Cartas Do Brasil - Brasiliana USP

More documents

Recommendations

Info

MANUEL DA NOBREGA mui arrependido de não haver já tirado meus Irmãos de lá, porque segundo parece mui claro, está áquella terra com a candeia na mão, porque cada vez se lhe acerescenta a desventura e lhe falta o soecorro. O Capitão do Paraguay se mandou offerecer por vezes que sujeitaria os Tupis a S. Vicente si lhe dessem licença e querem com os Portuguezes tracto e conversação e ajudal-os contra o Genti$, e outros inimigos, e nem o querem acceitar nem querem ganhar a terra, mas deixam-se estar esperando que por uma parte os matem Francezes e os contrários por outra, e os índios da terra que se levantem e os acabem de consumir e comer a todos. Este segredo eu não o entendo, mas vejo ir-se a perder tudo. Já tenho dito muita parte de minha dôr a Vossa Mercê; muitas mais dores me ficavam para com elle desabafar que por carta se não podem dizer: peço-lhe pela charidade de Christo Nosso Senhor com que sempre me amou, que a soberba e ignorância que nesta conhecerá, emende paternalmente em quanto nelle fôr: faça soecorrer a este pobre <strong>Brasil</strong> do que elle bem sabe que lhe será necessário para tantas enfermidades quantas tem, para que esta pequena faisca de Fé e amor divino que agora se começa accender nos corações deste Gentio, se continue e não se apague, pois Christo Nosso Senhor. Venite hunc ignem mittere in terram et vultur accendatur. Elle lhe dê por sua misericórdia a sua paz na terra e gloria nos céus. Amen. Desta Bahia, a 5 de Julho de 1559. e?c*T>o k y>. râ- ^ „C- 218
CARTA DO BRASIL (1559) Foi publicada pela primeira vez em 1835 por B. da Silva Lisboa no» Ann. ão Bio, VI, pp. 66/100; depois reproduzida por Aceioli nas Mera. históricas ãa Bahia, III, pp. 210/235. A Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro guarda o original (que segundo Barbosa Machado se achava [em 1753] no archivo do Collegio de São- Roque de Lisboa) desta interessantíssima carta, com as palavras "Orador e servo de V. M. em Christo" e a assignatura escriptas do próprio punha do veneravel Jesuíta. A assignatura combina perfeitamente com a dà carta a D. João III, existente na Torre do Tombo, cujo fac-símile publicado na pag. 127 nos foi mandado pelo nosso prestimoso amigo Lino de Assumpção. Na ultima pagina da carta acha-se averbado: "Brazil. 1559. — Copiouse e mandou-se a Thomé de Souza." Quer dizer que os Padres em Portuga* receberam a carta, remetteram cópia ao ex-Governador do <strong>Brasil</strong> e archivaram o original. E' mais uma preciosidade que possue a Bibliotheca Nacional. Em Barbosa Machado vem errado o anno, lendo-se 1560. O bibliographoportuguez diz que a carta consta de 9 paginas; mas são 9 folhas de folio, de muito boa lettra. A gravura do fac-simile déve-se egualmente ao Sr. Manuel J. da Costa Pinheiro. 219
Page 1 and 2:
» I^R 1^' r *A DHB ' 4 r IJU| VHEH
Page 5 and 6:
CARTAS O BRASIL 1549 - 1560 19 3 1
Page 7:
— CARTAS JESUITICAS I m/ívrtoCi/
Page 11 and 12:
NOTA PRELIMINAR A colonização eur
Page 13:
NOTA PRELIMINAR sem alludir á copi
Page 16 and 17:
VALLE CABRAL na Revista do Institut
Page 18 and 19:
VALLE CABRAL 20 em seguida. Não é
Page 20 and 21:
VALLE CABRAL XX. Da mesma data da p
Page 22 and 23:
VALLE CABRAL Não deixam de ser cur
Page 25 and 26:
VIDA DO PADRE MANUEL DA NOBREGA CAP
Page 27 and 28:
VIDA DE NOBREGA e mortificação, q
Page 29 and 30:
VIDA DE NOBREGA Padre deante da mes
Page 31 and 32:
VIDA DE NOBREGA ouvem, açodem logo
Page 33 and 34:
VIDA DE NOBREGA to effeito, que nun
Page 35 and 36:
VIDA DE NOBREGA •que com elle sai
Page 37 and 38:
VIDA DE NOBREGA manas. Achamos a te
Page 39 and 40:
VIDA DE NOBREGA depois, com grandes
Page 41 and 42:
VIDA DE NOBREGA tre elles o padre V
Page 43 and 44:
VIDA DE NOBREGA era de lucro á Com
Page 45 and 46:
VIDA DE NOBREGA modados, onde os Pa
Page 47 and 48:
VIDA DE NOBREGA vores do ceu e o sa
Page 49 and 50:
VIDA DE NOBREGA os remédios corpor
Page 51 and 52:
VIDA DE NOBREGA guez. Trazia este b
Page 53 and 54:
VIDA DE NOBREGA dres, que os Padres
Page 55 and 56:
VIDA DE NOBREGA Janeiro e lançar d
Page 57 and 58:
VIDA DE NOBREGA os impedimentos que
Page 59 and 60:
VIDA DE NOBREGA cia, que alli o dei
Page 61 and 62:
VIDA DE NOBREGA cuidando ser eu mor
Page 63 and 64:
VIDA DE NOBREGA livres, dos quaes r
Page 65 and 66:
VIDA DE NOBREGA particularmente boa
Page 67 and 68:
VIDA DE NOBREGA quando tratava com
Page 69 and 70:
VIDA DE NOBREGA sinava com o exempl
Page 71 and 72:
VIDA DE NOBREGA dade praticando com
Page 73:
VIDA DE NOBREGA por carne humana qu
Page 76 and 77:
MANUEL DA NOBREGA O primeiro doming
Page 78 and 79:
, £>, MANUEL DA NOBREGA tomar liç
Page 80 and 81:
MANUEL DA NOBREGA colhido de Deus p
Page 82 and 83:
MANUEL DA NOBREGA Também me contou
Page 84 and 85:
MANUEL DA NOBREGA ella a quem a hav
Page 86 and 87:
MANUEL DA NOBREGA dizem que é o me
Page 88 and 89:
MANUEL DA NOBREGA onde nós começa
Page 90 and 91:
MANUEL DA NOBREGA enviados: somente
Page 92 and 93:
IV Ao DR. NAVARRO, SEU MESTRE EM CO
Page 94 and 95:
MANUEL DA NOBREGA tas e diversas da
Page 96 and 97:
MANUEL DA NOBREGA gamos para que co
Page 98 and 99:
MANUEL DA NOBREGA -quanto dura o ca
Page 100 and 101:
MANUEL DA NOBREGA attonitos daquill
Page 102 and 103:
MANUEL DA NOBREGA zem muito damno,
Page 104 and 105:
MANUEL DA NOBREGA tra a santidade;
Page 106 and 107:
MANUEL DA NOBREGA como por escarneo
Page 108 and 109:
MANUEL DA NOBREGA guns o pedem com
Page 110 and 111:
M MANUEL DA NOBREGA carne humana, a
Page 112 and 113:
MANUEL DA NOBREGA Deo e assim é de
Page 114 and 115:
MANUEL DA NOBREGA der o filho, salv
Page 116 and 117:
MANUEL DA NOBREGA ficeis de desgast
Page 118 and 119:
VII Aos PADRES E IRMÃOS (1551) Gen
Page 120 and 121:
•a *r \v í MANUEL DA NOBREGA tes
Page 122 and 123:
VIII PARA os IRMÃOS DO COLLEGIO DE
Page 124 and 125:
MANUEL DA NOBREGA custa dos que as
Page 126 and 127:
MANUEL DA NOBREGA Com as novas e ca
Page 128 and 129:
MANUEL DA NOBREGA cá muita e parec
Page 130 and 131:
MANUEL DA NOBREGA Santo Thomé e ou
Page 132 and 133:
PARA o PADRE PROVINCIAL DE PORTUGAL
Page 134 and 135:
à-t a ^ l L# r MANUEL DA NOBREGA u
Page 136 and 137:
MANUEL DA NOBREGA por morador, com
Page 138 and 139:
MANUEL DA NOBREGA Esta terra é tã
Page 140 and 141:
MANUEL DA NOBREGA mentos o não per
Page 142 and 143:
MANUEL DA NOBREGA fossem para este
Page 144 and 145:
MANUEL DA NOBREGA dois que estamos
Page 146 and 147:
MANUEL DA NOBREGA fora por os não
Page 148 and 149:
XIII PARA EL-REI D. JOÃO (1554) Ge
Page 150 and 151:
MANUEL DA NOBREGA no que quizerem;
Page 152 and 153:
MANUEL DA NOBREGA Da Bahia tenho no
Page 154 and 155:
XV PARA O PADRE IGNACIO [DE LOYOLA]
Page 156 and 157:
MANUEL DA NOBREGA lançara de ter c
Page 158 and 159:
MANUEL DA NOBREGA bres, e, si nesta
Page 160 and 161:
XVI QUADRIMESTRE DE JANEIRO ATÉ AB
Page 162 and 163:
MANUEL DA NOBREGA sarem; estas e ou
Page 164 and 165:
MANUEL DA NOBREGA se acceitam pouco
Page 166 and 167:
MANUEL DA NOBREGA nem tinha com que
Page 168 and 169:
MANUEL DA NOBREGA não como gente q
Page 170 and 171:
MANUEL DA NOBREGA ro, porque é fog
Page 172 and 173: MANUEL DA NOBREGA to reparte, iremo
Page 174 and 175: MANUEL DA NOBREGA Agora não ha que
Page 176 and 177: MANUEL DA NOBREGA mou a cargo mante
Page 178 and 179: MANUEL DA NOBREGA Tear, como se fez
Page 180 and 181: MANUEL DA NOBREGA o irmão Chaves (
Page 182 and 183: MANUEL DA NOBREGA trazia o navio de
Page 184 and 185: MANUEL DA NOBREGA / mar e é de nó
Page 186 and 187: MANUEL DA NOBREGA doenças estando
Page 188 and 189: MANUEL DA NOBREGA commendam a Deus
Page 190 and 191: MANUEL DA NOBREGA baptisar os menin
Page 192 and 193: MANUEL DA NOBREGA mio Pires, que ta
Page 194 and 195: MANUEL DA NOBREGA eraes da absolvi
Page 196 and 197: MANUEL DA NOBREGA mais não pôde,
Page 198 and 199: MANUEL DA NOBREGA viesse, me dizia:
Page 200 and 201: MANUEL DA NOBREGA achar ahi Irmãos
Page 202 and 203: MANUEL DA NOBREGA O mesmo se introd
Page 204 and 205: MANUEL DA NOBREGA tinuo têm guerra
Page 206 and 207: MANUEL DA NOBREGA voadores. E nisto
Page 208 and 209: MANUEL DA NOBREGA na terra havia; (
Page 210 and 211: MANUEL DA NOBREGA da dada de terras
Page 212 and 213: MANUEL DA NOBREGA não um Principal
Page 214 and 215: MANUEL DA NOBREGA Estas cousas toda
Page 216 and 217: MANUEL DA NOBREGA segurança e ref
Page 218 and 219: MANUEL DA NOBREGA e por mal cabo e
Page 220 and 221: MANUEL DA NOBREGA dia de Nosso Senh
Page 224 and 225: XXI Ao INFANTE CARDEAL (D. HENRIQUE
Page 226 and 227: MANUEL DA NOBREGA xou os índios su
Page 228 and 229: MANUEL DA NOBREGA sem perto d'onde
Page 230 and 231: MANUEL DA NOBREGA Estes Francezes s
Page 232 and 233: MANUEL DA NOBREGA o ordenar a obedi
Page 234 and 235: DIALOGO ção dos Apóstolos, nem d
Page 236 and 237: DIALOGO lhe communicou, e a criatur
Page 238 and 239: DIALOGO bram bem as cousas, que ouv
Page 240 and 241: DIALOGO ros, mas, humanamente, como
Page 242 and 243: DIALOGO que as theologias, que me d
Page 244 and 245: DIALOGO e outros gentios mais polic
Page 246 and 247: DIALOGO e nunca vi a nenhum ter tan
Page 248 and 249: DIALOGO lagres e maravilhas, para o
Page 251 and 252: ESCLARECIMENTOS Homem Santo (Barcac
Page 253 and 254: ESCLARECIMENTOS soantes líquidas)
Page 255 and 256: ESCLARECIMENTOS em o galeão Velho.
Page 257 and 258: ESCLARECIMENTOS dia d'Ascenção (3
Page 259 and 260: ÍNDICE NOTA PREIJMINAR, de Afranio
Page 261 and 262: ÍNDICE legio da Bahia. — Pedido
Page 263 and 264: NESTA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, QUE
Page 265:           BRASILIANA DIGI
show all

Cartas Do Brasil - Brasiliana USP

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?