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35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

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De 1998 para 2002 nota-se nos jovens um aumento <strong>da</strong> frequência<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> embriaguez. Em ambos os estu<strong>do</strong>s os<br />

rapazes já estiveram embriaga<strong>do</strong>s, significativamente mais <strong>do</strong><br />

que as raparigas: um terço <strong>do</strong>s rapazes e um quinto <strong>da</strong>s raparigas<br />

estiveram embriaga<strong>do</strong>s. Relativamente aos grupos etários, a<br />

frequência <strong>de</strong> embriaguez vai aumentan<strong>do</strong> à medi<strong>da</strong> que<br />

aumenta a i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Enquanto que aos 11 anos a gran<strong>de</strong> maioria<br />

<strong>do</strong>s jovens não estiveram embriaga<strong>do</strong>s, com 16 ou mais anos<br />

quase meta<strong>de</strong> esteve em esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> embriaguez.<br />

Com referência ao consumo <strong>de</strong> substâncias ilícitas, comparan<strong>do</strong><br />

os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1998 com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> 2002, nota-se um aumento substancial no consumo <strong>de</strong><br />

droga, um aumento para o <strong>do</strong>bro. Em ambos os estu<strong>do</strong>s verifica-se<br />

que os rapazes consomem droga significativamente mais<br />

<strong>do</strong> que as raparigas. Relativamente aos grupos etários, o consumo<br />

vai aumentan<strong>do</strong> à medi<strong>da</strong> que aumenta a i<strong>da</strong><strong>de</strong> - enquanto<br />

que aos 11 anos a gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s jovens não consome<br />

droga, jovens com 15 e 16 anos ou mais são os que consomem<br />

mais droga, sen<strong>do</strong> que em 2002 cerca <strong>de</strong> um quarto <strong>do</strong>s mais<br />

velhos consome droga.<br />

De 1998 para 2002 nota-se um aumento <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> haxixe<br />

e <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> estimulantes. No caso <strong>da</strong> heroina/cocaína o<br />

aumento não é significativo. Os rapazes consomem significativamente<br />

mais qualquer <strong>de</strong>stas drogas <strong>do</strong> que as raparigas.<br />

Tanto para os rapazes como para as raparigas a droga mais<br />

popular é o haxixe, segui<strong>do</strong> pelos estimulantes e por último<br />

pela heroína/cocaína.<br />

O consumo <strong>de</strong> droga vai aumentan<strong>do</strong> à medi<strong>da</strong> que aumenta a<br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>, aos 11 anos a gran<strong>de</strong> maioria não consome. A<br />

heroína/cocaína é a que menos varia com a i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Alimentação<br />

Passan<strong>do</strong> agora à alimentação, e comparan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1998 com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2002, po<strong>de</strong>mos<br />

verificar uma diminuição no consumo <strong>de</strong> fruta no grupo <strong>do</strong>s<br />

rapazes e <strong>da</strong>s raparigas e em to<strong>do</strong>s os grupos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>s, excepto<br />

no grupo <strong>do</strong>s 11 anos em que se nota um aumento <strong>do</strong> consumo<br />

<strong>de</strong> fruta.<br />

Nota-se um aumento no nível <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> colas e outros<br />

refrigerantes, quer no grupo <strong>do</strong>s rapazes e <strong>da</strong>s raparigas, quer<br />

em to<strong>do</strong>s os grupos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Em relação ao consumo <strong>de</strong> hambúrgueres,<br />

cachorros quentes e/ou salsichas verifica-se um<br />

aumento <strong>de</strong> consumo no grupo <strong>do</strong>s rapazes e uma diminuição<br />

<strong>do</strong> consumo no grupo <strong>da</strong>s raparigas. Nos grupos etários <strong>de</strong> 11,<br />

13 e 15 anos nota-se uma diminuição <strong>de</strong> consumo, enquanto<br />

que no grupo <strong>de</strong> 16 anos ou mais verifica-se um aumento no<br />

consumo <strong>de</strong> hambúrgueres, cachorros quentes e/ou salsichas.<br />

Nota-se um aumento no nível <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>do</strong>ces e chocolates,<br />

quer no grupo <strong>do</strong>s rapazes e <strong>da</strong>s raparigas, quer em to<strong>do</strong>s<br />

os grupos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Comparan<strong>do</strong> 1998 com 2002, verifica-se um número equivalente<br />

<strong>de</strong> jovens a fazer dieta, mas nota-se um aumento <strong>do</strong>s jovens<br />

que não fazem dieta, mas dizem que precisam, e uma diminuição<br />

<strong>do</strong> número <strong>de</strong> jovens que não fazem dieta, porque acham<br />

que o peso está bom.<br />

Em ambos os estu<strong>do</strong>s, as raparigas fazem significativamente<br />

mais dieta <strong>do</strong> que os rapazes. Um maior número <strong>de</strong> rapazes<br />

(quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com as raparigas) diz não estar a fazer<br />

dieta, porque o peso está bom.<br />

Nota-se, <strong>de</strong> 1998 para 2002, um aumento tanto nos rapazes<br />

como nas raparigas, <strong>de</strong> jovens que dizem não fazer dieta mas<br />

estar a precisar, mas esse aumento verificou-se com maior<br />

GRUPOS DE INTERESSE<br />

intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> nos rapazes <strong>do</strong> que nas raparigas. Quanto ao grupo<br />

etário, não se verificam diferenças significativas quanto à temática<br />

<strong>da</strong> dieta, embora se note em ambos os estu<strong>do</strong>s um aumento<br />

<strong>da</strong> preocupação com a dieta e o estar em dieta, à medi<strong>da</strong> que<br />

o jovem aumenta <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Comparan<strong>do</strong> 1998 com 2002 verifica-se que aumentou o<br />

número <strong>de</strong> jovens que consi<strong>de</strong>ra o seu corpo i<strong>de</strong>al e diminuiu o<br />

número <strong>de</strong> jovens que avalia o seu corpo como sen<strong>do</strong> magro ou<br />

gor<strong>do</strong>. Em ambos os estu<strong>do</strong>s a avaliação <strong>do</strong> corpo varia significativamente<br />

entre os rapazes e as raparigas: um maior número<br />

<strong>de</strong> raparigas consi<strong>de</strong>ra o corpo gor<strong>do</strong> e um maior número <strong>de</strong><br />

rapazes consi<strong>de</strong>ra o seu corpo i<strong>de</strong>al. Um maior número <strong>de</strong><br />

rapazes consi<strong>de</strong>ra o seu corpo magro, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com<br />

o grupo <strong>da</strong>s raparigas.<br />

Entre 1998 e 2002 estas diferenças diminuem, pois nota-se que<br />

em 2002 um maior número <strong>de</strong> raparigas consi<strong>de</strong>ra o corpo<br />

i<strong>de</strong>al e magro, e diminui o número <strong>de</strong> raparigas que consi<strong>de</strong>ra<br />

o seu corpo gor<strong>do</strong>. Em ambos os estu<strong>do</strong>s, nas diferentes i<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

as diferenças não são significativas, e aumenta o número<br />

<strong>de</strong> jovens que consi<strong>de</strong>ra o seu corpo gor<strong>do</strong> e diminui o número<br />

<strong>de</strong> jovens que avaliam o seu corpo como i<strong>de</strong>al.<br />

De 1998 para 2002 verifica-se um aumento <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> alterar<br />

algo no corpo. Em ambos os estu<strong>do</strong>s existem diferenças<br />

significativas entre os rapazes e as raparigas, em ambos os<br />

géneros se nota, entre 1998 e 2002, um aumento no <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

alterar o corpo.<br />

Relativamente à i<strong>da</strong><strong>de</strong>, tanto em 1998 como em 2002, o <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> alterar algo no corpo vai aumentan<strong>do</strong> à medi<strong>da</strong> que a i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

aumenta: <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> um terço nos jovens <strong>de</strong> 11 anos até cerca<br />

<strong>de</strong> meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s jovens com 16 anos ou mais, gostava <strong>de</strong> alterar<br />

algo no corpo.<br />

Activi<strong>da</strong><strong>de</strong> física e lazer<br />

Comparan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1998 com os resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2002, verifica-se que <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> geral a prática<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportos diminuiu. O <strong>de</strong>sporto mais pratica<strong>do</strong> pelos<br />

jovens é o futebol.<br />

Comparan<strong>do</strong> os rapazes e as raparigas encontram-se diferenças<br />

significativas. As raparigas praticam mais ginástica, natação e<br />

voleibol. Enquanto que o futebol e o ciclismo são mais pratica<strong>do</strong>s<br />

por rapazes.<br />

Em relação ao grupo etário verificamos que no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2002,<br />

<strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> geral, a prática <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto vai diminuin<strong>do</strong> à<br />

medi<strong>da</strong> que a i<strong>da</strong><strong>de</strong> vai aumentan<strong>do</strong>.<br />

Família<br />

Tanto em 1998 como em 2002, um maior número <strong>de</strong> jovens<br />

consi<strong>de</strong>ra ser mais fácil falar com a mãe <strong>do</strong> que com o pai. Em<br />

ambos os estu<strong>do</strong>s os rapazes consi<strong>de</strong>ram mais fácil falar com o<br />

pai, <strong>do</strong> que as raparigas. Tanto os rapazes como as raparigas<br />

referem ser mais fácil falar com a mãe. Quanto aos diferentes<br />

grupos etários, em ambos os estu<strong>do</strong>s se nota um aumento <strong>da</strong><br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> falar com o pai e com a mãe à medi<strong>da</strong> que a<br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong> vai aumentan<strong>do</strong>. Contu<strong>do</strong> esse aumento <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> falar com o pai e com a mãe é menos acentua<strong>do</strong> em 2002.<br />

Conclusão<br />

Em relação à quase totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s variáveis analisa<strong>da</strong>s, os<br />

resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s junto <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes mais novos, parecem<br />

ser mais favoráveis para a saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> que os obti<strong>do</strong>s pelos jovens<br />

mais velhos (mais <strong>de</strong> 15 anos).<br />

Esta conclusão, já acentua<strong>da</strong> no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1998, mantem-se<br />

<strong>Revista</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong>, 2004, vol. 4, nº 2 (suplemento) [15–102] 51

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