18.11.2013 Views

Teoria de Perturbações Invariantes de Calibre em ... - CBPFIndex

Teoria de Perturbações Invariantes de Calibre em ... - CBPFIndex

Teoria de Perturbações Invariantes de Calibre em ... - CBPFIndex

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Witt,via formalismo ADM. [22].<br />

A quantização dos mo<strong>de</strong>los cosmológicos, conhecida como cosmologia quântica,<br />

apresenta uma dificulda<strong>de</strong> extra: a interpretação da mecânica quântica [23].<br />

A interpretação usualmente aceita, conhecida como interpretação <strong>de</strong> Copenhagen,<br />

é totalmente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um observador clássico externo ao sist<strong>em</strong>a <strong>em</strong> estudo,<br />

além <strong>de</strong> possuir um enfoque exclusivamente probabilístico e epist<strong>em</strong>ológico. Todas<br />

essas características inviabilizam por completo a sua utilização para interpretar<br />

os resultados obtidos <strong>em</strong> cosmologia quântica. Assim, nesse ramo da física, a<br />

questão <strong>de</strong> qual a interpretação mais a<strong>de</strong>quada da mecânica quântica, muitas vezes<br />

tratada como <strong>de</strong> relevância apenas filosófica, assume o status <strong>de</strong> questão fundamental,<br />

que s<strong>em</strong> uma resposta a<strong>de</strong>quada, torna completamente s<strong>em</strong> significado<br />

qualquer resultado obtido.<br />

Alternativas à interpretação <strong>de</strong> Copenhagen há muitas [23, 24, 25, 26, 27, 28,<br />

29, 30, 31, 32], que pelas razões já discutidas não serão abordadas aqui. Nesse<br />

trabalho adotar<strong>em</strong>os a interpretação <strong>de</strong> Bohm-<strong>de</strong> Broglie [31, 32, 33, 26].<br />

Nos últimos anos a cosmologia ganhou um po<strong>de</strong>roso “laboratório” para testar<br />

seus mo<strong>de</strong>los: as anisotropias da CMB. O mo<strong>de</strong>lo padrão consegue reproduzir<br />

muito b<strong>em</strong> essas anisotropias. É fundamental então que um mo<strong>de</strong>lo cosmológico<br />

não-singular seja capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver a orig<strong>em</strong> e evolução <strong>de</strong>ssas anisotropias <strong>em</strong><br />

acordo com os dados experimentais, sob pena <strong>de</strong> ser abandonado se não o fizer.<br />

Acontece que o estudo <strong>de</strong>ssas anisotropias presssupõe o uso da teoria <strong>de</strong> perturbações<br />

aplicada aos mo<strong>de</strong>los cosmológicos. Infelizmente quando isso é feito, o<br />

que se obtém são equações complexas, e que ainda apresentam dificulda<strong>de</strong>s no que<br />

tange à quantização das mesmas e também à interpretação física dos resultados.<br />

O mo<strong>de</strong>lo padrão consegue contornar essas dificulda<strong>de</strong>s pelo uso das equações<br />

<strong>de</strong> movimento clássicas na ação das perturbações, além da introdução <strong>de</strong> variáveis<br />

invariantes <strong>de</strong> calibre [34]. Assim o trabalho <strong>de</strong> cálculo dos espectros <strong>de</strong> perturbação<br />

é gran<strong>de</strong>mente simplificado. Em tese, tal simplificação não po<strong>de</strong>ria ser feita<br />

<strong>em</strong> cosmologia quântica já que na mesma, por princípio, as equações clássicas não<br />

são válidas. Seríamos então obrigados a tratar o probl<strong>em</strong>a <strong>em</strong> toda a sua dificulda<strong>de</strong>.<br />

Tal abordag<strong>em</strong> foi efetivamente tentada por Hawking et al. [35, 36] <strong>em</strong> 1985.<br />

Eles estudaram o espectro <strong>de</strong> perturbações gerado por Universos mantidos por um<br />

campo escalar, com curvatura espacial positiva. As dificulda<strong>de</strong>s encontradas foram<br />

tais que o probl<strong>em</strong>a só pô<strong>de</strong> ser resolvido lançando-se mão <strong>de</strong> uma aproximação<br />

s<strong>em</strong>i-clássica. Dessa forma, o probl<strong>em</strong>a totalmente quântico nunca foi efetivamente<br />

resolvido.<br />

É nesse contexto que o atual trabalho se insere. Nós preten<strong>de</strong>mos mostrar uma<br />

<strong>de</strong>dução alternativa das equações simplificadas da teoria <strong>de</strong> perturbações cosmológicas<br />

na qual nenhuma menção é feita às equações <strong>de</strong> movimento do fundo. Com<br />

isso, tais equações simplificadas po<strong>de</strong>m ser usadas mesmo no caso <strong>em</strong> que a gravitação<br />

se afasta <strong>de</strong> seu comportamento clássico. Vamos então aplicá-las para a<br />

<strong>de</strong>terminação do espectro <strong>de</strong> perturbações <strong>em</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cosmologia quântica,<br />

comparando posteriormente com as observações.<br />

3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!