Arátor. História Apostólica - Universidade de Coimbra
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15<br />
In t r o d u ç ã o<br />
(col. 45-57) são dados preciosos acerca da vida e obra<br />
<strong>de</strong> <strong>Arátor</strong> e ainda hoje constituem ponto <strong>de</strong> partida<br />
incontornável no conhecimento do nosso vate 15 . Por<br />
outro lado, trata-se <strong>de</strong> uma edição abundantemente<br />
anotada com variantes do texto, comentários <strong>de</strong> diversa<br />
or<strong>de</strong>m, remissões para as fontes, entre outros 16 .<br />
Foi, no entanto, a edição <strong>de</strong> McKinlay que abriu<br />
novos caminhos para um estudo mais aprofundado da<br />
obra e que <strong>de</strong>spertou o interesse por um autor que, como<br />
ficou provado, foi apreciado e imitado durante toda<br />
a Ida<strong>de</strong> Média. Dois trabalhos nos merecem especial<br />
referência neste contexto: o primeiro, da autoria <strong>de</strong> Paul-<br />
Augustin Deproost, reflecte sobre o tratamento da figura<br />
<strong>de</strong> S. Pedro no primeiro livro, e tem por título L’apôtre<br />
Pierre dans une épopée du VI e siècle. L’“Historia apostolica”<br />
d’Arator; o segundo, intitulado Arator On the Acts of the<br />
apostles: a baptismal commentary, da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Richard Hillier, analisa a projecção do sacramento do<br />
baptismo no texto aratoriano, consi<strong>de</strong>rando ser essa a<br />
trave-mestra da construção do poema. E a tendência é,<br />
efectivamente, a <strong>de</strong> justiçar <strong>Arátor</strong>, colocando-o entre<br />
os gran<strong>de</strong>s poetas épicos cristãos, como sugere a obra<br />
<strong>de</strong> Roger P. H. Green, Latin Epics of the New Testament:<br />
Juvencus, Sedulius, Arator, saída em 2006. Finalmente,<br />
impõe-se sublinhar a recente edição da epopeia <strong>de</strong> <strong>Arátor</strong><br />
15 A este propósito <strong>de</strong>vemos referir que quase todos os estudos<br />
mo<strong>de</strong>rnos acerca <strong>de</strong> <strong>Arátor</strong> fazem extensas referências e citações do<br />
Prefácio <strong>de</strong> Arntzen.<br />
16 Embora posterior, em nada se assemelha à <strong>de</strong> Arntzen a<br />
edição do italiano Giuseppe Ludovico Perugi, vinda a lume em<br />
1908, que se limita a transcrever o poema aratoriano e a anotar<br />
algumas variantes dos manuscritos.