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35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

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G. (1996). Tracking of physical activity in young children.<br />

Medicine and Science in Sport and Exercise 28 (1): 92-96.<br />

(15) PAYNE, V. G.; ISAACS, L. D. (2002). Human Motor<br />

Development. A lifespan approach. Nova Iorque: McGraw<br />

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(16) RIDDOCH, C.; BOREHAM, C. (2000). Physical activity,<br />

physical fitness and children's health: current concepts. In<br />

N. Armstrong; W. van Mechelen (Eds.) Paediatric exercise<br />

science and medicine. Oxford: Oxford University Press.<br />

(17) SCHNEIDERMAN, E. D.; KOWALSKI, C. J. (1994).<br />

Analysis of longitudinal <strong>da</strong>ta in craniofacial research:<br />

some strategies. Critical Reviews in Oral Biology and<br />

Medicine 5 (3&4): 187-202.<br />

(18) TELAMA, R.; YANG, X. (2000). Decline of physical activity<br />

from youth to young adulthood in Finland. Medicine<br />

and Science in Sport and Exercise 32 (9): 1617-1622.<br />

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(20) VAN MECHELEN, W.; TWISK, J. W. R.; POST, G. B.;<br />

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32 (9): 1610-1616.<br />

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future values from serial measurements. Biometrics 37<br />

427-437.<br />

vplopes@ipb.pt<br />

ACTIVIDADE FÍSICA E PRÁTICAS ALIMENTARES DA CRIANÇA DE<br />

LISBOA (RAPIL). CONSEQUÊNCIAS OBESOGÉNICAS.<br />

Fragoso, M. Isabel; Vieira, M. Filomena<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Motrici<strong>da</strong><strong>de</strong> Humana, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa,<br />

Portugal<br />

Introdução<br />

As causas <strong>de</strong> variação <strong>da</strong> composição corporal estão associa<strong>da</strong>s<br />

à exposição ao sol, ao crescimento, à activi<strong>da</strong><strong>de</strong> física, a programas<br />

específicos <strong>de</strong> treino, ao <strong>de</strong>senvolvimento músculo-esquelético,<br />

a hábitos alimentares, ao género e a padrões étnicos e<br />

culturais. Segun<strong>do</strong> Dietz (1994) existem três momentos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

críticos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> adiposi<strong>da</strong><strong>de</strong>: a gestação,<br />

a infância e a a<strong>do</strong>lescência. Porém, se aten<strong>de</strong>rmos às<br />

modificações <strong>do</strong> adipócito e à enorme activi<strong>da</strong><strong>de</strong> espontânea <strong>da</strong><br />

criança durante a segun<strong>da</strong> infância, seria <strong>de</strong> esperar que a<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gordura corporal diminuísse. Na infância o<br />

aumento <strong>de</strong> peso faz-se sobretu<strong>do</strong> à custa <strong>do</strong> aumento <strong>do</strong><br />

tamanho <strong>do</strong> adipócito, sen<strong>do</strong> por isso gravíssimo que, nestas<br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ocorra um aumento <strong>de</strong> peso feito à custa <strong>da</strong> hiperplasia<br />

celular.<br />

Ao longo <strong>da</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s tornámos o tempo <strong>da</strong> criança<br />

idêntico ao <strong>do</strong> adulto, ou seja, reduzimos drasticamente o seu<br />

tempo livre e aumentámos radicalmente o número <strong>de</strong> horas<br />

dispendi<strong>do</strong> em activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s se<strong>de</strong>ntárias. Deste mo<strong>do</strong>, as crianças<br />

embora <strong>de</strong>monstrem uma mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> invulgar poucas vezes a<br />

po<strong>de</strong>m expressar (a não ser durante curtos espaços <strong>de</strong> tempo,<br />

enquanto enquadra<strong>da</strong>s numa qualquer activi<strong>da</strong><strong>de</strong> organiza<strong>da</strong>).<br />

Este facto tem consequências irreparáveis pois estamos a con-<br />

GRUPOS DE INTERESSE<br />

tribuir, não só para o maior aumento <strong>da</strong> dimensão <strong>da</strong> célula<br />

adiposa como também, para que o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> menor hiperplasia<br />

<strong>do</strong> adipócito se torne lentamente num perío<strong>do</strong> crítico <strong>de</strong><br />

aumento <strong>da</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

A inactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> física é assim, entre os factores <strong>de</strong> variação <strong>da</strong><br />

composição corporal, aquele que mais contribui para o aumento<br />

<strong>da</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> (Kemper et al., 1999; Moore et al., 2003) e <strong>de</strong><br />

to<strong>da</strong>s as <strong>do</strong>enças a ela associa<strong>da</strong>s. Numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em que os<br />

comportamentos se<strong>de</strong>ntários <strong>do</strong>s adultos contribuem substancialmente<br />

para esta epi<strong>de</strong>mia, é urgente que, no âmbito <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong> pública, se combinem esforços no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> promover a<br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong> física em to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong><strong>de</strong>s e especialmente nas crianças<br />

(American Aca<strong>de</strong>my of Pediatrics, 2000; WHO, 2003). Só<br />

melhoran<strong>do</strong> o estilo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s crianças, ensinan<strong>do</strong>-as a comer<br />

melhor e organizan<strong>do</strong> o seu tempo <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a oferecer-lhes<br />

tempo livre e espaços a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s a diferentes activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, se<br />

po<strong>de</strong>rá evitar que as gerações futuras sejam mais pesa<strong>da</strong>s e<br />

menos activas.<br />

Objectivo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />

Neste trabalho comparámos <strong>do</strong>is grupos <strong>de</strong> indivíduos, os que<br />

gastam mais tempo semanal em activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> baixo e eleva<strong>do</strong><br />

dispêndio energético, tentan<strong>do</strong> <strong>de</strong>screver e analisar as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

e práticas alimentares semanais e a morfologia <strong>da</strong>s crianças<br />

incluí<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> grupo.<br />

Meto<strong>do</strong>logia<br />

A amostra <strong>de</strong>ste trabalho é constituí<strong>da</strong> por 3028 crianças (1530<br />

raparigas e 1498 rapazes) com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s compreendi<strong>da</strong>s entre os 4<br />

anos e os 10 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

As crianças foram distribuí<strong>da</strong>s em <strong>do</strong>is grupos: o grupo <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong><br />

dispêndio energético (EDE), que integra as crianças que<br />

an<strong>da</strong>m mais tempo a pé (Casesc) no trajecto entre a casa e a<br />

escola e <strong>de</strong>dicam mais horas por semana à prática <strong>de</strong> educação<br />

física (Edf), <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas regulares (Actr) e <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

físicas não regulares (Actnr); e o grupo <strong>de</strong> baixo dispêndio<br />

energético (BDE) que inclui as crianças que vêem mais televisão<br />

(Tv), jogam mais computa<strong>do</strong>r (Comp) e <strong>do</strong>rmem mais<br />

horas (Sono) por semana.<br />

Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s relativos ao consumo energético foram recolhi<strong>do</strong>s<br />

através <strong>do</strong> Health Behaviour in School-Aged Children Questionnaire e<br />

agrupa<strong>do</strong>s em seis gran<strong>de</strong>s categorias: produtos vegetais<br />

(Pveg); produtos ricos em hidratos <strong>de</strong> carbono (Prhc); fast food<br />

(Ffood); produtos lácteos (Plact); produtos ricos em proteína<br />

animal (Prpa); bebi<strong>da</strong>s (Beb). Criámos uma variável representativa<br />

<strong>da</strong> frequência total <strong>de</strong> ingestão <strong>de</strong> alimentos (Ingestão).<br />

As variáveis antropométricas foram avalia<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> Fragoso<br />

e Vieira (1999): a massa corporal (Peso), a estatura (Alt), o<br />

índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC), o somatório total <strong>de</strong> pregas<br />

(Spreg), o somatório <strong>de</strong> seis pregas <strong>do</strong> tronco (Sptr), o somatório<br />

<strong>de</strong> quatro pregas <strong>do</strong>s membros (Spmemb), os diâmetros<br />

bicôndilo-umeral (Dbcu) e bicôndilo-femoral (Dbcf), os perímetros<br />

bicipital (Pbrcc) e geminal (Pgmlc) corrigi<strong>do</strong>s e o índice<br />

pon<strong>de</strong>ral recíproco (IPR).<br />

O tratamento estatístico foi efectua<strong>do</strong> com recurso ao programa<br />

SPSS, versão 11.5 for Win<strong>do</strong>ws, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> separa<strong>da</strong>mente<br />

os rapazes e as raparigas nos <strong>do</strong>is grupos <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong><br />

(EDE) e baixo dispêndio energético (BDE). Estes grupos foram<br />

ain<strong>da</strong> subdividi<strong>do</strong>s em três subgrupos: nível baixo (para valores<br />

inferiores ao <strong>do</strong> percentil 25); nível médio (para valores entre<br />

os <strong>do</strong>s percentis 45 e 55) e nível eleva<strong>do</strong> (para valores superiores<br />

ao <strong>do</strong> percentil 75). Contu<strong>do</strong>, só são apresenta<strong>do</strong>s os resul-<br />

<strong>Revista</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong>, 2004, vol. 4, nº 2 (suplemento) [15–102] 65

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