Saberes da Extensão - ANAIS DO I SEMINÁRIO
EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019
EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019
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Práticas corporais/atividades físicas no Campus Betim
relações dialéticas com as necessidades, os deveres e
as obrigações, especialmente com o trabalho produtivo.
A autora destaca os elementos tempo, espaço,
manifestações culturais e ações (atitude) como constituintes
do lazer.
O lazer responde às necessidades do indivíduo
agregando-se as dimensões do descanso, divertimento
e desenvolvimento pessoal. As atividades de
lazer podem ser classificadas em interesses culturais;
físico-esportivos; artísticos e manuais; intelectuais;
turísticos, e virtuais. (SCHWARTZ, 2003)
Importante destacar que nos últimos anos houve
um crescimento do lazer doméstico, amparado nas
possibilidades individuais eletrônicas, as quais contribui
para que as pessoas busquem somente o lazer
entretenimento, deixando de lado o lazer convivência
social (RODRIGUES, 2002). Por isso, as atividades
oferecidas no projeto estão associadas principalmente
aos interesses físico-esportivos e sociais, com ênfase
nas práticas corporais, a fim de promover a convivência
social, a promoção da saúde, dentre outros.
Há carência de espaços públicos para o lazer, “A
grande maioria das nossas cidades não conta com um
número suficiente de equipamentos específicos de lazer
para o atendimento à população” (MARCELINO
et al, 2007 p. 23). As escolas podem ser classificadas
como equipamentos não específicos de lazer, pois
contam com grandes possibilidades, em termos de
espaço, nos vários campos de interesse: quadras, pátios,
auditórios, salas, etc. (MARCELINO et al, 2007).
A promoção de práticas corporais como possibilidades
de lazer pode diminuir a inatividade física e
proporcionar melhor saúde e qualidade de vida para
os adeptos dessas práticas, portanto, um dos propósitos
de nossas ações no PIEL, visa a busca por melhor
qualidade de vida no campus. Ainda na perspectiva
do viés da saúde é importante destacar a respeito
das relações contemporâneas construídas entre as
práticas corporais/atividade física e a promoção da
saúde. A partir do ano de 2006 entrou em vigor em
nosso país a Política Nacional de Promoção da Saúde
- PNPS (BRASIL, 2006), a qual apresenta como uma
de suas prioridades o fomento e o incentivo a programas
voltados a práticas corporais/atividades físicas,
bem como reforça a importância da valorização
dos espaços púbicos de convivência como espaços de
promoção da saúde, inclusão social, fortalecimento
da autonomia do sujeito e do direito ao lazer. Importante
destacar que a atual versão da PNPS (BRASIL,
2014), enfatiza que tanto a prevenção de doenças
quanto a promoção da saúde devem extrapolar ou
seja, ir além do setor saúde no âmbito das políticas
públicas; nesse sentido reitera o seguinte tema norteador:
“Saúde em todas as políticas” (BRASIL, 2014).
Em termos metodológicos as práticas corporais/
atividades físicas têm se desenvolvido com foco na
participação coletiva e no protagonismo dos sujeitos
envolvidos. Por isso a metodologia que temos
adotado é a do trabalho colaborativo (DAMIANI,
2008), que visa criar um ambiente significativo em
aprendizagens acadêmicas e sociais tanto para estudantes
como para professores(as) e demais sujeitos
envolvidos. Segundo Damiani, [...] ao trabalharem
juntos, os membros de um grupo se apoiam, visando
atingir objetivos comuns negociados pelo coletivo,
estabelecendo relações que tendem à não-hierarquização,
liderança compartilhada, confiança mútua e
corresponsabilidade [sic] pela condução das ações.
(DAMIANI, 2008 p. 215)
Os grupos têm sido organizados, orientados e supervisionados
pelo orientador, Mauro Fernandes e
co-orientadora do projeto, professora Kátia Regina.
Os integrantes dos grupos são oriundos de diferentes
segmentos da comunidade interna, com expectativa
de predominância do corpo discente, além dos demais
sujeitos da comunidade (estudantes do Ensino
Fundamental, adultos e idosos). Os integrantes participam
das tomadas de decisão e dos planejamentos
dos grupos, assumindo corresponsabilidade pelo desenvolvimento
do projeto.
O estagiário de Educação Física do campus, acompanha
as atividades desenvolvidas nos grupos, auxiliando
o trabalho dos orientadores.
Os bolsistas e voluntários do projeto atuam como
monitores dos grupos, realizando atividades de comunicação
e liderança. Eles efetuam o controle de
frequência dos participantes, organizam dos espaços
e materiais para as práticas e reportam aos orientadores
os problemas, dificuldades e avanços observados
nos grupos. No ano de 2019 temos a participação
de quatro bolsistas PIBEX Jr. e quatro voluntários,
os quais mesclam suas ações nos grupos de esportes,
dança, práticas de aventura, xadrez, jogos e brincadeiras,
além do Karatê que tem sido ministrado por
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