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Saberes da Extensão - ANAIS DO I SEMINÁRIO

EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019

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Estratégias de ensino envolvendo matemática e educação musical nas escolas

2º) Fazendo testes sonoros, nossa sugestão é: cada

participante do grupo utilizará duas ou três garrafas,

permitindo que todos do grupo toquem e façam um

instrumento coletivo.

Observação: Utilizando sua percepção auditiva, você

pode mudar a quantidade de água como preferir e

assim poderá ter uma escala diferente do modelo

descrito acima.

Após a contextualização da atividade e a explicação

de como construir os instrumentos, os estudantes

construíram flautas com canudinhos e palitos de

churrasco e outras flautas utilizando garrafas de vidro.

Vale ressaltar que nesta escola os alunos tinham

aula de música, o que colaborou com o processo.

Esperávamos que com a aplicação os alunos percebessem

a relação entre matemática e música de

forma mais compreensível, que houvesse ludicidade

no processo de ensino-aprendizagem e que seus resultados

fossem um norteador para futuras oficinas

e minicursos. Todos esses objetivos foram atendidos

e, desta forma, foram feitas mais três oficinas, totalizando

quatro durante do projeto.

A segunda oficina foi direcionada a professores

formadores e pedagogos. Ela foi realizada no V Encontro

de Educação Matemática para os Anos Iniciais

(V EEMAI) que aconteceu na UFSCAR (Campus

São Carlos / SP), onde foram aplicadas atividades

semelhantes às do projeto-piloto. Nesse encontro foram

testadas atividades da Pedagogia Waldorf 2 , que

envolviam oficinas rítmicas com exercícios de coordenação

motora e percepção rítmica, envolvendo,

assim, as ideias de notas e compassos.

Foi uma experiência relevante, que permitiu a análise

e o estabelecimento das atividades que seriam implementadas

em escolas públicas, devido à troca de

experiências e às discussões que emergiram, no decorrer

das atividades, entre professores em formação

inicial (estudantes de Licenciatura em Matemática

integrantes do grupo), professores em formação continuada

e formadores de professores (participantes).

Após a realização das oficinas descritas, foram discutidas

e selecionadas as atividades que seriam utilizadas

nas escolas públicas: “Atividades Rítmicas”,

“Atividade Flauta de Pãnudinho” e “Atividade Flauta

de Garrafas”.

Nos meses de outubro e novembro de 2018, foram

realizadas outras oficinas em escolas da rede estadual

do município de Formiga/MG. Em uma escola

foi realizada para alunos do 9º ano e em outra para

alunos do 6º.

Ambas tiveram resultados satisfatórios e aplicações

parecidas com as duas anteriores, porém para

essas foram elaborados questionários com o intuito

de colher informações sobre a prática e para termos

um feedback dos resultados. Foram feitas análises

qualitativas e quantitativas em cada caso, como pode

ser visto a seguir.

14 alunos do 9º ano participaram da terceira oficina,

mas apenas 12 questionários foram respondidos.

Buscou-se distinguir os alunos que tiveram dificuldades

musicais, matemáticas ou ambas.

• Pergunta 1: 9 alunos responderam.

• Pergunta 2: 12 alunos responderam.

• Pergunta 3: 7 alunos responderam.

• Pergunta 4: 2 alunos responderam.

Ressalta-se que, para a oficina era necessário que

os alunos tivessem conhecimento sobre multiplicação

e divisão de frações. Dos 12 alunos que responderam

ao questionário, nenhum obteve problema em

relação à parte musical, porém 4 relataram dificuldades

matemáticas, o que é preocupante, pois 1/3 dos

alunos do 9º ano, não sabiam o conteúdo que é ensinado

em séries anteriores. Percebemos também que

apenas 5 alunos tiveram uma compreensão da parte

matemática das atividades conforme o esperado, ou

seja, menos da metade dos envolvidos.

Em relação à oficina 4, que foi com os alunos do

6º ano, não tivemos acesso ao quantitativo de alunos

que participaram, mas 25 questionários foram respondidos.

As perguntas foram iguais e os objetivos

são equivalentes ao anterior. Assim, tivemos:

2

As oficinas rítmicas utilizadas, baseadas na Pedagogia Waldorf, foram desenvolvidas a partir das propostas do músico e pedagogo Pär Ahlbom. Essas

oficinas apresentam atividades que envolvem relações entre tempos, figuras e compassos com a movimentação corporal, por exemplo, palmas ou batidas

dos pés no chão de acordo com a organização do tempo e do espaço sugerida pelo professor ou monitor (JORDÃO, G. et al, 2012).

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