28.08.2013 Views

35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

50<br />

ORADORES CONVIDADOS<br />

emotional wellbeing in a<strong>do</strong>lescents. Lancet 247, 1789-1792.<br />

TIGGEMANN, M. & WILLIAMSON, S. (2000). The effects of<br />

exercise on body satisfaction and self-esteem as a function of<br />

gen<strong>de</strong>r and age. Sex Roles 43 (1/2), 119-127.<br />

VASCONCELOS, O. (1995). A imagem corporal no perío<strong>do</strong><br />

peripubertário: Comparação <strong>de</strong> três grupos étnicos numa<br />

perspectiva biocultural. Dissertação <strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento não<br />

publica<strong>da</strong>, <strong>FCDEF</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Porto, Portugal.<br />

VASCONCELOS-RAPOSO, J. & FREITAS, C. (2000). Avaliação<br />

<strong>da</strong> auto-estima em jovens <strong>de</strong> três ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s transmontanas.<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Psicologia 16 (3):32-46.<br />

VASCONCELOS-RAPOSO, J. (1993). Os factores bio-psico-sócioculturais<br />

que influenciam e <strong>de</strong>terminam a busca pela excelência em<br />

atletas <strong>de</strong> elite portugueses. Dissertação <strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento não<br />

publica<strong>da</strong>, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila<br />

Real, Portugal.<br />

jacintoraposo@sapo.pt<br />

OS ADOLESCENTES PORTUGUESES: ACTIVIDADE FÍSICA E OUTROS<br />

COMPORTAMENTOS LIGADOS À SAÚDE.<br />

Matos, Margari<strong>da</strong> G. 1 ; Simões, Celeste 1 ; Carvalhosa,<br />

Susana 1 ; Gaspar, Tania 1 ; Lebre, Paula 1 ; Diniz, José A. 1 ;<br />

Gonçalves, Aldina 2 ; Dias, Sónia 3<br />

(1) <strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Motrici<strong>da</strong><strong>de</strong> Humana, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong><br />

Lisboa; (2) IHMT, UNL; (3) CMDT, UNL; Portugal.<br />

Introdução<br />

Estu<strong>da</strong>r os comportamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes e os<br />

factores que os influenciam é essencial para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> educação para a saú<strong>de</strong>, para a promoção <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong> e para programas e intervenções dirigi<strong>do</strong>s a a<strong>do</strong>lescentes.<br />

A saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes tem <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> num contexto<br />

mais alarga<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> em conta o bem-estar físico, emocional e<br />

social, como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS).<br />

O HBSC/OMS (Health Behaviour in School-aged Children) é um<br />

estu<strong>do</strong> colaborativo <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, que<br />

preten<strong>de</strong> estu<strong>da</strong>r os estilos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes e os seus<br />

comportamentos nos vários cenários <strong>da</strong>s suas vi<strong>da</strong>s. Iniciou-se<br />

em 1982 com investiga<strong>do</strong>res <strong>de</strong> 3 países: Finlândia, Noruega e<br />

Inglaterra, e pouco tempo <strong>de</strong>pois foi a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> pela OMS, como<br />

um estu<strong>do</strong> colaborativo. Neste momento conta com 35 países,<br />

entre os quais Portugal, integra<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996 e membro associa<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998.<br />

A amostra nacional <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1998 foi constituí<strong>da</strong> por 6903<br />

a<strong>do</strong>lescentes, com uma média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 14 anos, frequentan<strong>do</strong><br />

os 6º, 8º e 10º anos <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino público oficial,<br />

em Portugal Continental. É aproxima<strong>da</strong>mente igual o<br />

número <strong>de</strong> rapazes e raparigas (47% <strong>de</strong> rapazes), e estão distribuí<strong>do</strong>s<br />

proporcionalmente pelas 5 regiões educativas <strong>do</strong><br />

Continente (Norte, Centro, Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo, Alentejo,<br />

Algarve). A amostra foi aleatória e tem representativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

nacional para os jovens que frequentam estes graus <strong>de</strong> ensino,<br />

no ensino oficial (Matos et al., 2000).<br />

A amostra nacional <strong>de</strong> 2002 foi constituí<strong>da</strong> por 6131 a<strong>do</strong>lescentes,<br />

com uma média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 14 anos, frequentan<strong>do</strong> os<br />

6º, 8º e 10º anos <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino público oficial, em<br />

Portugal Continental. É aproxima<strong>da</strong>mente igual o número <strong>de</strong><br />

rapazes e raparigas (49% <strong>de</strong> rapazes), e estão distribuí<strong>do</strong>s pro-<br />

<strong>Revista</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong>, 2004, vol. 4, nº 2 (suplemento) [15–102]<br />

porcionalmente pelas 5 regiões educativas <strong>do</strong> Continente<br />

(Norte, Centro, Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo, Alentejo, Algarve). A<br />

amostra foi aleatória e tem representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional para os<br />

jovens que frequentam estes graus <strong>de</strong> ensino, no ensino oficial.<br />

Em ambos os estu<strong>do</strong>s a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> análise foi a “turma”. Os<br />

questionários foram preenchi<strong>do</strong>s na sala <strong>de</strong> aula, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

preenchimento anónimo e voluntário.<br />

O conjunto <strong>de</strong> a<strong>do</strong>lescentes que respon<strong>de</strong>u ao questionário<br />

HBSC “Aventura Social & Saú<strong>de</strong>” em Março <strong>de</strong> 2002, na sua<br />

gran<strong>de</strong> maioria, são jovens <strong>de</strong> nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguesa. A<br />

gran<strong>de</strong> maioria i<strong>de</strong>ntifica-se como sen<strong>do</strong> “branco”. Os jovens<br />

referem que os seus pais têm nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong> maioritariamente<br />

portuguesa. Os jovens com pais oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> países africanos <strong>de</strong><br />

língua portuguesa, vêm em segun<strong>do</strong> lugar.<br />

Relativamente à profissão <strong>do</strong>s pais, na maior parte <strong>do</strong>s casos<br />

esta situa-se no nível sócio-económico médio-baixo, tanto no<br />

que diz respeito aos pais como às mães.<br />

Relativamente ao nível <strong>de</strong> instrução, gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s pais<br />

(tanto pais como mães) estu<strong>do</strong>u até ao primeiro ciclo (quatro<br />

anos <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>).<br />

Em relação ao percurso escolar <strong>do</strong>s alunos <strong>de</strong>sta amostra, verifica-se<br />

que cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z por cento <strong>do</strong>s jovens tem uma diferença<br />

<strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> superior a <strong>do</strong>is anos, em relação ao ano em que<br />

está a estu<strong>da</strong>r.<br />

Consumos <strong>de</strong> álcool, tabaco e drogas<br />

De 1998 para 2002 nota-se um aumento <strong>de</strong> jovens que experimentaram<br />

tabaco. Esse aumento surge tanto para os rapazes<br />

como para as raparigas, mas nas raparigas <strong>de</strong>u-se um aumento<br />

maior, atingin<strong>do</strong> valores muito semelhantes à experimentação<br />

por parte <strong>do</strong>s rapazes.<br />

Também no que diz respeito ao consumo <strong>de</strong> tabaco, comparan<strong>do</strong><br />

os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1998 com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> 2002, verifica-se que existe um aumento no consumo <strong>de</strong><br />

tabaco a nível geral, sen<strong>do</strong> que nas raparigas se notou um<br />

aumento maior, o que as aproxima <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong>s rapazes.<br />

Verifica-se também que os jovens mais velhos (mais <strong>de</strong> 15<br />

anos) são os que mais contribuem para este aumento.<br />

No que diz respeito ao consumo <strong>do</strong> álcool, <strong>de</strong> 1998 para 2002,<br />

nota-se um aumento <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> bebi<strong>da</strong>s espirituosas em<br />

<strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> cerveja. Os rapazes continuam a<br />

consumir mais álcool que as raparigas, mas em 2002 verifica-se<br />

que enquanto os rapazes têm um consumo equivalente <strong>de</strong> cerveja<br />

e bebi<strong>da</strong>s espirituosas, as raparigas consomem muito mais<br />

bebi<strong>da</strong>s espirituosas <strong>do</strong> que cerveja e em 1998 mantinham um<br />

consumo equivalente <strong>de</strong> cerveja e bebi<strong>da</strong>s espirituosas. Em<br />

ambos os estu<strong>do</strong>s, o consumo <strong>de</strong> álcool vai aumentan<strong>do</strong> à<br />

medi<strong>da</strong> que aumenta a i<strong>da</strong><strong>de</strong>, aos 11 anos a gran<strong>de</strong> maioria não<br />

experimentou álcool. O consumo <strong>de</strong> vinho é o que menos varia<br />

com a i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Relativamente à cerveja e às bebi<strong>da</strong>s espirituosas,<br />

nos jovens com 16 anos ou mais em 1998, o maior consumo<br />

era a cerveja enquanto que em 2002 o maior consumo foi constituí<strong>do</strong><br />

pelas bebi<strong>da</strong>s espirituosas.<br />

Comparan<strong>do</strong> 1998 e 2002, nota-se uma diminuição <strong>do</strong> consumo<br />

ocasional <strong>de</strong> bebi<strong>da</strong>s alcoólicas. Em ambos os estu<strong>do</strong>s, os<br />

rapazes consomem álcool <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> ocasional, significativamente<br />

mais <strong>do</strong> que as raparigas. Relativamente aos grupos etários,<br />

o consumo vai aumentan<strong>do</strong> à medi<strong>da</strong> que aumenta a i<strong>da</strong><strong>de</strong>. De<br />

1998 para 2002 o consumo ocasional <strong>de</strong> álcool aos 11 anos<br />

reduziu-se para meta<strong>de</strong>; no grupo <strong>do</strong>s 16 ou mais anos também<br />

se notou uma diminuição <strong>do</strong> consumo ocasional <strong>de</strong> bebi<strong>da</strong>s<br />

alcoólicas.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!