contribuições que chamaram a atenção para a aferição dadesigualdade intra-urbana na busca de novos parâmetros para a avaliação da qualidade urbanade municípios.Menção deve ser feita ao mapa-síntese da geografia nacional da exclusão social(POCHMANN & AMORIM, 2003), o qual caminha por uma análise de padrão de medidasvalorativo. Sobressai nesse estudo a constatação, mais uma vez, de que a exclusão se encontradistribuída de forma aguda e desigual no espaço brasileiro. No trabalho, os autoresidentificam que a exclusão ocorre de forma mais acentuada nas regiões geográficas do Norte eNordeste do Brasil, as quais abrigam mais da metade do contingente dos excluídos brasileiros,que vivem em situação precária e de extrema pobreza, a despeito de suas populaçõescorresponderem apenas a cerca de 35% do total da população brasileira. Dentro dessa lógica,os dados do Censo de 2000 revelam que a proporção de pobres nessas duas regiões é de 45%,isto é, aproximadamente o dobro da média nacional, que está em torno de 22% (op. cit.,2003).No segundo volume do Atlas da Exclusão Social no Brasil (2003), esses autoresfazem uma reflexão importante sobre a “nova exclusão”, caracterizada por indivíduos commais renda e maior escolaridade e que enfrentam dificuldades para se colocar no mercado detrabalho. O desemprego é apontado como um elemento que ganha relevância em uma novadinâmica da exclusão social, a partir da década de 1990. À "velha exclusão social", que era25

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