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35754-Revista FCDEF - Faculdade de Desporto da Universidade do ...

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90<br />

ORADORES CONVIDADOS<br />

Na comparação entre estu<strong>da</strong>ntes que apenas praticam e educação<br />

física escolar e seus colegas que praticam esporte formal, embora<br />

os resulta<strong>do</strong>s indiquem menor freqüência <strong>de</strong> esportistas abaixo<br />

<strong>da</strong> zona saudável <strong>de</strong> aptidão física e maior freqüência na zona<br />

acima <strong>da</strong> média, tais diferenças, para os testes <strong>de</strong> força/resistência<br />

ab<strong>do</strong>minal, não são estatisticamente significativas.<br />

Distância percorri<strong>da</strong> em 9 minutos. Critério <strong>de</strong> avaliação a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong><br />

a partir <strong>de</strong> Cureton & Warren (1990). Encontram-se abaixo<br />

<strong>da</strong> ZSApF 41% <strong>do</strong>s meninos e 42% <strong>da</strong>s meninas.<br />

Ao compararmos os escolares que apenas freqüentam as aulas<br />

<strong>de</strong> educação física com os escolares que praticam esporte formal<br />

na variável resistência geral observa-se uma significativa<br />

diferença. Apenas 2% <strong>do</strong>s esportistas situam-se abaixo <strong>da</strong> zona<br />

saudável <strong>de</strong> aptidão física, enquanto 30% <strong>do</strong>s praticantes <strong>de</strong><br />

educação física situam-se nesta zona <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong>. Ao compararmos<br />

a ocorrência <strong>de</strong> escolares na zona saudável <strong>de</strong> aptidão<br />

física, aí encontramos 93,9% <strong>do</strong>s esportistas e 32,7% <strong>do</strong>s que<br />

apenas freqüentam as aulas <strong>de</strong> educação física.<br />

<strong>Revista</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong>, 2004, vol. 4, nº 2 (suplemento) [15–102]<br />

Consi<strong>de</strong>rações finais<br />

As preocupações com a promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> constituem-se em<br />

priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s nos países centrais e periféricos. Muitos estu<strong>do</strong>s<br />

científicos são realiza<strong>do</strong>s com o intuito <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os fatores<br />

<strong>de</strong> risco inerentes a etiologia <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças que<br />

representam riscos à saú<strong>de</strong> pública. No âmbito <strong>de</strong> um conjunto<br />

extenso <strong>de</strong> temas a serem investiga<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>staca-se o importante<br />

número <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s epi<strong>de</strong>miológicos que têm <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong><br />

forte e consistente associação entre ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física e saú<strong>de</strong><br />

(Bouchard e Shephard, 1994). Além disso, como refere Maia<br />

(sd) constituem-se como evidências as recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> um<br />

conjunto representativo <strong>de</strong> instituições internacionais liga<strong>da</strong>s à<br />

saú<strong>de</strong> tais como a Organização Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, o Centro <strong>de</strong><br />

Controle <strong>de</strong> Doenças <strong>do</strong>s USA, a Associação <strong>de</strong> Cardiologia <strong>do</strong>s<br />

USA, o Colégio Americano <strong>de</strong> Medicina Desportiva, o Comitê<br />

para o Desenvolvimento <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong> <strong>do</strong> Conselho <strong>da</strong> Europa, a<br />

Fe<strong>de</strong>ração Brasileira <strong>de</strong> Medicina <strong>do</strong> Esporte e a Associação<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Cardiologia. Instituições que <strong>de</strong>stacam as implicações<br />

<strong>do</strong>s hábitos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> fisicamente ativos como fatores <strong>de</strong><br />

prevenção <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças como as cardiovasculares,<br />

a hipertensão arterial, a hipercolesterolemia e hiperlipi<strong>de</strong>mia,<br />

a obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a diabete militus tipo II, a osteoporose, as<br />

lombalgias, a <strong>de</strong>pressão e <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> câncer.<br />

Os estu<strong>do</strong>s epi<strong>de</strong>miológicos sugerem que o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

hábitos, comportamentos e atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritores <strong>de</strong> um estilo <strong>de</strong><br />

vi<strong>da</strong> saudável e ativo, condicionantes <strong>da</strong> redução <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong><br />

risco nefastos para o indivíduo ten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>senvolver-se ce<strong>do</strong>.<br />

Isto ocorre no seio <strong>da</strong> família e prossegue na escola, ambos<br />

agentes fulcrais <strong>de</strong> socialização e ensino-aprendizagem, on<strong>de</strong><br />

enten<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>va haver uma educação esclareci<strong>da</strong> para a promoção<br />

<strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Daí, provavelmente, <strong>de</strong>corre a crença, muito presente<br />

entre epi<strong>de</strong>miologistas e especialistas em educação física,<br />

que a infância e a a<strong>do</strong>lescência possam representar perío<strong>do</strong>s ótimos<br />

para uma intervenção pe<strong>da</strong>gógica no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> estimular<br />

hábitos e comportamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que se espera venham a<br />

manter-se durante o curso superior <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> sujeito.<br />

Aos professores <strong>de</strong> educação física caberia assumir um protagonismo<br />

impar num projeto <strong>de</strong> educação para a promoção <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong> na escola. To<strong>da</strong>via, como sugerem: Sobral (1998), Nahas<br />

(2003), Gue<strong>de</strong>s e Gue<strong>de</strong>s (1994), Mota e Sallis (2002),<br />

Marques e Gaya (1999), Bento (1999), os programas para a<br />

promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> relaciona<strong>do</strong>s à educação e, especi-

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