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Arátor. História Apostólica - Universidade de Coimbra

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33<br />

In t r o d u ç ã o<br />

três pães, que Cristo aconselhava aos seus seguidores.<br />

Insurge-se, finalmente, contra a “estéril Ju<strong>de</strong>ia” que não<br />

soube reconhecer aqueles sinais e, consequentemente,<br />

não aceitou a fé na Trinda<strong>de</strong>, ao negar o Filho.<br />

Na secção 15 (vv. 913-991; Act. 21.27-40; e<br />

22.1-24), Paulo é surpreendido e maltratado por um<br />

grupo <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us, quando se aproximava do templo. É<br />

salvo pela chegada do tribuno, que or<strong>de</strong>na aos soldados<br />

que o acorrentem. Paulo, nos <strong>de</strong>graus do templo, faz<br />

um discurso em hebraico, on<strong>de</strong> recorda que ele próprio<br />

já foi perseguidor dos Cristãos, mas um prodígio o fez<br />

converter-se e ser agora mensageiro <strong>de</strong> Deus. Pergunta aos<br />

ju<strong>de</strong>us por que razão persistem ainda na culpa, embora<br />

saiba que é inútil lançar sementes à terra estéril e, por<br />

essa razão, o próprio Cristo lhe or<strong>de</strong>nou que pregasse<br />

o Evangelho aos gentios. Face a esta última alusão, a<br />

multidão indigna-se ainda mais, arrancando as vestes e<br />

sacudindo o pó. <strong>Arátor</strong> faz dois comentários distintos<br />

a este passo bíblico. Primeiramente, acusa os Ju<strong>de</strong>us <strong>de</strong><br />

insensatez, recordando que o arrancar das vestes mais<br />

não é do que o reconhecimento da culpa, pois também<br />

Adão, ao pecar, reconheceu a sua nu<strong>de</strong>z; e lembra dois<br />

crimes hediondos da autoria do povo judaico: preferiu<br />

um ladrão, Barrabás, a Jesus Cristo, e apedrejou até à<br />

morte Estêvão, o primeiro mártir. Depois, <strong>de</strong>bruçase<br />

sobre dois passos dos Actos relativos à conversão <strong>de</strong><br />

S. Paulo, que aparentemente são contraditórios: no<br />

primeiro (Act. 9.7), diz-se que os companheiros <strong>de</strong> Paulo<br />

ouviram a voz <strong>de</strong> Deus; no segundo (Act. 22.9), que<br />

não a ouviram. O poeta resolve a questão, dizendo que,

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