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o-homem-e-os-seus-desejos-em-conflito-j-krishnamurti

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Ora, pode uma pessoa viver neste mundo, s<strong>em</strong> o sentimento de<br />

responsabilidade, isto é, s<strong>em</strong> o sentimento de que o que está fazendo<br />

constitui um encargo? Vede, senhor, eu vim aqui, esta manhã, para<br />

falar-v<strong>os</strong>. Não achei que isso era um encargo, uma responsabilidade.<br />

Não estive dizendo para mim mesmo que tinha a obrigação de fazer,<br />

porque tanta gente viera para escutar-me. Não tenho o dever de<br />

falar — eu não o faria nessa base, ser-me-ia sumamente entediante.<br />

Jamais uso a frase “ sou responsável” — é horrível. O que eu faço,<br />

faço-o porque g<strong>os</strong>to de fazer — o que não significa que daí extraio<br />

satisfação, ou que me preencho, falando. Tudo isso é completamente<br />

imaturo, infantil. Mas, quando a pessoa ama, então as palavras “responsabilidade”<br />

e “ dever” desaparec<strong>em</strong> de todo. Havendo amor, não<br />

há pátria, não há sacerdotes, não há soldad<strong>os</strong>, não há deuses, e não<br />

há guerras.<br />

25 de julho de 1962.<br />

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