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MOSAICO URBANO DO RECIFE - Fundação Joaquim Nabuco

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oferece condições de maior resolução, o que evidencia detalhes quantitativos inter e intracensitários.Neste estudo, foram adotadas as duas unidades territoriais, bairros e setorescensitários. A utilização dos bairros justifica-se pela facilidade e pela necessidade de orientaras ações político-administrativas da Prefeitura do Recife e a população interessada emcompreender a raiz dos números na realidade da vida coletiva; e os setores censitários, porpermitirem avançar mais detidamente na análise das desigualdades intra-urbanas e captar asensibilização dos indicadores. A pesquisa do Recife considerou os 94 bairros e sua malhacensitária de 1.212 setores. 2 Chama-se atenção que o tamanho dos setores censitários, emtermos de número de domicílios e população, não pode ser muito reduzido, sob pena de perdade precisão dos índices.Para a construção de cada um desses índices e da decisão sobre o padrão básico demedida de inclusão para a cidade do Recife, foi adotado um Padrão de Referência de Inclusão(PRI) retirado de discussões internas entre a equipe de pesquisadores da <strong>Fundação</strong> <strong>Joaquim</strong><strong>Nabuco</strong> e respectivos parceiros envolvidos na pesquisa, subsidiadas por estudos e pesquisasexistentes. Discutiu-se, por exemplo, qual seria a faixa de renda, ou o número de anos deestudo, ou o número de pessoas por domicílio que indicariam o ponto de inclusão a partir doqual se poderiam comparar situações para baixo e/ou para cima do padrão determinado, demodo a criar um diálogo com a realidade concreta de cada uma das unidades geográficas dacidade. A decisão da equipe buscou equilibrar dados dessa discussão com o referencialproveniente dos estudos e pesquisas sobre a cidade. A intenção foi estabelecer o que Kogaressalta: “(...) uma régua relacional referida a um ponto que é o padrão básico de inclusãoespacial, a partir do qual analisa-se a realidade pelo distanciamento positivo e negativo desseponto” (KOGA, 2003, p.148).Como medida intra-urbana auferida dos índices de exclusão/inclusão,representada pela distância detectada entre as piores e as melhores ocorrências, o estudopropõe construir o mapa da exclusão e inclusão socioambiental do Recife, sendo essa variávelsocioambiental refletida pelo viés da ocupação do espaço, na relação com a exclusão/inclusão,em cujas diferentes configurações de uso territorial é possível fazer uma leitura das condiçõesde vida da população e da sustentabilidade do espaço urbano. O território é um fator dinâmicono processo de exclusão/inclusão, na medida em que expressa a distribuição dos bens2 Dessa malha censitária, foram retirados nove setores censitários por neles não existirem domicílios, e um setorcom número insuficiente de domicílios, o que totaliza 1.202 setores para compor o modelo aplicado ao estudo.55

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