Saberes da Extensão - ANAIS DO I SEMINÁRIO
EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019
EDIÇÃO I . NOVEMBRO 2019
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Práticas corporais/atividades físicas no Campus Betim
INTRODUÇÃO
No decorrer do ano de 2018 no processo de implementação
e desenvolvimento dos projetos de extensão,
Saúde e Qualidade de Vida no campus Betim e
PIEL do IFMG, foi possível perceber através dos relatos
de estudantes, servidores e, posteriormente, sujeitos
da comunidade, significativo interesse às práticas
corporais/atividades físicas (esportes, danças,
lutas, jogos e brincadeiras, dentre outras) oferecidas,
tanto na perspectiva do lazer e da promoção da saúde,
quanto no âmbito das equipes esportivas.
Além das atividades esportivas na perspectiva das
equipes, as quais têm participado de eventos como
o JIF – Jogos das Instituições Federais de Ensino e
Encontro Esportivo do IFMG, constatou-se outros
interesses em relação aos sujeitos partícipes do projeto:
busca de práticas corporais para ocupação do
tempo livre no campus; melhoria das condições de
saúde; ampliação do convívio social via espaço/tempo
no campus; aprendizagem de práticas corporais
diferenciadas (slackline, parkour, lutas, karatê, ginásticas,
etc...).Importante destacar o conjunto das
práticas disponibilizadas: esportes (futsal, handebol,
voleibol, basquetebol); danças (urbanas, pop, forró);
jogos e brincadeiras (queimada, rouba bandeira, pega-pega);
ginásticas (condicionamento físico, artística);
Karatê; dentre outras.
O interesse pela oferta dessas ações esteve presente
nas narrativas de parte significativa de nosso corpo
discente, professores(as) e demais servidores(as), os
quais, com frequência, solicitavam aos professores
de Educação Física a organização de tais atividades
no campus.
No intuito de ampliarmos o escopo de participação
nas ações do projeto, a partir de abril de 2018,
realizaram-se diálogos com escolas municipais localizadas
no entorno do campus, bem como a Unidade
Básica de Saúde – UBS vizinha, de forma a convidá-
-los a participarem do respectivo projeto.
A partir de maio de 2018, 35 crianças/adolescentes
estudantes do Ensino Fundamental da Escola Maria
Da Conceição Brito, bem como 15 adultos/idosos
vinculados à Unidade Básica de Saúde próxima ao
campus, iniciaram suas participações nas ações desenvolvidas
no projeto, o qual tem sido desenvolvido
nas dependências do campus Betim: ginásio poliesportivo
e espaços externos. O campus Betim tem
uma área aproximada de cinco mil metros quadrados,
que pode abrigar diferentes práticas corporais/
atividades físicas.
Apesar de não disponibilizarmos de dados sociodemográficos
sobre a microrregião do entorno do
campus, constata-se a presença de grande número
de residências com construções precárias, as quais
se apresentam com tijolos à vista, sem pintura, com
aparência de ainda inacabadas. Em parte, significativa
do espaço urbano em questão percebe-se a presença
de becos e ruelas, além de ruas com pavimentações
precárias. Tal perspectiva indica a necessidade
de estudos para conhecer melhor a realidade social
da comunidade externa, contudo é possível afirmar
que a região apresenta limitações em relação aos espaços
públicos de lazer e cultura, tais como praças,
parques, museus e instalações esportivas.
O censo demográfico realizado em 2010 indicou
que Betim é um município com 378.089 habitantes,
sendo a quinta maior cidade do estado e uma das
50 maiores cidades do Brasil. Localizada na mesorregião
metropolitana de Belo Horizonte, Betim faz
divisa com os municípios de Esmeraldas, Contagem,
Juatuba, Igarapé, Ibirité, São Joaquim de Bicas, Mário
Campos e Sarzedo. O índice de desenvolvimento
humano municipal 1 (IDHM) de Betim é 0,749, valor
próximo da média nacional. Betim ocupa a 562ª
posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo
o IDHM (IBGE, 2010). O produto interno bruto
(PIB) de Betim em 2011 era o segundo maior do estado
de Minas Gerais, contudo, em 2013 com um PIB
de R$22.493.661,00, Betim caiu para a 4ª posição no
estado e 29º posição em termos nacionais (FUNDA-
ÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2013).
DESENVOLVIMENTO
(FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
E METODOLOGIA)
A partir da Constituição de 1988, o lazer passou
a ser direito social de todos os cidadãos brasileiros.
Embora seja possível apresentar diferentes definições
para lazer, optou-se pela perspectiva de Christianne
L. Gomes (2003), na qual o lazer é uma dimensão da
cultura constituída por meio da vivência lúdica de
manifestações culturais em um tempo/espaço conquistado
pelo sujeito ou grupo social, estabelecendo
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