cisto paradental nomenclatura, etiologia, aspectos clínicos e ...

granuloma com focos de células gigantes multinucleadas. Em 24% dos casos houve
relato que o epitélio havia se perdido, sendo verificado apenas a presença da
cápsula de tecido fibroso com abundante infiltrado inflamatório. Nestes casos foram
encontradas evidências do epitélio como focos de células espuma, ilhas de epitélio
odontogênico no tecido conjuntivo e presença de cristais de colesterol.
THOMPSON et al. (1997) apresentaram um caso clínico de uma de uma
menina de 11 anos com recidiva necessitando um segundo tratamento. O primeiro
exame histológico revelou uma inflamação aguda e crônica na parede do cisto que
estava forrado por epitélio pavimentoso escamoso não queratinizado hiperplásico.
Também foram observadas colônias semelhantes a actinomyces, mas não houve a
realização de culturas. Após dez meses, os autores verificaram além da recorrência,
uma segunda lesão no lado oposto, ou seja um cisto bilateral. Ambas as lesões
revelaram características consistentes como cistos odontogênicos inflamatórios. A
parede de cisto em ambos os casos estava forrada por epitélio pavimentoso
escamoso não queratinizado hiperplásico, com formação de lojas no tecido
conjuntivo. Também a parede conjuntiva do cisto apresentava um infiltrado
inflamatório misto. Ambas as lesões foram diagnosticadas como cisto mandibular
vestibular infectado. Colônias semelhantes a actinomyces foram novamente
observadas no tecido, sendo que a tentativa de cultivá-los foi mal sucedida.
SOUSA et al. (2001) examinaram 54 casos de cistos inflamatórios
paradentais diagnosticados em 6 anos (1994 à 1999) no serviço de patologia da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e comparam suas
características clinicas e histopatológicas com a literatura. Em 11 casos, o dente não
foi removido com o cisto. No exame histopatológico várias secções histológicas dos
cistos foram examinados. Quando o cisto estava preso ao dente as seções seriais
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