Teoria de Perturbações Invariantes de Calibre em ... - CBPFIndex
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2.2 O Probl<strong>em</strong>a da Interpretação da Mecânica<br />
Quântica<br />
2.2.1 Postulados da Interpretação Padrão da Mecânica<br />
Quântica (Copenhagen)<br />
Vamos apresentar um resumo da interpretação <strong>de</strong> Copenhagen [42, 43, 44, 45]<br />
da mecânica quântica, utilizada pela maioria dos físicos. Nossa análise não entrará<br />
a fundo <strong>em</strong> questões excessivamente técnicas pois as mesmas nos <strong>de</strong>sviariam <strong>de</strong><br />
nosso objetivo principal nesta seção, que é o <strong>de</strong> mostrar que tal interpretação possui<br />
contradições internas que, <strong>em</strong>bora não prejudiqu<strong>em</strong> a sua aplicação como um<br />
algoritmo eficiente na predição <strong>de</strong> resultados experimentais <strong>em</strong> praticamente todas<br />
as áreas da física, inviabilizam por completo a sua utilização <strong>de</strong> forma consistente<br />
na cosmologia quântica. Pressupõe-se durante toda esta seção que o leitor esteja<br />
familiarizado com o formalismo matricial da mecânica quântica.<br />
Os postulados da interpretação <strong>de</strong> Copenhagen são, portanto:<br />
1. O estado <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a físico é completamente <strong>de</strong>scrito por um vetor no<br />
espaço <strong>de</strong> Hilbert, que <strong>de</strong>notar<strong>em</strong>os por|ψ>.<br />
2. Observáveis são <strong>de</strong>scritos por operadores auto-adjuntos nesse espaço <strong>de</strong> Hilbert.<br />
3. A dinâmica do sist<strong>em</strong>a é <strong>de</strong>scrita pela equação <strong>de</strong> Schroedinger<br />
ı d |ψ>= H|ψ><br />
dt<br />
on<strong>de</strong> H é o operador hamiltoniano, construído a partir da hamiltoniana clássica<br />
(Visão <strong>de</strong> Schroedinger da mecânica quântica).<br />
4. Os possíveis resultados <strong>de</strong> uma medida do observávelAsão os auto-valores<br />
do operador  associado.<br />
5. A probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, <strong>em</strong> uma medida do observávelA, obtermos um particular<br />
valor a i será|| 2 on<strong>de</strong>|a i > é o auto-vetor <strong>de</strong> Â associado ao<br />
auto-valor a i 4 .<br />
6. Após a medida <strong>de</strong>A, o sist<strong>em</strong>a é <strong>de</strong>ixado no auto-estado|a i > associado<br />
ao auto-valor a i obtido na medida, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> qual era o estado<br />
anterior do sist<strong>em</strong>a.<br />
Note que os três últimos postulados dão um <strong>de</strong>staque especial ao processo <strong>de</strong> medida.<br />
Em função <strong>de</strong>ste aspecto, vamos analisar com mais <strong>de</strong>talhes o que ocorre na<br />
medida <strong>de</strong> um observável.<br />
4 por simplicida<strong>de</strong> estamos consi<strong>de</strong>rando nesta seção um observável com espectro discreto e não<br />
<strong>de</strong>generado.<br />
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