cisto paradental nomenclatura, etiologia, aspectos clínicos e ...

lesões foram excisionadas e submetidas ao estudo do microscópico. Devido ao
grande tamanho da lesão e a boa localização dos terceiros molares foi decidido pela
exodontia dos segundos molares afetados. Os autores discutiram que o tratamento
destes cistos usualmente envolve enucleação sem extração do dente envolvido, mas
quando a formação do dente está incompleta e a papila dental ou a lâmina dura
forem envolvidas, a polpa pode se tornar comprometida, sendo recomendado
nesses casos, o tratamento endodôntico ou a extração.
MURILLO & MARTINEZ (1997) revisaram oitenta e três registros do
Instituto de Referência em Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da
Universidade do Chile que obtiveram o diagnóstico histológico de cisto paradental no
período de 1975 a 1997. Os autores relatam que muitos casos foram derivados de
exodontia por motivos ortodônticos. Desta maneira os autores chamam atenção pelo
fato de 36,2% das lesões estavam associadas a peças dentárias semi-inclusas
descobertas por ocasião da exodontia. Relataram um caso de reabsorção dental,
onde os autores salientaram que este fato não observado em outras séries e artigos
publicados. E finalizaram colocando que na extração do terceiro molar incluso
deveriam ser tomadas medidas importantes. Salientaram a importância de exames
complementares como a radiografia e aconselharam quando fossem encontradas
membranas císticas associadas a peça dentária (ANEXO 2, FIG. 9), estas deveriam
serem enviadas para o exame histopatológico.
THOMPSON et al. (1997) relataram um caso de cisto uma menina de
onze anos onde tratamento consistiu na remoção da parede de cisto e curetagem da
lesão sem a extração do primeiro molar inferior esquerdo. A cirurgia consistiu na
remoção de três fragmentos de um tecido mole castanho-acinzentado. O paciente
retornou depois de 10 meses com inchaço e supuração na mesma região. O exame
83