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MOSAICO URBANO DO RECIFE - Fundação Joaquim Nabuco

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-a abordagem econômica, que consiste em avaliações monetárias do capital natural edo uso de recursos naturais;-e a terceira abordagem procura construir indicadores de sustentabilidade e qualidadeambiental que combinem aspectos do sistema econômico e da qualidade de vida daspopulações consideradas, podendo incluir ainda aspectos relacionados com os sistemaspolítico, cultural e institucional.A opção por esse estudo foi poder relacionar os dados dos índices de exclusão/inclusão social com o índice de qualidade ambiental, levando em consideração ascaracterísticas ambientais e os processos urbanos da cidade do Recife.A sustentabilidade dos espaços intra-urbanos ganha força quando se observam osproblemas dos grandes aglomerados urbanos. Na I Conferência do Habitat I, ocorrida emVancouver, em 1976, as metrópoles e as megacidades eram vistas como sinônimo de caos ede crescimento desordenado, local da desordem, da desagregação física e ambiental, tendouma dimensão de “anticidade”. Essa concepção acompanhava o resultado dos esforçosdesenvolvimentistas do período dos anos 1970, quando o cenário mundial era marcado porum modelo de crescimento econômico que negligenciava as formas de “capital humano”(sobretudo nas suas dimensões éticas, jurídicas e culturais) e de “capital natural”, e opatrimônio herdado de uma localidade. Após um período de vinte anos e de retorno àdemocracia, junto com pressões populares cujo lema era o “direito à cidade”, a Conferênciado Habitat II (1996), ocorrida em Istambul, com respaldo na Conferência Rio 92, quesimbolizou o alcance de um consenso mundial em torno do conceito básico dedesenvolvimento sustentável, ocorre, então, uma mudança de concepção dessa abordagem dasmegacidades como “anticidade”, principalmente porque elas passaram a predominar nomundo atual.Os países que assinaram o documento da Agenda 21, resultado da ConferênciaRio 92, assumiram o compromisso de incorporar, em suas políticas, metas para atingir odesenvolvimento sustentável. Esse conceito – inacabado – consagrado pelo RelatórioBrundtland (CNUMAD,1991) e firmado na CNUMAD-92 por meio da Agenda 21, édefinido como “aquele que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer acapacidade das gerações futuras em satisfazerem suas próprias necessidades.”O documento “Cidades Sustentáveis” (MMA, 2000), elaborado pelo Ministério doMeio Ambiente com a colaboração de diversos atores do governo e da sociedade civilorganizada, apresenta duas noções-chave que ajudam a compreender a articulação do conceito29

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