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MOSAICO URBANO DO RECIFE - Fundação Joaquim Nabuco

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A caracterização dos jovens de 15 a 29 anos será tratada por meio de indicadoresselecionados e definidos no Quadro 1 deste capítulo: distribuição da população entre 15 e 29anos, população jovem responsável por domicílio; arranjos familiares da população jovem;população jovem não-alfabetizada, em que a fonte de dados utilizada foi o CensoDemográfico de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os indicadores quenão tiveram como fonte os dados censitários do IBGE foram aqueles relacionados com aviolência, óbitos por homicídios e registros da gravidez precoce para a adolescente entre 10 e19 anos. As fontes consultadas para cobrir estes últimos indicadores foram extraídas daSecretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Recife, por meio da Diretoria deEpidemiologia e Vigilância Sanitária, os quais alimentam os Sistemas de Informações sobreos dados de Mortalidade e dos Nascidos Vivos do DATASUS, do Ministério da Saúde.Quadro 1Indicadores SelecionadosDiscriminação Indicador Representação das Condições de VidaIndicador populacionalPopulação de 15 a 29 anosde idadeIndicador de InstruçãoPopulação de 15 a 29 anosnão-alfabetizadaIndicador dosResponsáveis porDomicíliosResponsáveis por domicíliosparticulares permanentescom idade entre 15 e 29anosArranjos familiares dapopulação jovemIndicadores relacionadoscom a situação da mulherjovemNascidos vivos de mães de10 a 19 anosPercentual de adolescentes, jovens eadultos jovens, entre 15 a 29 anos no totalda população residente do Recife e nosbairros com características de exclusão einclusão.Percentagem de não-alfabetizados napopulação de 15 a 29 anos, em relação aototal da população residente no Recife enos bairros com características deexclusão e inclusão. É a taxa deanalfabetismo representada pelapopulação de 15 a 29 anos nãoalfabetizadasobre a população de 15 a 29anos, multiplicado por 100.Percentagem de responsáveis pordomicílios particulares permanentes comidade entre 15 e 29 anos, dividido pelototal dos responsáveis por domicíliosparticulares permanentes no Recife e nosbairros com características de exclusão einclusão.Percentagem de jovens de 15 a 29 anos,nos diversos status familiares (chefe dedomicílio, cônjuge, filho e outros)dividido pelo total da população dejovens nessa faixa etária.Percentagem dos nascidos vivos de mãesde 10 a 19 anos, dividido pelo total dosnascidos vivos no Recife e nos bairroscom características de exclusão einclusão.Nesta fase, espera-se que o jovem tenha concluído o ensinofundamental e, mais adiante, possuir mais de 11 anos de estudo.Porém, o jovem, nessa faixa etária, necessita não só do ensinoregular, mas também de cursos de capacitação profissional,sobretudo, visando ao primeiro emprego. É também para esseintervalo de faixa etária, que se concentram os programas deprevenção ao uso abusivo de drogas, às DST (doençassexualmente transmitidas). Há necessidade de equipamentos deesportes, lazer e atividades culturais para essa faixa etária,como meio de ocupação e de mediação da prevenção daviolência, nos grandes centros urbanos.Quando os jovens não conseguem se alfabetizar nessa faixaetária, suas dificuldades aumentam e os prejuízos vão seacentuando cada vez mais, ficando difíceis de ser superados. Ojovem sem estar alfabetizado, em geral, passa a apresentardificuldade na absorção de um conjunto de conhecimentos ehabilidades, que são requisitos importantes para seu ingresso nomercado de trabalho e na vida social. A ausência dessaferramenta poderá resultar em relações sociais precárias evulneráveis.As dificuldades aumentam ainda mais quando um jovem passaa assumir a responsabilidade por um domicílio ainda muitocedo. As suas chances de continuar a estudar e a idealização deobter um bom emprego são diminuídas. Tal situação é quasesempre agravada pela presença de filhos menores de cincoanos.É importante identificar o papel assumido pelos jovens nosdiversos arranjos familiares, especialmente nas famílias do finaldo século XX, mais expostas às mudanças sociais, tais como afragilidade das uniões, o individualismo, etc.Mães que tiveram filhos na adolescência tendem a ter uma piorqualidade de vida em relação àquelas que não engravidaramantes dos 20 anos. As oportunidades para obterem maisautonomia e completarem os estudos são de certo modosuprimidas. Na maioria das vezes, o quadro da estruturafamiliar e emocional, pela pobreza e exclusão, eleva avulnerabilidade e a precariedade da condição da jovem mãe.191

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