Saberes da Extensão - ANAIS DO I SEMINÁRIO
EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019
EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019
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Estratégias de ensino envolvendo matemática e educação musical nas escolas
Por fim, foi feita, ao longo das oficinas,
uma breve abordagem qualitativa segundo
Chizzoti (2014). A produção dos dados foi realizada
por meio de diário de campo, pela observação
participante (ou observação direta), em que os licenciandos
envolvidos no projeto tiveram o contato
direto com o fenômeno em questão. Segundo
Chizzoti (2014), tais dados devem ser validados seguindo
alguns critérios:
Fiabilidade: independência das análises meramente
ideológicas dos integrantes do projeto;
Credibilidade: garantia de qualidade relacionada à
quantidade das observações realizadas pelos integrantes
do projeto;
Constância interna: independência dos dados em
relação às ocasionalidades;
Transferibilidade: Viabilidade em estender as conclusões
a outros contextos. Assim sendo, algumas
constatações foram:
- A abordagem lúdica das oficinas foi um diferencial
para atrair os estudantes para a matemática.
- Em todas as oficinas, a grande maioria dos alunos
estavam realmente envolvidos com o tema;
- Associar a matemática com a música trouxe surpresa
para muitos, pois esses consideravam a matemática
com algo abstrato.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto de extensão realizado proporcionou diferentes
experiências para que pudéssemos refletir
sobre o quê e como aplicar atividades envolvendo
música e matemática nas escolas. Consideramos relevante
o papel das oficinas aplicadas anteriormente,
que contribuíram, de certa forma, com o amadurecimento
das ideias do projeto e possibilitou a troca
de experiências com outros professores em formação
continuada e professores formadores.
No desenvolvimento do projeto nas escolas, pudemos
constatar situações que entendemos como relacionadas
à motivação para aprendizagem matemática
ou musical, bem como a curiosidade de alguns
estudantes em buscar conhecimentos sobre as relações
matemático-musicais.
Conforme observamos, a abordagem lúdica das
oficinas foi um diferencial para despertar o interesse
dos estudantes para a prática matemática que desenvolveriam
na construção dos instrumentos. Podemos
nos arriscar a dizer que tais atividades fornecem
uma possibilidade alternativa e lúdica de se trabalhar
conteúdos envolvendo operações com frações.
Foi observado que, em todas as oficinas realizadas,
a grande maioria dos alunos estavam realmente envolvidos
com o tema e, mesmo aqueles que apresentaram
dificuldades nos cálculos com frações, constantemente
solicitavam o auxílio dos integrantes do
grupo ou de sua professora para tentarem construir
o instrumento de acordo com as regras matemáticas
da atividade.
De fato, apesar do projeto trazer algumas boas
surpresas aos envolvidos, que não esperavam relações
entre dois campos de saberes aparentemente tão
diferentes, como a matemática e a música, o projeto
também nos mostrou algumas dificuldades encontradas
por um percentual de alunos no decorrer da
atividade, como por exemplo em cálculos que, em
tese, já deveriam ser dominados por tal faixa escolar.
No entanto, cabe agora refletirmos como projetos
como estes poderiam auxiliá-los no desenvolvimento
de tais competências para seguir em frente nos
seus estudos, o que desenrolaria em outros projetos,
com outras ações, porém pautadas em tais relações
interdisciplinares.
Consideramos que as experiências adquiridas no
desenvolvimento do projeto serão úteis aos futuros
professores (licenciandos em matemática) no desenvolvimento
de suas práticas docentes e no exercício
de sua profissão de professor. Entendemos que trabalhar
com uma arte conciliada à matemática pode
fornecer um ambiente diferente e lúdico nas salas
de aula, ou seja, diferentes possibilidades, diferentes
percepções e sensações que podem ser muito importantes
quando lidamos com crianças e jovens.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Pró-Reitoria de Extensão do IFMG
e à Secretaria de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação
do IFMG (Campus Formiga), pelo apoio financeiro
ao projeto desenvolvido.
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