cisto paradental nomenclatura, etiologia, aspectos clínicos e ...

4. DISCUSSÃO
Os cistos dos maxilares não são lesões exclusivas do homem moderno
(SHEAR, 1983). Podemos verificar isto em vários estudos paleontológicos realizados
em múmias (RUFFER, 1921; LUFKIN, 1938; SALAMA & HILMY, 1951; MELCHER et
al., 1997). O estudo de MELCHER et al. (1997) revelou a importância da tomografia
computadorizada como um excelente método não invasivo para o estudo
paleontológico, em especial, da extensão das doenças ósseas.
Esta revisão histórica inicial reforça o estudo de SHEAR (1983, 1992). O
autor colocou que as primeiras descrições de lesões que pareciam ser cistos, foram
relatadas por FAUCHARD (1746) e HUNTER (1780) e os primeiros trabalhos
reconhecidos sobre cistos apareceram na literatura inglesa por SPENCE (1853-
1854), HARVEY (1855), MOON (1877-1878), HEATH (1880, 1887) e PEDLEY
1886).
Em relação às primeiras classificações sobre cistos epiteliais, estas foram
introduzidas por ROBINSON (1945) que foram modificadas por THOMA et al. em
1950. Em 1970, MAIN realizou um estudo sugerindo uma classificação revisada para
os cistos, descrevendo pela primeira vez características clínicas e histopatológicas
de um cisto denominado pelo autor de cisto colateral inflamatório. Mas na primeira
classificação oficial da Organização Mundial da Saúde, publicada em 1971, por
PINDBORG et al. não foi contemplado o cisto inflamatório colateral descrito por
MAIN em 1970. Nesta classificação os cistos odontogênicos foram organizados
como de desenvolvimento ou inflamatório.
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