Arátor. História Apostólica - Universidade de Coimbra
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In t r o d u ç ã o<br />
um anjo <strong>de</strong> Deus lhe <strong>de</strong>u tal garantia. A tempesta<strong>de</strong><br />
acalma-se imediatamente, os marinheiros avistam Malta<br />
e, antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarcarem, Paulo exorta-os a partilharem<br />
consigo o pão. <strong>Arátor</strong> reflecte sobre a simbologia <strong>de</strong>sta<br />
partilha do pão, figurado na velha Lei pelo cor<strong>de</strong>iro<br />
pascal, que permitiu aos Israelitas escapar incólumes aos<br />
perigos egípcios. Ora, Cristo, que é simultaneamente o<br />
cor<strong>de</strong>iro e o pão, foi a fonte <strong>de</strong> salvação em ambos os<br />
casos. Finalmente, o poeta afirma que também a Igreja<br />
está simbolizada no episódio bíblico pela imagem da<br />
lua.<br />
Na secção 18 (vv. 1156-1205; Act. 28.1-6), em<br />
Malta, uma víbora salta <strong>de</strong> junto da fogueira on<strong>de</strong><br />
Paulo se aquecia e mor<strong>de</strong>-o, agarrando-se-lhe ao braço.<br />
Os malteses interpretam <strong>de</strong> imediato o sucedido como<br />
um sinal <strong>de</strong> que Paulo era culpado <strong>de</strong> um crime <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> sangue. Entretanto, o Apóstolo<br />
arremessa a serpente para o fogo sem que o veneno lhe<br />
tenha provocado qualquer dano. Face a tal prodígio,<br />
invertem-se as opiniões acerca <strong>de</strong> Paulo, e os habitantes<br />
da ilha começam a dizer que ele é um <strong>de</strong>us. <strong>Arátor</strong>,<br />
à medida que narra os acontecimentos, vai tecendo<br />
comentários a propósito do reaparecimento da Diabo na<br />
figura da serpente e da insensatez dos que presenciaram<br />
o evento, quer quando acusaram o Apóstolo, quer<br />
quando o glorificaram.<br />
Na secção 19 (vv. 1206-1250; Act. 28.7-16),<br />
Paulo <strong>de</strong>mora-se três meses em Malta, curando o<br />
pai <strong>de</strong> Públio e muitos outros. Entretanto, chega<br />
a Primavera, o navio faz-se ao mar, e Paulo chega