Teoria de Perturbações Invariantes de Calibre em ... - CBPFIndex
Teoria de Perturbações Invariantes de Calibre em ... - CBPFIndex
Teoria de Perturbações Invariantes de Calibre em ... - CBPFIndex
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Capítulo 2<br />
Aspectos Conceituais<br />
2.1 Quantização <strong>de</strong> Sist<strong>em</strong>as Vinculados<br />
Ao se estudar a dinâmica quântica <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a físico parte-se <strong>de</strong> uma lagrangiana<br />
construída a partir <strong>de</strong> critérios cin<strong>em</strong>áticos ou <strong>de</strong> forma a gerar equações<br />
<strong>de</strong> movimento já conhecidas na teoria clássica. Uma vez conhecida tal lagrangiana,<br />
po<strong>de</strong>-se quantizar diretamente a teoria (Quantização Funcional) [37, 38] ou construir,<br />
ainda no âmbito da mecânica clássica, um espaço <strong>de</strong> fase on<strong>de</strong>, a partir da<br />
lagrangiana, construímos uma hamiltoniana. A partir <strong>de</strong>ste espaço po<strong>de</strong>mos proce<strong>de</strong>r<br />
à Quantização Canônica da teoria [39]. Os <strong>de</strong>talhes da passag<strong>em</strong> lagrangiana<br />
- hamiltoniana, b<strong>em</strong> como da construção do espaço <strong>de</strong> fase e <strong>de</strong> sua estrutura simplética<br />
(Parênteses <strong>de</strong> Poisson) não serão aqui abordados por fugir<strong>em</strong> ao escopo da<br />
presente tese. Tampouco será abordada aqui a questão da quantização funcional,<br />
por ser o trabalho por ora <strong>de</strong>senvolvido baseado na abordag<strong>em</strong> canônica do processo<br />
<strong>de</strong> quantização.<br />
No entanto, <strong>em</strong> alguns sist<strong>em</strong>as físicos, a passag<strong>em</strong> da lagrangiana para a<br />
hamiltoniana e a construção do espaço <strong>de</strong> fase da teoria po<strong>de</strong>m apresentar algumas<br />
complicações. É nosso objetivo neste capítulo abordar o tratamento <strong>de</strong>stes<br />
casos, por se tratar <strong>de</strong> material consi<strong>de</strong>rado fundamental para o entendimento do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da tese. Para maiores <strong>de</strong>talhes veja [40, 41].<br />
Suponhamos que se tenha uma lagrangiana L(q i , ˙q i , t) 1 , on<strong>de</strong> q i representa<br />
um dos N graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> da teoria. Se ocorrer <strong>de</strong> o jacobiano <strong>de</strong>∂ 2 L/∂˙q i ∂˙q j se<br />
anular, então nós dir<strong>em</strong>os que o sist<strong>em</strong>a <strong>em</strong> questão é vinculado (as razões para este<br />
nome ficarão claras no que segue). Como o momentum canonicamente conjugado<br />
à variável q i é <strong>de</strong>finido por∂L/∂˙q i então a condição anterior para que o sist<strong>em</strong>a seja<br />
vinculado é traduzida por‖∂p i /∂˙q j ‖. O fato <strong>de</strong> tal <strong>de</strong>terminante se anular significa<br />
que existe pelo menos um momentum p i (ou pelo menos uma combinação linear<br />
<strong>de</strong> p i ’s) que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nenhum ˙q. Ou seja, não se po<strong>de</strong> inverter alguns dos<br />
1 Vamos, por simplicida<strong>de</strong>, trabalhar com graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> discretos. A generalização para<br />
graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> contínuos, e com proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transformação escalares, vetoriais ou tensoriais<br />
é imediata<br />
5