Anu-Pre e secao1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
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Planejamento e Desenvolvimento Urbano<br />
4.10<br />
equipe coor<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong>senvolveu extensa pesquisa <strong>de</strong> informações em cerca <strong>de</strong> 40 órgãos públicos e privados,<br />
que permitiram a formulação dos 75 indicadores, sintetizados no Quadro I. No processo, diversos dos<br />
indicadores que se buscava não foram formulados, <strong>de</strong>vido à impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso à informação necessária,<br />
às características metodológicas da informação disponível (metodologia <strong>de</strong> coleta, periodicida<strong>de</strong>,<br />
regionalização) ou ainda, <strong>de</strong>vido à simples inexistência do dado (Nahas et al, 1997).<br />
No que tange à composição temática e às fontes <strong>de</strong> informações, o IQVU articula uma gran<strong>de</strong><br />
varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aspectos e aborda temas originais, como Meio Ambiente, Cultura e Serviços Urbanos. Além<br />
disto, os indicadores foram formulados com dados oriundos <strong>de</strong> cadastros <strong>de</strong> impostos municipais, bancos <strong>de</strong><br />
dados do serviço policial <strong>de</strong> atendimento por telefone, registros dos serviços prestados pelos diversos<br />
órgãos da PBH (fiscalização sanitária, registros das administrações regionais, indicadores municipais <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> e outros) e informações fornecidas por setores privados e estaduais, diretamente relacionados ao<br />
município. Alguns aspectos como cobertura vegetal e predisposição ao risco geológico, foram dimensionados<br />
a partir <strong>de</strong> informações especialmente produzidas para o IQVU 6 . Naturalmente, informações básicas como<br />
população, faixa etária, renda e outros, foram extraídas do Censo Demográfico do IBGE <strong>de</strong> 1991.<br />
Outro aspecto interessante diz respeito à originalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários dos indicadores formulados:<br />
a variável ‘Cultura’ por exemplo, abrange <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Patrimônio Cultural da cida<strong>de</strong>, até a presença <strong>de</strong> público<br />
nos eventos e equipamentos culturais e ainda, a tiragem <strong>de</strong> jornais locais; em ‘Segurança Urbana’ foram<br />
consi<strong>de</strong>rados não somente ocorrências relativas à segurança pessoal, patrimonial e no trânsito, como também<br />
a qualida<strong>de</strong> do atendimento policial no que se refere ao tempo <strong>de</strong> atendimento e à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
recursos humanos e materiais. Esta diversida<strong>de</strong> foi propiciada pelo fato <strong>de</strong> que primeiramente, a abrangência<br />
conceitual das variáveis, componentes e indicadores tenham sido <strong>de</strong>limitados antes da pesquisa <strong>de</strong> informações,<br />
e <strong>de</strong> que, além disto, buscava-se indicadores <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> da oferta, conforme previa<br />
o mo<strong>de</strong>lo matemático já estabelecido. Esta estratégia possibilitou entre outras vantagens, o uso <strong>de</strong> dados<br />
não usuais para certos temas, como dados <strong>de</strong> segurança para a variável Meio Ambiente, ou <strong>de</strong> pavimentação<br />
para o componente ‘Transporte Coletivo’.<br />
Um último aspecto a ser assinalado aqui, refere-se à forma cálculo do IQVU. Este é feito<br />
através <strong>de</strong> um sistema complexo <strong>de</strong> operações, executado em “software” específico elaborado com este fim 7<br />
e se dá, basicamente, em três etapas:<br />
i. os indicadores são agregados em componentes e estes em variáveis, através <strong>de</strong> médias<br />
aritméticas simples, produzindo-se um Índice <strong>de</strong> Oferta Local por variável, para cada UP, ou<br />
seja, onze Índices <strong>de</strong> Oferta Local por UP;<br />
ii. estes Índices <strong>de</strong> Oferta Local são corrigidos por uma medida <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> que busca<br />
refletir o fato <strong>de</strong> que a população <strong>de</strong> uma UP acessa serviços também em outras UP, aumentando<br />
a sua oferta e diminuindo a oferta da outra UP (ver explicação a seguir). Tal correção<br />
pela medida <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> produz os Índices Setoriais;<br />
iii. os Índices Setoriais são agregados através <strong>de</strong> média aritmética pon<strong>de</strong>rada, num índice<br />
único, o IQVU <strong>de</strong> cada UP. Conforme mencionado os pesos foram estabelecidos pelo grupo <strong>de</strong><br />
colaboradores, mas, posteriormente, foram ajustados <strong>de</strong> acordo com a qualida<strong>de</strong> das informações<br />
realmente obtidas para elaborar os indicadores (Quadro II).<br />
6<br />
O indicador <strong>de</strong> cobertura vegetal foi elaborado por uma equipe do Instituto <strong>de</strong> Geo Ciências (IGC/UFMG) a partir <strong>de</strong> imagem <strong>de</strong> satélite adquirida do<br />
INPE, dimensionando-se o percentual <strong>de</strong> cobertura por UP. O grau <strong>de</strong> predisposição ao risco geológico foi calculado por outra equipe do IGC/UFMG,<br />
que elaboraram a Carta Geotécnica <strong>de</strong> BH.<br />
7<br />
O sistema <strong>de</strong> cálculo do IQVU foi elaborado em 1996, por Leonardo Pontes Guerra (Lab. Geoprocessamento do CEDEPLAR/UFMG) e Ricardo Avelar<br />
Drumond (Vectra Consultoria e Sistemas).