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Informativo de Jurisprudência sobre Licitações e Contratos nº 01

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO<br />

<strong>Informativo</strong> <strong>de</strong> <strong>Jurisprudência</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Licitações</strong> e <strong>Contratos</strong> 2<strong>01</strong>0.<br />

serviços técnicos estão previstos no art. 13 da Lei <strong>de</strong> <strong>Licitações</strong>, e a notorieda<strong>de</strong> do profissional<br />

especializado po<strong>de</strong> ser comprovada por meio <strong>de</strong> documentos hábeis para tanto, como: diplomas,<br />

participações em eventos, cursos ministrados etc”. Ao final, o relator propôs e o Plenário <strong>de</strong>cidiu expedir<br />

<strong>de</strong>terminação corretiva ao Confea. Prece<strong>de</strong>nte citado: Acórdão n.º 852/2008-Plenário. Acórdão n.º 658/2<strong>01</strong>0-<br />

Plenário, TC-021.717/2007-5, rel. Min-Subst. André Luís <strong>de</strong> Carvalho, 31.03.2<strong>01</strong>0.<br />

PRIMEIRA CÂMARA<br />

Fracionamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas com fuga à modalida<strong>de</strong> licitatória a<strong>de</strong>quada<br />

No âmbito da tomada <strong>de</strong> contas especial instaurada para apurar irregularida<strong>de</strong>s na aplicação <strong>de</strong> recursos do<br />

Fundo Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento da Educação (FNDE) transferidos ao Município <strong>de</strong> Teixeira/PB, com<br />

vistas à ampliação e à reforma <strong>de</strong> escolas municipais, foi o ex-prefeito citado para apresentar alegações <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa quanto ao “fracionamento das <strong>de</strong>spesas com a utilização <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong> convite, enquanto o<br />

somatório dos contratos exigia a modalida<strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> preços, haja vista que as obras e serviços na Escola<br />

Municipal Silveira Dantas po<strong>de</strong>riam ser realizados conjunta e concomitantemente, conforme preceitua o art.<br />

23, § 5º, da Lei <strong>nº</strong> 8.666/1993, e alterações posteriores”. O relator enten<strong>de</strong>u que os argumentos oferecidos<br />

pelo responsável não foram capazes <strong>de</strong> elidir a irregularida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificada, uma vez que o próprio ex-prefeito<br />

“assume que era adotado o procedimento licitatório à medida que os projetos específicos eram aprovados<br />

pelo órgão estadual responsável”, <strong>de</strong>ixando claro, portanto, que “havia a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se planejar a<br />

licitação em um único processo com base no plano <strong>de</strong> trabalho do convênio celebrado”. Ressaltou também<br />

em seu voto a agravante <strong>de</strong> os serviços e as obras <strong>de</strong> engenharia, licitados em processos distintos, serem “da<br />

mesma natureza e previstos para o mesmo local, ou seja, a Escola Municipal Silveira Dantas”, além do que,<br />

conforme <strong>de</strong>stacou a unida<strong>de</strong> técnica, “a empresa vencedora das licitações foi a mesma”. A Primeira<br />

Câmara anuiu à conclusão do relator, no sentido do não acolhimento das alegações <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa apresentadas.<br />

Acórdão n.º 1597/2<strong>01</strong>0-1ª Câmara, TC-007.824/2008-3, rel. Min. Augusto Nar<strong>de</strong>s, 30.03.2<strong>01</strong>0.<br />

SEGUNDA CÂMARA<br />

Dispensa <strong>de</strong> licitação nos contratos firmados entre universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais e suas fundações <strong>de</strong> apoio<br />

Na prestação <strong>de</strong> contas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC), relativa ao exercício <strong>de</strong> 2005, foi<br />

i<strong>de</strong>ntificada como possível irregularida<strong>de</strong> a celebração <strong>de</strong> contratos entre a UFC e sua fundação <strong>de</strong> apoio –<br />

Fundação Cearense <strong>de</strong> Pesquisa e Cultura (FCPC) –, com dispensa <strong>de</strong> licitação, para realização <strong>de</strong><br />

“ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sconexas à pesquisa, ensino, extensão ou <strong>de</strong>senvolvimento institucional”, em inobservância a<br />

dispositivos contidos nas Leis n. os 8.666/93 e 8.958/94. As contratações inquinadas tinham por objeto a<br />

prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> assistência técnica para a implantação do Campus do Cariri, a recuperação das<br />

<strong>de</strong>pendências da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito, assim como a aquisição <strong>de</strong> material permanente, automóveis,<br />

equipamentos <strong>de</strong> informática, multimídia e climatização. Em seu voto, <strong>de</strong>stacou o relator que as razões <strong>de</strong><br />

justificativas apresentadas pelos responsáveis não diferiam muito das “apresentadas por outras IFES”,<br />

dando conta, “em essência, que os recursos liberados corriam o risco <strong>de</strong> não serem utilizados, haja vista a<br />

sua liberação já no final do exercício, inviabilizando a adoção dos procedimentos licitatórios <strong>de</strong>vido ao<br />

exíguo tempo disponível para a sua realização”. Frisou o relator que o Tribunal, por mais <strong>de</strong> uma ocasião, já<br />

se pronunciou <strong>sobre</strong> a ilegalida<strong>de</strong> da dispensa <strong>de</strong> licitação para a contratação <strong>de</strong> fundações <strong>de</strong> apoio com<br />

vistas à execução “das ativida<strong>de</strong>s aqui listadas”. Acolhendo o voto do relator, <strong>de</strong>liberou a Segunda Câmara<br />

no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar à UFC que “abstenha-se <strong>de</strong> contratar fundação <strong>de</strong> apoio, com fundamento no<br />

inciso XIII do art. 24 da Lei n.º 8.666/93, quando o objeto do contrato não estiver diretamente relacionado à<br />

pesquisa, ensino, extensão ou <strong>de</strong>senvolvimento institucional, conforme a predominante jurisprudência <strong>de</strong>ste<br />

Tribunal”, bem como, “nos casos <strong>de</strong> contratação com dispensa <strong>de</strong> licitação, observe a formalização do<br />

processo em conformida<strong>de</strong> com o previsto no art. 26 da Lei n.º 8.666/93, sem prejuízo da opinião expressa<br />

do órgão jurídico, segundo preceitua o inciso VI do art. 38 da Lei n.º 8.666/93”. Acórdão n.º 1365/2<strong>01</strong>0-2ª<br />

Câmara, TC-<strong>01</strong>7.050/2006-7, rel. Min. José Jorge, 30.03.2<strong>01</strong>0.<br />

Contratação direta, por inexigibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> licitação, <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> natureza continuada<br />

Na prestação <strong>de</strong> contas do Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem do Transporte (Senat/MTE), referente ao<br />

exercício <strong>de</strong> 2006, foram apontadas algumas possíveis irregularida<strong>de</strong>s, entre elas a contratação <strong>de</strong> empresa,<br />

por inexigibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> licitação, para “execução <strong>de</strong> serviços não singulares e <strong>de</strong> natureza continuada”,<br />

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