ANUÁRIO RALIS ONLINE 2021

Camacho ganhou uma importante vantagem na discussão do título.
Na prova seguinte, o Rali Município de Câmara de Lobos e
Funchal, o domínio de Alexandre Camacho foi total, com
o piloto apoiado pelas Vespas a levar o Skoda a uma vitória
exemplar em que comandou sempre do primeiro ao derradeiro
troço, enquanto Miguel Nunes teve dificuldades para se entender
com as afinações do carro, nunca estando em condições de
vencer caso o seu adversário não cometesse um erro.
Com condições para chegar ao título, Alexandre Camacho
acabou por ter muitas dificuldades com o acerto do seu Skoda
no Rali do Faial – Santana e, nesta prova acabou mesmo por
ser batido por Pedro Paixão / Jorge Henriques, também eles em
Skoda, que ficaram no segundo lugar, depois de uma boa exibição.
Quanto a Miguel Nunes esteve verdadeiramente imparável
vencendo os sete troços à geral neste Rali de Santana, pois sabia
que essa seria a única forma de manter aberta a chama do título
de 2021, alcançado um vitória “sem espinhas”.
Tudo ficou em aberto para a derradeira prova do Campeonato de
Ralis Coral da Madeira,
o tradicional Rali da “Não realidade é muito difícil
Calheta, com Alexandre encontrar as palavras certas
Camacho a nem sequer neste momento (em que se
precisar de vencer para sagrou campeão, ndr). Foi um
alcançar o título. A prova
começou novamente demos o título por perdido,
campeonato... surreal. Nunca
com o domínio intenso pois tínhamos hipóteses
de Miguel Nunes, matemáticas de o alcançar, mas
vencendo os primeiros parecia tudo perdido no Rali
troços, mas Alexandre Vinho Madeira. Mesmo assim,
Camacho reage e passa conseguimos acreditar sempre
a comandar, mas na e o resultado está aí. Foi um
sexta especial, das nove campeonato que considero
que compunham o memorável. Entre todos aqueles
rali, acaba por ter uma que conquistei, considero que
saída de estrada, tocar este, o quinto, tem o sabor mais
com a roda num muro especial.
de cimento e partir a Logicamente que neste momento
suspensão, ficando fora quero agradecer a todos os
de prova. A partir desse que estiveram comigo, ao João
momento, Miguel Paulo, à equipa The Racing
Nunes, debaixo de Factory, à minha família e
alguma tensão, geriu aos meus patrocinadores que
bem o momento e não permitem que prossiga este
baixou o ritmo, alcançando
dessa forma a MIGUEL NUNES
sonho. Obrigado a todos”.
vitória na prova e o tal
almejado título de campeão.
Sem qualquer vitória, um dos pilotos do ano foi também Pedro
Paixão, sobretudo devido à sua rapidez inata e fogosidade, tendo
alcançado três segundos lugares e dois terceiros em seis provas, mas
alguns azares acabaram por condicionar o piloto que esteve quase
até à derradeira prova ainda dentro das contas do título. Porém, demonstrou
que está pronto para lutar pelas vitórias.
Nas duas rodas motrizes, Rui Jorge Fernandes / João Freitas não tiveram
adversários à altura em nenhuma das seis provas, o que levou
mesmo o piloto do Renault Clio R3T a comentar por diversas vezes
que não estava a lutar com ninguém.
Num ano em que ficaram classificados apenas 22 pilotos (em 2020
foram 31), as listas de inscritos foram sendo razoáveis de prova para
prova, num campeonato com seis provas, muito equilibrado e de
baixos custos, em que a promoção e divulgação pelos meios de comunicação
local esteve novamente em alta.
Uma das novidades do ano na Madeira foi a presença de
um Subaru Impreza S14 WRC, que foi conduzido por Gil
Freitas, que animou algumas provas do Regional mas
que também teve algumas problemas. Esta viatura é, que
oficial da marca no mundial de ralis, tem o chassis nº1 e
foi construído pela Prodrive em 2008, das quais só há 6
unidades no mundo inteiro.
1.
2.
Todo os anos se fala do mesmo e com razão. Os ralis têm
na Madeira uma promoção e divulgação que não existe em
mais parte nenhum de Portugal. A divulgação das provas
antes, durante e depois é enorme, seja pela televisão ou
jornais regionais, seja online através de sites e redes
sociais com muitas imagens e vídeos. Quem investe nos
ralis na Madeira tem sempre retorno garantido e basta
andar de Toyota Starlet!!!
O Rali Vinho Madeira foi uma prova de cortar a respiração.
As condições climatéricas muito instáveis, com o
aparecimento da chuva, ditaram muitos atrasos e algumas
desistências, mas também permitiram a assistir a uma
prova com desfecho invulgar. Miguel Nunes comandou
durante todo o rali, mas bateu no último troço, o que ditou
o seu abandono, depois de Alexandre Camacho ter feito
um grande segundo dia, entrando na última especial
com aspirações a vencer, só não esperava que fosse com
a desistência de Miguel Nunes. Este piloto veio depois
reconhecer que mesmo que não tivesse saído de estrada,
dificilmente teria ganho este rali!!!
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