Saberes da Extensão - ANAIS DO I SEMINÁRIO
EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019
EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019
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Mediando saberes na formação e gestão
de conselho municipal de patrimônio cultural
lação e os membros dos Conselhos de Patrimônio,
entidades máximas nos assuntos sobre preservação
patrimonial nas cidades e distritos.
Ao adotar a educação como política prioritária,
entendemos que a interação entre alunos/bolsistas
(vistos aqui como mediadores) e comunidade é
necessário para que a extensão comunicativa possa
gerar efeitos, uma vez que só por meio do diálogo o
conhecimento é construído.
Ademais, não podemos nos afastar das questões
que refletem sobre o papel do restaurador na sociedade,
que é sempre ativa. Considerando-se que a cidade
é um bem cultural e território vivo e fértil de ações
educativas, é possível trabalhar com a comunidade
novos conceitos, advindos de pesquisas acadêmicas,
relacionadas à apropriação, valorização e conservação
de nossos bens. Precisamos nos aproximar das realidades
que cercam esses bens e, sobretudo, das pessoas
que dão a esse bem um valor intrínseco. A produção
de conhecimento acadêmico só é benéfica, em si, se se
tornar um algo útil para a comunidade externa – verdade
especialmente cara nas ciências humanas.
A respeito da organização metodológica, há dentro
da carga semanal de 20 horas, reuniões de estudo e
reuniões administrativas, além de reuniões mensais
com as comunidades e Conselhos, preparação para
os encontros, material de apoio e divulgação das atividades
realizadas. A saber:
- Reuniões de estudo: realizadas no Instituto Federal
de Minas Gerais, Campus Ouro Preto, essas
reuniões discutem as principais bibliografias com
os bolsistas, que serão mediadores das atividades
em campo com os Conselhos e comunidades;
- Reuniões administrativas: realizadas no Instituto
Federal de Minas Gerais, Campus Ouro Preto,
servem para discutir o andamento do projeto,
marcar encontros, fazer logística e estabelecer prazos
e metas, bem como buscar materiais de apoio
aos encontros entre mediadores e comunidades;
- Capacitação de bolsistas: destinada ao aperfeiçoamento
dos bolsistas, essa atividade pretende analisar
as demandas mais necessárias para a produção
de ações nos conselhos e comunidades;
- Intervenções junto à comunidade: a cada mês serão
realizados encontros com as comunidades para
discutir-se tópicos e anseios locais (estes pontos serão
levados ao Conselho da respectiva cidade);
- Produção de material de divulgação: com cartazes
e flyers contendo informação à comunidade
sobre os encontros (descritos acima);
- Presença nos Conselhos atuantes: todos os meses
os mediadores comparecerão nas reuniões nos Conselhos
para acompanhar o andamento das discussões
(intercalando entre os municípios abrangidos).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
(considerações finais)
Em edições anteriores, o projeto procurou entender
a rede de diálogo que envolve o serviço do patrimônio
cultural e compreender as particularidades
dos Conselhos Municipais de Patrimônio (na tentativa
de aproximar esse diálogo com as comunidades,
fazendo delas a principal responsável pela salvaguarda
de seu acervo).
Com atuações em localidades como Ponte Nova e
Viçosa (1ª edição), no qual um dos bolsistas foi convidado
para ser membro do Conselho de Patrimônio
de Ponte Nova, o que foi de suma importância, em
vista do reconhecimento, por parte do Poder Público
Municipal, da seriedade desse projeto. Houve a
elaboração de um site e uma cartilha didática sobre
várias questões da preservação do patrimônio cultural,
além da criação de um núcleo de estudos, o qual
realiza visitas de aconselhamento nas comunidades.
Temos a atuação em Cachoeira do Campo e Glaura
(2ª edição), em que dentre as atividades foi realizado
um levantamento histórico e arquitetônico da Matriz
de Santo Antônio. Na terceira edição houve a
participação nos distritos de Cachoeira do Campo,
São Bartolomeu, Rodrigo Silva e Monsenhor Horta.
Dentre as atividades realizadas, temos a participação
na festa de São Bartolomeu, com a palestra que foi
realizada pela professora restauradora Beatriz Coelho
(UFMG) sobre os trabalhos de conservação realizados
na igreja matriz e o acompanhamento junto
ao Conselho de Patrimônio de Ouro Preto do pedido
de tombamento das estradas localizadas na Serra
de Ouro Preto, que vem sendo trabalhado no projeto
de extensão “As estradas de Vila Rica à Cacho-
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