28.08.2013 Views

35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Na conferência <strong>de</strong> encerramento <strong>do</strong> II Congresso <strong>de</strong> Países <strong>de</strong><br />

Língua Portuguesa alertei para a interferência <strong>da</strong> ‘i<strong>de</strong>ologia <strong>do</strong><br />

internacionalismo científico’ na área <strong>da</strong> pesquisa em educação<br />

física e <strong>do</strong> <strong>de</strong>sporto, e para a formação <strong>de</strong> blocos acadêmicos<br />

regionais acompanhan<strong>do</strong> os blocos econômicos (UE, NAFTA,<br />

etc). Sem iniciativas, hoje <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s internacionais<br />

como a SPORT e a SPOLIT para as quais fornecemos<br />

gratuitamente nossa produção científica e pagamos em dólares<br />

para tê-la <strong>de</strong> volta, através <strong>da</strong>quelas bases. Entretanto, hoje<br />

com uma consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica nos países <strong>de</strong> língua<br />

portuguesa julgo já ser exeqüível a ‘criação <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s em língua portuguesa’ que <strong>de</strong>mocratizaria o acesso à<br />

informação aos alunos <strong>de</strong> graduação e pós-graduação, nos paises<br />

<strong>de</strong> língua portuguesa. Para isto po<strong>de</strong>mos nos valer <strong>de</strong><br />

recente iniciativa <strong>do</strong> governo brasileiro <strong>de</strong> firmar acor<strong>do</strong> com o<br />

E-livro, portal <strong>de</strong> socialização <strong>do</strong> conhecimento, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> acesso<br />

em português a mais <strong>de</strong> 20 mil títulos para os países <strong>de</strong> língua<br />

portuguesa, em parceria com o CEV, o CEDIME. São estas as<br />

propostas que submeto a este ‘grupo <strong>de</strong> interesse’.<br />

Referências<br />

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Ofício<br />

57 BSB, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1970, <strong>da</strong> Divisão <strong>de</strong> Educação<br />

Física.<br />

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA/, Ofício<br />

57/1970 <strong>do</strong> DED/CNPq<br />

CANTARINO FILHO, Mario Ribeiro (1986). Teses brasileiras em<br />

educação física. Brasília: UnB.<br />

ELSEN, Robert (1963). Le Congrès International <strong>de</strong> bibliographie<br />

et <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentation <strong>de</strong> la science sportive. Sport<br />

1(6)13–21, Bruxelles.<br />

FARIA JUNIOR, Alfre<strong>do</strong> (1997). Trends of research in physical<br />

education in England, Wales and Brazil (1975 – 1984): a comparative<br />

study. Post-<strong>do</strong>ctoral final report. Lon<strong>do</strong>n: University of<br />

Lon<strong>do</strong>n Institute of Education.<br />

LAURENTOWSKI, F. (1962). Le travail bibliografique <strong>da</strong>ns l’enseignement<br />

aux étudians d’education physique à l’Université <strong>de</strong><br />

Education Physique <strong>de</strong> Poznan. Congrès International <strong>de</strong><br />

bibliographie et <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentation <strong>de</strong> la science sportive.<br />

Resumés. Leipzig: Deutsche Hochschule für Körperkultur.<br />

MARINHO, Inezil Penna (1952,1953,1984). História <strong>da</strong><br />

Educação Física e <strong>do</strong>s <strong>Desporto</strong>s no Brasil. Brasil Colônia – Brasil<br />

Império – Brasil República. 1952. V. I., II. 1953 V. III, 1984,<br />

V. IV. Rio <strong>de</strong> Janeiro: MES.<br />

PEREIRA, Laércio E. (1998). Centro Esportivo Virtual. Um recurso<br />

<strong>de</strong> Informação em Educação Física e Esportes <strong>da</strong> INTERNET. Tese<br />

<strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong>. Campinas: UNICAMP.<br />

PORTUGAL. INSTITUTO NACIONAL DE FORMAÇÃO E<br />

ESTUDOS DO DESPORTO (2001). Manual <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> informação<br />

<strong>de</strong>sportiva. Lisboa: INFED/COI.<br />

RAMOS, Jayr Jordão (1958) (org.). Publicações Especializa<strong>da</strong>s<br />

em Educação Física. <strong>Revista</strong>s – Boletins – Almanaques.<br />

Boletim <strong>de</strong> Educação Física, 16(VI)119–128, Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

SILVA, Rosana Valéria <strong>de</strong> Souza (1990). Mestra<strong>do</strong>s em Educação<br />

Física no Brasil. Pesquisan<strong>do</strong> suas pesquisas. Dissertação <strong>de</strong><br />

Mestra<strong>do</strong>. Santa Maria: UFSM.<br />

ZAHER, Célia Ribeiro; DUARTE, Yone Chastinet (1969).<br />

Sistema KWIC versus <strong>de</strong>scritores. 2º Congresso Regional sobre<br />

Documentação e 9ª Reunião <strong>da</strong> FID/CLA, V. III - D. 1-17, Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro.<br />

fariajor@uol.com.br<br />

“REDE DE INFORMAÇÃO DESPORTIVA DOS PAÍSES DE LÍNGUA<br />

PORTUGUESA - CPLPSPORT”.<br />

Moreira, Mário<br />

Instituto <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong> <strong>de</strong> Portugal.<br />

GRUPOS DE INTERESSE<br />

O acesso à informação é, nos dias que correm, um factor <strong>de</strong>terminante<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento individual e colectivo. Com o<br />

advento <strong>da</strong> informática e <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res, a forma como ace<strong>de</strong>mos<br />

a essa informação mu<strong>do</strong>u radicalmente. Os sistemas <strong>de</strong><br />

gestão <strong>da</strong> informação tornaram-se ca<strong>da</strong> vez mais sofistica<strong>do</strong>s na<br />

sua estrutura interna e, simultaneamente, ca<strong>da</strong> vez mais simples<br />

<strong>de</strong> utilizar, mesmo por parte <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos não treina<strong>do</strong>s.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s novas tecnologias <strong>da</strong> informação<br />

e <strong>da</strong> comunicação tornou possível uma abor<strong>da</strong>gem diferente à<br />

gestão integra<strong>da</strong> <strong>do</strong> património, numa perspectiva <strong>de</strong> disponibilização<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços favorece<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> acesso à informação,<br />

sem comprometer as funções <strong>de</strong> preservação, num quadro<br />

<strong>de</strong> relacionamento entre as instituições e a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

mais rico e dinâmico.<br />

Esta mu<strong>da</strong>nça tem vin<strong>do</strong> a promover uma efectiva <strong>de</strong>mocratização<br />

no acesso à informação, porque o enfoque <strong>do</strong> trabalho<br />

especializa<strong>do</strong> passou <strong>do</strong> acesso efectivo à informação para a<br />

estruturação <strong>do</strong>s mecanismos que permitem esse acesso, por<br />

parte <strong>de</strong> qualquer pessoa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> grau <strong>do</strong>s seus<br />

conhecimentos sobre a matéria a pesquisar.<br />

O impacto <strong>de</strong>sta reali<strong>da</strong><strong>de</strong> na organização e na requalificação<br />

<strong>do</strong>s profissionais liga<strong>do</strong>s à <strong>do</strong>cumentação e informação foi, não<br />

temos dúvi<strong>da</strong> em afirmar, profun<strong>do</strong>. Embora a transformação<br />

não esteja ain<strong>da</strong> completa, parece lícito afirmar-se que o investimento<br />

realiza<strong>do</strong> nos últimos anos em infra-estruturas e formação<br />

<strong>de</strong> recursos humanos foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong>, fazen<strong>do</strong><br />

com que qualquer ci<strong>da</strong>dão nacional, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong><br />

local <strong>do</strong> país on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>, estu<strong>da</strong> ou trabalha (com algumas<br />

excepções), tenha acesso a fun<strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentais com possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

na maior parte <strong>do</strong>s casos, <strong>de</strong> obter empréstimos <strong>do</strong>miciliários<br />

e acesso gratuito à internet.<br />

Os países <strong>de</strong> língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Ver<strong>de</strong>,<br />

Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e<br />

Timor-Leste, representam, simultaneamente com a uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> língua comum, uma diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> enriquece<strong>do</strong>ra<br />

<strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> dispersão geográfica que se esten<strong>de</strong> por três continentes.<br />

Se a este quadro juntarmos as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s lusófonas<br />

espalha<strong>da</strong>s pelo mun<strong>do</strong> num total estima<strong>do</strong> em cerca <strong>de</strong> 150<br />

milhões <strong>de</strong> pessoas, po<strong>de</strong>mos verificar a importância <strong>da</strong> língua<br />

portuguesa no mun<strong>do</strong>.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o <strong>de</strong>sporto, enquanto factor <strong>de</strong> aproximação<br />

entre os povos configura-se como um instrumento privilegia<strong>do</strong><br />

para o estabelecimento <strong>de</strong> sinergias e entendimentos <strong>de</strong> uma<br />

forma extremamente rápi<strong>da</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> também que gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s zonas geográficas<br />

por on<strong>de</strong> se esten<strong>de</strong> a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão portuguesa se<br />

caracterizam como <strong>de</strong>sfavoreci<strong>da</strong>s no que diz respeito ao acesso<br />

à informação ou à divulgação <strong>da</strong> informação, a criação <strong>de</strong> uma<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>sportiva <strong>do</strong>s países <strong>de</strong> língua portuguesa<br />

preten<strong>de</strong> ser um contributo para minimizar assimetrias e<br />

aumentar a visibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sporto nesses países.<br />

Informação significa capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, e essa<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento traduz-se em <strong>de</strong>senvolvimento<br />

efectivo quan<strong>do</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> informação disponível ser trata<strong>da</strong>,<br />

se transforma num instrumento útil para os fins a atingir, e se<br />

<strong>Revista</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong>, 2004, vol. 4, nº 2 (suplemento) [15–102] 101

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!